Tempos de desafios são tempos de superação. A eclosão da pandemia do novo coronavírus nos convoca ao aprofundamento das nossas capacidades de ação pública e à reflexão sobre as transformações devidas para a reconstrução do futuro.
O 11º Congresso GIFE busca iluminar e renovar as contribuições possíveis da filantropia, do investimento social privado e da sociedade civil brasileira.
Queremos apontar e impulsionar a vitalidade de um espaço de cidadania em expansão e diversificação contínua no país e seu valor para a renovação dos horizontes comuns. No percurso da nossa rede, vamos combinar visões e experiências para atualizar as pautas que nos desafiam e somar aprendizados para ir além delas.
Fundo Elas
Instituto Ibirapitanga
IDIS
Instituto Beatriz e Lauro Fiuza
Fundação Itaú Social
ponteAponte
Instituto Itaú Cultural
Tempos de desafios são tempos de superação. A eclosão da pandemia do novo coronavírus nos convoca ao aprofundamento das nossas capacidades de ação pública e à reflexão sobre as transformações devidas para a reconstrução do futuro. Encontra também um país e um mundo sob o impacto da persistência de desigualdades históricas, dos efeitos disruptivos das novas tecnologias, das pressões crescentes sobre o equilíbrio ambiental e da emergência de novos conflitos que ameaçam os fundamentos da coexistência cidadã e da vida democrática.
Quais são nossos desafios mais prementes e de onde tirar inspiração nesse cenário?
A proposta deste debate é refletir sobre as fronteiras que nos cercam e como superá-las na direção de um mundo mais justo, sustentável e feliz para todos. A partir do olhar de 4 mulheres que falam de lugares diversos da sociedade e cujas trajetórias são em si fontes de inspiração, o debate buscará incluir diferentes compreensões e pontos de vista da realidade e apontar caminhos possíveis. A perspectiva da cientista e acadêmica soma-se as visões da CEO de multinacional que criou um projeto para contribuir com a inserção de jovens no mercado de trabalho e da ativista feminista, advogada e também empresária de um dos grupos musicais mais icônicos emergentes da periferia paulistana. A conversa será mediada pela socióloga, educadora, criadora da Fundação Tide Setubal, com uma extensa e diversa trajetória no campo da filantropia e do investimento social, que é presidente do conselho de governança do GIFE.
Fundação Tide Setubal
Maria Alice Setubal (Neca Setubal), socióloga, doutora em Psicologia da Educação pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e mestre em Ciência Política pela USP (Universidade de São Paulo. Autora de diversos livros e artigos para revistas e jornais. Foi Coordenadora de Educação para América Latina e Caribe pelo Unicef. Participação nos seguintes conselhos: Conselho da Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto, Conselho do Family Office, Conselho Fundação Itaú para Educação e Cultura, Conselho Consultivo USP – Universidade de São Paulo, Conselho IDEA – Instituto Estudos Avançados UNICAMP, Conselho Consultivo OPENSOCIETY para América Latina. Foi presidente do Conselho de Administração do CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária). Atualmente é presidente do Conselho de Administração Fundação Tide Setubal e do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas)
Departamento de Saúde Global e População na Faculdade de Saúde Pública de Harvard
Chefe do Departamento de Saúde Global e População na Faculdade de Saúde Pública de Harvard. É co-diretora do programa de estudos de Brasil no Centro David Rockefeller. Demógrafa, suas áreas de pesquisa incluem a identificação de riscos sociais, biológicos e ambientais de doenças infecciosas, urbanização e saúde, modelos de análise espacial e mortalidade, e saude na Amazonia. Graduada em estatística pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, fez mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais e é PhD em demografia pela Universidade de Princeton.
Produtora do Racionais MC´
É advogada, empresária e ativista. Cresceu na periferia de São Paulo e teve uma longa trajetória em trabalhos diversos até poder estudar para formar-se em Direito. Hoje é empresária e produtora do Racionais MC´s. É reconhecida pela trajetória profissional e pela militância contra preconceito, abuso e feminicídio. Também trabalhou como assessora parlamentar e foi coordenadora do S.O.S Racismo, unidade de combate à discriminação racial na ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo).
Lacoste no Brasil
Rachel Maia é uma contabilista e empresária brasileira, atualmente CEO da Lacoste no Brasil. Uma das mais destacadas executivas do Brasil, Rachel Maia nasceu em São Paulo e cresceu na Zona Sul da capital. Vinda de família humilde, a CEO da multinacional Lacoste é a mais nova de sete irmãos. A executiva passou oito anos no comando da marca de jóias Pandora, sob sua administração, a Pandora chegou a abrir 100 lojas nacionalmente. Antes disso, ela foi a responsável pela chegada da Tiffany & Co. no Brasil, empresa em que atuou por mais de sete anos.
‘Como promover a cultura de doação para um novo patamar no Brasil?’ ‘Como engajar novos atores e articular este ecossistema para um esforço coletivo por esta causa?’
A mesa se propõe a pensar sobre os próximos passos para ampliação da cultura de doação no país, levando em conta todas as conquistas já alcançadas até o presente e a imensa mobilização cidadã inédita dos últimos meses que já soma 6 bilhões em doações para contribuir com a mitigação dos muitos impactos negativos gerados pela pandemia.
O debate será realizado a partir da apresentação do documento ‘Por um Brasil + Doador, Sempre – Documento de Diretrizes 2020-2025, uma agenda estratégica construída coletivamente por mais de 70 lideranças engajadas em uma força tarefa articulada pelo Movimento por uma Cultura de Doação.
O Documento apresenta cinco grandes diretrizes e recomendações para alcançá-las. O objetivo é engajar novos atores com esta agenda e ampliar a atuação daqueles que já estão trabalhando nela, articulando uma ação coletiva, direcionada e sintonizada com uma agenda comum de prioridades.
A mesa será mediada pela fundadora do Movimento por uma Cultura de Doação e terá a participação de lideranças engajadas nesta causa, representantes da filantropia, de negócios sociais, empresas e de movimentos de base comunitária.
Instituto ACP
Mestre em Administração Pública e Governo e graduada em Administração de Empresas na EAESP da Fundação Getúlio Vargas, com cursos de especialização na Harvard Kennedy School, Schumacher College, CEATS – FIA/USP e Proteus Institute/Instituto Fonte. Consultora autônoma no campo de planejamento, governança e avaliação de iniciativas de filantropia, responsabilidade corporativa e sustentabilidade, em organizações como o Gife, Instituto Samuel Klein, e Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. Como executiva esteve por 4 anos à frente do Instituto Asas.
Movimento por uma cultura de doação
Advogada formada pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie e com LLM pela Faculdade de Direito da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos e Pós Graduação em Prática Social Reflexiva pela Proteus Initiative, na África do Sul. Atualmente é Diretora da Associação Acorde, organização social que trabalha pelo desenvolvimento humano de crianças e jovens em Embu das Artes e Cotia. Co-Criadora e membro do Comitê Coordenador do Movimento por uma Cultura de Doação no Brasil, uma rede colaborativa de pessoas e organizações dedicada à promoção da cultura de doar no Brasil. Membro do Conselho do Dia de Doar e do Conselho de Avaliação do Fundo Bis.
Doa Sorocaba
Formada em administração de empresas, atualmente esta como diretora de inovação do Centro Universitário Facens, é membro do Global Philantropists Circle do Synergos Institute e do Conselho do Dia de Doar. Esta como presidente do Instituto Alexandre e Heloisa Beldi, o qual promove a campanha Doa Sorocaba que faz parte de um movimento global que incentiva a cultura da doação e co-fundou o Drops of Action, página no instagram e facebook que conecta pessoas a iniciativas socioambientais que precisam de apoio.
Editora Mol
Jornalista formada pela UFSC, cria, vende e responde pela produção de todos os projetos da Editora Mol, maior editora de impacto social do mundo.
União de Moradores e Comerciantes de Paraisópolis
Líder comunitário e presidente da União de Moradores e Comerciantes de Paraisópolis, comunidade em que vivem cerca de 100 mil habitantes na zona sul de São Paulo
TV Globo
Beatriz Azeredo é diretora de Responsabilidade Social da Globo desde 2011 e professora adjunta do Instituto de Economia da UFRJ, Beatriz Azeredo foi assessora técnica na Assembleia Nacional Constituinte e no Congresso Nacional e Diretora de Políticas Sociais do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em 1995. Foi Superintendente e Diretora das Áreas de Desenvolvimento Social, Infraestrutura Urbana e Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 1996 a 2002. Doutora em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sua tese resultou no livro “Políticas Públicas de Emprego – A Experiência Brasileira”. É Senior Fellow do Synergos. Foi Diretora do Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP) e também do Instituto Desiderata, de 2003 a 2011.
O que aconteceu no ecossistema de investimento de impacto nos últimos 5 anos? Em que medida o desenvolvimento desse campo tem dialogado com as prioridades e desafios atuais? Que novas questões surgiram ao longo desse processo?
A partir do balanço realizado pela Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto olhando para a trajetória e esforços empreendidos nos últimos anos, a mesa busca refletir sobre quais são os próximos passos para que os investimentos de impacto possam alcançar todo o seu potencial em sintonia com as agendas mais prioritárias que o contexto presente tem revelado: redução das desigualdades, equilíbrio social, ambiental e econômico e diversidade. Para isso, empreendedores e intermediários estarão juntos debatendo a partir do olhar para os principais biomas do Brasil, do olhar para as periferias, para o empreendedorismo negro e para o papel e contribuições da filantropia e do investimento social privado nessa agenda.
Humanize
Georgia Pessoa é advogada, mestre em Gestão Ambiental, com MBA em Direito da Empresa e da Economia e pós-graduação em Direito da Propriedade Intelectual. Atualmente é Diretora Executiva no Instituto Humanize. Anteriormente, foi gerente de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho; diretora da Rare no Brasil; responsável pela Iniciativa Clima América Latina (ICAL/LARCI) no país e gerente de Programas da Iniciativa Andes‐Amazônia (IAA) na Fundação Gordon e Betty Moore, em São Francisco, EUA.
ICE
É Fellow do programa do MIT D-Lab Innovation Ecosystem Builder Fellowship. Membro do Conselho da ANDE – Aspen Network of Development Entrepreneurs no Brasil. Com MBA em Gestão de Negócios Socioambientais pelo CEATS-USP, Fernanda é psicóloga formada pela PUC-SP e especialista em Desenvolvimento Local pela OIT – Organização Internacional do Trabalho. É Gerente Executiva do ICE desde 2010, sendo co-responsável pela estratégia da organização, gestão da equipe, orçamento e governança. É também coordenadora do programa de incubadoras e aceleradoras de impacto.
Conexsus
Carina Pimenta: Carina trabalha com negócios sociais e sustentáveis desde 2006, dedicando-se a criar novos arranjos para o investimento privado na agenda climática e estratégias de ampliação de resultados socioambientais. É mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade de Sussex. É diretoria executiva uma das fundadoras da Conexsus.
Vale do Dendê
Publicitário, empreendedor e consultor em diversidade. É da rede alumni do Berkman Klein Center da Universidade Harvard e foi fellow da Fulbright na Universidade de Maryland. Foi escolhido como um dos afrodescendentes mais influentes do mundo, em 2018, pela organização Most Influential People of Africa Descent (MIPAD). É professor do curso de Comunicação Social da Universidade Católica do Salvador e já prestou consultoria para várias organizações internacionais e é sócio da AFAR Ventures, com sede nos EUA. Foi escolhido para um encontro privado com o ex-presidente Barack Obama no Brasil e foi o único brasileiro a palestrar no primeiro evento internacional da Obama Foundation. Paulo Rogério é também cofundador da Vale do Dendê, que acelera e investe em startups da área criativa e digital e autor do livro Oportunidades Invisíveis e colunista da Revista Exame.
Empresas e Sociedade: propósito, impacto e a busca por novos paradigmas
O que significa responsabilidade para uma empresa no contexto atual? Como ir além das práticas já incorporadas de minimização de danos? Como as empresas servem à sociedade? Quais as demandas sociais frente a utilização dos recursos naturais? Há espaço para o ativismo empresarial hoje? Como equilibrar demandas cada vez maiores de geração e manutenção de emprego e outras necessidades sociais? Como a governança de uma empresa se relaciona com tudo isso e qual o seu papel?
Já há algumas décadas existe no universo empresarial um movimento que busca repensar o papel e a atuação das empresas na sociedade. Muito temos avançado na direção de uma compreensão ampla de que, para além das contribuições mais intrínsecas à ação empresarial – como geração de emprego e renda, movimentação da economia, pagamento de impostos contribuindo de forma significativa com o orçamento público – é preciso responsabilidade social no que diz respeito a sua relação com funcionários, fornecedores, comunidades do entorno, entre outros. Além disso, também houve avanços no que diz respeito a minimizar possíveis impactos negativos, por exemplo, em relação ao meio ambiente – na utilização de matérias primas e recurso naturais, emissões de CO2 em cadeias logísticas, entre tantas outras.
No entanto, a sociedade tem se transformado de forma cada vez mais rápida. Os desafios coletivos do século XXI tem se mostrado muito complexos e, ao mesmo tempo, urgentes para que possamos construir sociedades mais justas e mais felizes, onde todos – inclusive as próprias empresas – possam se beneficiar. Por isso, as respostas a esses desafios nos demandam mais: mais engajamento, mais proatividade, mais velocidade, mais prioridade, mais correposnabilidade de todos que formamos a coletividade, incluindo o setor privado.
Com o cenário inédito que se desenrolou com a crise da Covid-19, esses desafios foram potencializados. Muitas empresas foram profundamente impactadas por ele, mas também muitas delas – algumas que já atuavam no investimento social privado e outras que não tinham histórico de atuação – iniciaram um movimento de doação e inovação para atender às enormes necessidades.
A partir de premissas como ética, responsabilidade e valor compartilhado, esse painel se propõe a celebrar os avanços desse movimento de resposta aos impactos da pandemia, mas também a instigar a conversa sobre a relação sociedade-empresas, a partir do debate sobre impacto, propósito e responsabilidade. Com o objetivo de gerar reflexões e trazer provocações sobre como é possível ir além no que diz respeito a atuação das empresas e seguir avançando em uma velocidade conectada a urgência dos desafios postos, considerando que a construção do amanhã é uma rotina diária.
Fundação Telefônica Vivo
Americo Mattar é Engenheiro de Produção graduado também em Comércio Exterior e pós-graduado em Gestão de Projetos, é diretor presidente da Fundação Telefônica Vivo desde novembro de 2015. Ingressou na Fundação em 2012, como gerente de Planejamento, Finanças e Jurídico, vindo da Vivo onde passou pelas áreas de Finanças, Engenharia e Operações. Antes, atuou na Whirlpool e Citibank nas áreas de atendimento ao cliente e comercial. À frente da Fundação, seu foco é promover o protagonismo social por meio da inovação educativa aplicada a novas metodologias de ensino-aprendizagem, ao empreendedorismo jovem e ao exercício da cidadania.
Conselheira Independente
É Conselheira Independente, mentora e investidora em negócios com impacto socioambiental e em organizações da sociedade civil. É Conselheira de Administração na Korin, membro de Comitês de Sustentabilidade do Banco Santander Brasil, Grupo JSL/Movida, Grupo Baumgart, e do Comitê de Inovação e Sustentabilidade da Duratex. É do Conselho Deliberativo do Instituto Capitalismo Consciente Brasil e do Comitê de Multinacionais do BLab.Foi membro do Conselho de Stakeholders da GRI, Conselheira suplente no ISE da B3. É membro da Comissão de Inovação do IBGC, membro da WCD- Women Corporate Directors. É professora na pós graduação em gestão socioambiental da FIA e dos cursos de formação de Conselheiros do IBGC.É economista pela FEA/USP, advogada pela PUC/SP, mestre em Desenvolvimento e Direito pela Universidade de Londres, UK. Conselheira formada pelo IBGC.
XP Inc
É uma liderança no setor de investimentos de impacto no Brasil. Ela é uma das pioneiras em design thinking, pensamento sistêmico e complexidade, ciência comportamental e, mais recentemente, vem integrando a metodologia Futures Thinking e a Foresight estratégico ao mundo dos investimentos de impacto. Nomeada como um talento na lista Forbes Brasil “Under30” em 2018 e depois de trabalhar por uma década como consultora para empresas familiares brasileiras com atuação relevante em projetos de filantropia, educação, próxima geração e investimento em ESG / Impato, Marina agora se juntou à XP Inc., uma das maiores instituições financeiras brasileiras, para ser Head da área de Sustainable Wealth. Isso significa trabalhar com grandes clientes para fazer a transição de seus portfólios de investimentos tradicionais para investimentos sustentáveis e de impacto.
Instituto Identidades do Brasil (ID_BR)
Luana Génot, é fundadora e diretora executiva do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR). É mãe da Alice de 2 anos. Mestra em Relações Étnico-Raciais pelo CEFET-RJ e autora do livro Sim à Igualdade Racial da Editora Pallas.Colunista semanal do Jornal O Globo na Revista Ela aos domingos. Já colaborou escrevendo artigos para outros veículos como Meio e Mensagem, Revista Claudia, GQ e Folha de São Paulo. É Linkedin Top Voice 2019. Professora convidada de Inovação Social no IED-RIO. Tem pós graduação em Marketing e Comunicação no IED-Rio e se formou em em Publicidade e Propaganda na PUC-Rio em 2014. É fellow da rede de Líderes Responsáveis da BMW Foundation. Foi bolsista sanduíche do Ciências Sem Fronteiras / CAPES na University of Wisconsin – Madison, onde se especializou em pesquisa na área de raça, etnia e mídia. Luana trabalhou na Burrell / Publicis Chicago na área de planejamento estratégico. Foi voluntária na campanha de Barack Obama. Trabalhou no hub de marketing em multinacionais da área de beleza e entretenimento. Foi modelo publicitária e de passarela. Fluente em francês e inglês, tem atuado como palestrante no Brasil, França, Estados Unidos e Sri Lanka. É curadora de eventos como ConaLife, Rio 2C e é gestora de projetos sobre raça e etnia, equidade de gênero, diversidade e inclusão, empreendedorismo e empoderamento da juventude periférica. Foi co-fundadora do Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil. Participa do Conselho da Comunidade B no Rio de Janeiro.
Que desafios enfrentamos hoje para garantir a nossa democracia e, mais do que isso, para fortalecê-la e ampliá-la? Quais são as fronteiras que podem nos levar ao exercício democrático em seu pleno potencial? Quais são as prioridades colocadas para seguirmos nessa direção?
Garantir a existência e reconhecer a importância de instituições fortes, atuantes e independentes, liberdade de expressão e o respeito pela pluralidade de opiniões e visões e a busca por equidade combinada com a redução das desigualdades, garantindo que todos os brasileiros e brasileiras enquanto cidadãos possam ser ouvidos e participantes ativos da vida e construção democrática são pilares fundamentais da essência da democracia.
Nesse debate refletiremos sobre esses três pilares a partir de desafios prioritários impostos pelo nosso atual momento histórico.
Fundação Ford
Atila Roque é Diretor da Fundação Ford no Brasil, coordenando todo o trabalho operacional e programático. Antes de ingressar na Ford, atuou como Diretor Executivo da Anistia Internacional no Brasil. Foi também Diretor Executivo do INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos e da Action Aid Internacional-USA em Washington DC. Teve diferentes cargos durante 17 anos no IBASE, uma das mais importantes ONGs do Brasil. Sua experiência inclui também três anos em Tóquio como pesquisador visitante no “Pacific-Asia Research Center”. Atila é Historiador pela UFRJ e Mestre em Ciência Política pelo IUPERJ/UCAM.
Ordem dos Advogados do Brasil
É advogado brasileiro, atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil. Presidiu o Centro Acadêmico de Direito e o Diretório Central dos Estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), instituição em que cursou Direito e se formou em 1997. Fez mestrado em Direito e Sociologia pela Universidade Federal Fluminense – UFF (2000-2002), no qual defendeu sua dissertação sobre o Direito do Trabalho. Foi professor nos cursos de Direito das Universidades Cândido Mendes (2001-2005) e Santa Úrsula (2001-2002).
Folha de S.Paulo
É jornalista e escritora brasileira. É repórter e colunista da Folha de S.Paulo; por sua atuação, recebeu em 2019 o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa do Comitê para proteção de Jornalistas (CPJ),recebeu em 2016 o Troféu Mulher Imprensa. Em 2017, recebeu o Prêmio Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). E em 2018, recebeu o Prêmio Internacional de Jornalismo Rei de Espanha e o V Prêmio Petrobras de Jornalismo. É comentarista da Band e Band News. Foi enviada especial em áreas de conflito, como a Síria e a Serra Leoa.
Geledès-Instituto da Mulher Negra
É graduada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Pós-Graduada em Direito Empresarial e em Direito Tributário, pela – FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas; Advogada atuando na área de Direitos Humanos – Questões de Gênero, Raça e Etnia e no enfrentamento à violência contra a mulher e violência doméstica e familiar; sócia efetiva do Geledès-Instituto da Mulher Negra, onde atualmente ocupa o cargo de Presidenta no triênio 2018/2021; Conselheira Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, em São Paulo; Membra da Operativa e do GT Jurídico da Coalizão Negra Por Direitos; Conselheira no Projeto Liberdade.
Plataforma Filantropia ODS: “Filantropia e respostas socioeconômicas à COVID-19 – Desafios e oportunidades”
SDG Philanthropy Platform Webinar: “Philanthropy and the Socio-Economic Response to COVID-19 – Challenges and Opportunities”
Os impactos sociais e econômicos da COVID-19 são inéditos após colocar metade da população mundial em quarentena e distanciamento social. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, a pandemia de coronavírus pode custar US$ 10 trilhões à economia global e metade das pessoas que trabalham podem perder o emprego nos próximos meses. Os custos das implicações da COVID-19 nas sociedades pesam de maneira distinta nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, evidenciando grandes desigualdades e disparidades na capacidade de lidar e se recuperar da crise.
Frente à pandemia do COVID-19, o setor filantrópico tem sido um ponto crucial na coordenação de doações de indivíduos, fundações e corporações para responder à essa crise urgente. A CANDID destacou que mais de US$ 11,4 bilhões foram mobilizados por 789 financiadores em 5996 doações em todo o mundo. Foram apoiados desde fundos comunitários de resposta rápida, desenvolvimento de diagnósticos, vacinas e suprimentos médicos até garantias de medidas urgentes de recuperação e proteção social, especialmente para as pessoas mais vulneráveis e desfavorecidas.
Enquanto a extensão da crise sobre os ODS seja de difícil avaliação, o PNUD lidera a resposta socioeconômica e busca garantir que essa oportunidade sem precedentes seja usada para construir um futuro mais sustentável e inclusivo. A participação filantrópica é fundamental na tarefa de enfrentar os desafios nacionais de desenvolvimento e superar a crise pós-covid19. A Plataforma de Filantropia ODS pretende ser o espaço para explorar o potencial dos doadores de criar e acelerar colaborações para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir prosperidade para todos.
PNUD
É bacharel em Economia pela Universidade de Maryland (EUA) e mestre em Banco de Desenvolvimento pela Universidade Americana, Washington, DC (EUA). Atualmente, ocupa o cargo de Representante Residente Assistente do Programa no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no Brasil. No PNUD, Maristela Baioni coordena um portfólio de programas de mais de 100 projetos em diversas áreas do desenvolvimento humano, como saúde, meio ambiente, governança democrática, cultura e educação. Suas áreas de especialização são gestão pública, desenvolvimento humano, educação e segurança cidadã.
WINGS
Benjamin Bellegy é o diretor executivo da WINGS, uma rede global de 140 organizações que apoiam e desenvolvem o campo da filantropia e do investindo social em 50 países. Juntos, os membros da WINGS apoiam e lideram quase 100.000 entidades filantrópicas em todo o mundo. Desde o final de 2016, ele lidera a rede WINGS em novas direções, com o lançamento de uma nova estratégia, uma associação mais ampla e diversificada e esforços bem-sucedidos de liderança de pensamento para promover a colaboração no campo e aumentar a importância estratégica do desenvolvimento da filantropia entre os financiadores.
GIFE
José Marcelo é bacharel em direito pela Universidade de São Paulo e mestre em administração pública pela Universidade de Harvard. É membro do conselho de governança da Associação Casa Fluminense e pesquisador associado do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS). É secretário-geral no GIFE.
PNUD
Ingressou no PNUD em 2013 e desde então lidera o trabalho global do PNUD sobre desenvolvimento e fundações do setor privado, primeiro na sede do PNUD em Nova York e depois, a partir de 2014, como chefe do Centro Internacional de Istambul para o Setor Privado em Desenvolvimento (IICPSD). Em abril de 2019, Marcos retornou a Nova York para liderar o estabelecimento e gerenciamento do novo Centro do Setor Financeiro do PNUD. Marcos liderou o desenvolvimento da nova estratégia do setor privado do PNUD e suas ofertas no SDG Finance. Ele é co-presidente dos conselhos executivos do Business Call To Action (BCtA) e da Connecting Business Initiative. Além de seu papel no PNUD, Marcos também atua nos Conselhos de Supervisão da CARE Internacional e no Museu do Amanhã Internacional. Nos últimos 25 anos, Marcos tem sido líder em desenvolvimento sustentável, erradicação da pobreza e construção de parcerias com várias partes interessadas. Ele é um defensor apaixonado dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Antes de ingressar no PNUD, Marcos passou 17 anos na CARE International.
Humanize
Georgia Pessoa é advogada, mestre em Gestão Ambiental, com MBA em Direito da Empresa e da Economia e pós-graduação em Direito da Propriedade Intelectual. Atualmente é Diretora Executiva no Instituto Humanize. Anteriormente, foi gerente de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho; diretora da Rare no Brasil; responsável pela Iniciativa Clima América Latina (ICAL/LARCI) no país e gerente de Programas da Iniciativa Andes‐Amazônia (IAA) na Fundação Gordon e Betty Moore, em São Francisco, EUA.
Consultor da ONU
Arif Neky é consultor sênior de parcerias estratégicas da ONU na plataforma de parceria dos ODS no Quênia. Ele também é Presidente da Força-Tarefa do Conselho Consultivo Nacional (NAB) para Impact Finance no Quênia e membro do Africa Venture Philanthropy Alliance SAG (AVPA).
Laudes Foundation
Gerente de Desenvolvimento Institucional da Laudes Foundation, em Amsterdam (Holanda), onde, entre outras atribuições, lidera os esforços de resposta à pandemia do Covid-19. Formado em Administração pela Universidade de São Paulo (FEA/USP) e mestre em Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa. Foi Coordenador Executivo do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) entre 2014 e 2018. Como consultor, atuou em projetos de cooperação internacional, de desenvolvimento territorial e de finanças sustentáveis.
UNDP Brasil
Carlos Arboleda é bacharel em Engenharia Industrial com Especialização em Tecnologias da Informação Organizacional pela Universidade Nacional da Colômbia e Mestrado em Direção Estratégica e Gestão da Inovação pelo Instituto Universitario de Posgrado. Com mais de vinte anos de experiência no PNUD, nos escritórios de pais da Colômbia, Brasil e Panamá, assim como na sede do organismo em Nova Iorque. Atuou nas áreas de Gerenciamento Estratégico e Gerenciamento de Mudanças, consultoria e gestão de Operações, incluindo suporte a outras práticas de gerenciamento de outras entidades da ONU. Atuou como consultor de gestão interna nos últimos 12 anos em mais de 20 escritórios de países do sistema ONU, trabalhando com reengenharia de modelo de negócios, suporte à gestão baseada em resultados, design e implementação de operações, bem como realinhamentos estratégicos. Atualmente, atua como Representante Residente Adjunto do PNUD Brasil.
Uma das convidadas para essa conversa arriscou dizer – em suas próprias palavras – que “Os séculos só mudam quando existe algum evento marcante que de alguma forma determina que é aquele momento em que um século morreu e outro começou.” e por isso propõe “O século XX só vai acabar quando terminar essa pandemia.” anunciado assim um novo marco de início para o século XXI.
Qual será nosso novo normal? O que nos espera no horizonte desta nova etapa da história? Que desafios se tornam mais urgentes e prioritários? Que caminhos e escolhas estão postos? Que capacidades e habilidades precisamos desenvolver enquanto indivíduos e sociedade para lidar com eles? Qual é a importância e as contribuições da ação coletiva e cidadã nessa nova fase da família humana?
A partir do olhar para a história, para a economia, para a saúde, para as desigualdades, para o meio ambiente e para a interconexão entre local e global, esse debate abordará essas questões e as suas conexões com ações práticas e urgentes que precisamos realizar como tarefa coletiva para que o pós pandemia siga na direção queremos: a construção de um mundo mais justo, sustentável e feliz para todas e todas que nele vivemos.
Instituto Betty e Jacob Lafer
É formada em psicologia pela PUC-SP, com especialização em psicanálise pela PUC-COGEAE e em Direitos Humanos pela faculdade de Direito da USP. É mestre em Administração Pública e de Governo pela FGV-SP. Começou sua carreira na área clínica e no Serviço de Psicologia e Psicopedagogia do SESI. Trabalhou na Kairós Desenvolvimento Social como consultora em projetos para prefeituras nas áreas de criança e adolescência e assistência social. Foi também gerente de programas da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, assessora técnica da Comissão Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo e gerente de projetos no IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social. Hoje em dia dirige o Instituto Betty e Jacob Lafer e atua como formadora e é consultora para o desenvolvimento de projetos de investimento social e de políticas públicas, especialmente na área de criança e adolescente.
Gávea Investimentos
Arminio Fraga é sócio fundador da Gávea Investimentos, empresa fundada por ele em Agosto de 2003 e presidente do conselho do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, fundado em 2019, ambos sediados no Rio de Janeiro. No período de Abril de 2009 a Abril de 2013, foi Presidente do Conselho de Administração da BM&FBovespa, e de Março de 1999 a Dezembro de 2002 presidiu o Banco Central do Brasil. Anteriormente, foi Diretor da Soros Fund Management em Nova York, Diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil, Vice-Presidente da Salomon Brothers, Nova York e Economista-Chefe e Gerente de Operações do Banco Garantia.
Doutora em Antropologia Social
Lilia Schwarcz é professora da USP e global scholar em Princeton. É autora, entre outros, de “O espetáculo das raças”, “As barbas do imperador”, “Brasil: uma biografia”, “Lima Barreto, triste visionário”, “Dicionário da escravidão e liberdade”, com Flávio Gomes, e “Sobre o autoritarismo brasileiro”. Foi curadora de uma série de exposições dentre as quais: “Um olhar sobre o Brasil”, “Histórias Mestiças”, “Histórias da sexualidade” e “Histórias afro-atlânticas”. Atualmente é curadora adjunta do Masp para histórias.
Grupo de Peritos da ONU sobre Pessoas de Origem Africana
É uma advogada americana de Nova York. Ela faz parte do Grupo de Peritos da ONU sobre Pessoas de Origem Africana. Ela tem duas décadas de experiência como advogada de justiça nos Estados Unidos e internacionalmente. Dominique trabalhou com governos, universidades e ONGs como especialista no assunto em assistência jurídica, acesso à justiça, construção de instituições jurídicas eficazes, defesa de direitos humanos e Estado de Direito.
Nas redes, as disputas políticas e o debate sobre poder têm sido feitos por atores diversos com táticas também diversas. Todos os assuntos debatidos on-line viram, em alguma medida, um cabo de guerra nas mãos de quem quer manipular pessoas e de quem quer mobilizar pessoas. A pandemia acrescenta novas camadas e complexidade à conjuntura, informação e desinformação adquiriram novos contornos. O que pode ser feito para mudar esse cenário? Que experiências interessantes de combate à desinformação durante a pandemia nós conhecemos? Como podemos apoiá-las?
Nossas
Alessandra Orofino é Diretora Executiva e Co-fundadora do Nossas, onde desenvolve ferramentas e metodologias para ativismo e participação social. Alessandra também é a diretora geral do Greg News, o único programa de comédia da HBO no Brasil. O Nossas nasceu da experiência de Alessandra com Meu Rio, uma comunidade urbana de centenas de milhares de membros que trabalham juntos para impactar a política local. Antes de fundar a Meu Rio, Alessandra trabalhou na Purpose, organização parceira do Meu Rio. Alessandra é formada em Economia e Direitos Humanos pela Columbia University e foi membro do corpo docente da School of Visual Arts, contribuindo para seu programa pioneiro em Design for Social Innovation.
Youtuber
É youtuber, empresário, ator, comediante, escritor e filantropo brasileiro. É conhecido por ter um dos maiores canais brasileiros do YouTube, com 39 milhões de inscritos e mais de dez bilhões de visualizações acumuladas.
Youtuber
Youtuber, jornalista formada. Responsável pelos canais no Youtube, “Cadê a Chave?” e “Financeiro”, estreado também por Luiz Persechini. Nilce é colaboradora e participante em quase todos os vídeos do canal “Coisa de Nerd”. Além de atuar no podcast “Quero Ouvir”.
Filhorini Advogados Associados
Caio Machado é advogado e cientista social. Atua no escritório Filhorini Advogados Associados. Mestre em Direito Digital pela Sorbonne e em ciências sociais aplicada à tecnologia (fake news, algoritmos, privacidade) pela Universidade de Oxford, e Cofundador do HealthTech & Society.
A pandemia de Covid-19 acometeu o Brasil inteiro, ninguém está absolutamente imune aos seus impactos. Contudo, a pandemia não oferece risco igual a todas e todos. O mesmo vale para a crise econômica e demais desdobramentos de médio e longo prazo do novo coronavírus. Nosso país é profundamente desigual, profundamente racista, profundamente machista. Aqueles que experimentam maior vulnerabilidade social experimenta a crise humanitária e experimentará a crise econômica de modo substantivamente mais grave. Por isso, precisamos urgentemente pensar a respeito das populações que correm risco maior, que demorarão mais para se reerguer. Que tipo de proteção social é oferecida a essas populações? Ela é a mais adequada? O que tem sido feito para assegurar vida digna aos mais vulneráveis? Como temos comunicado nossas críticas ao que existe e as alternativas que defendemos?
Nossas
Alessandra Orofino é Diretora Executiva e Co-fundadora do Nossas, onde desenvolve ferramentas e metodologias para ativismo e participação social. Alessandra também é a diretora geral do Greg News, o único programa de comédia da HBO no Brasil. O Nossas nasceu da experiência de Alessandra com Meu Rio, uma comunidade urbana de centenas de milhares de membros que trabalham juntos para impactar a política local. Antes de fundar a Meu Rio, Alessandra trabalhou na Purpose, organização parceira do Meu Rio. Alessandra é formada em Economia e Direitos Humanos pela Columbia University e foi membro do corpo docente da School of Visual Arts, contribuindo para seu programa pioneiro em Design for Social Innovation.
Fundo Brasil de Direitos Humanos
Douglas Belchior é educador, mestre em Ciências Sociais e um dos coordenadores da rede de educação popular Uneafro e membro da Coalizão Negra por Direitos, articulação de coletivos, organizações e movimentos negros no Brasil.
Voz das Comunidades
René Silva tem 26 anos, é do Complexo do Alemão e é fundador do jornal comunitário Voz das Comunidades, que tem 15 anos de existência e é uma referência na comunicação das periferias do Brasil. Também integra o Gabinete de Crise do Alemão, criado para enfrentamento do Covid-19 no Complexo.
Existem diversas maneiras de se combater o avanço da Covid-19, mas todas elas passam necessariamente por acesso à serviços de qualidade, pela produção de ciência de qualidade e pela divulgação científica de qualidade. Quem são as pessoas na ponta construindo alternativas para que os mais vulneráveis tenham cuidado adequado e vida digna? Como é possível apoiar essas experiências com agilidade e senso de urgência? É possível criar narrativas públicas inspiradoras que restaurem a confiança na ciência e nos ajudem a enfrentar a desinformação e o obscurantismo?
Debora Diniz é antropóloga, professora da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília e pesquisadora do Center for Latin American and Caribbean Studies da Brown University e do Anis Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero. Colunista do jornal El País e da revista Marie Claire, Debora Diniz é uma das vozes mais relevantes do debate público a respeito de direitos humanos, gênero, política e saúde.
Portal Drauzio Varella
É jornalista de saúde e cientista social, e editora-chefe do Portal Drauzio Varella. Mariana Varella é uma referência inconteste para o debate público sobre desinformação, comunicação, saúde e ciência.
Projeto Saúde e Alegria
É médico sanitarista e atua a mais de 30 anos em comunidades na Amazônia brasileira. É fundador e coordedador do Projeto Saúde e Alegria (PSA). Atualmente, o PSA atende a cerca de 30 mil moradores de comunidades rurais – sobretudo tradicionais, muitas das quais em situação de vulnerabilidade social – de Santarém, Belterra, Aveiro e Juruti, municípios localizados no oeste do estado do Pará. Com a rápida proliferação da pandemia COVID-19, a região Norte do Brasil é motivo de preocupação pelas dificuldades logísticas amazônicas, extrema carência de infraestrutura, e vulnerabilidade da população – sobretudo os povos indígenas e comunidades ribeirinhas. Diante disso, o Projeto Saúde e Alegria se antecipou e já no início do ano começou a direcionar seu trabalho no combate ao vírus. Demandas foram levantadas junto aos órgãos de saúde e organizações comunitárias, recursos foram remanejados e novos parceiros mobilizados. Assim, foi construída a Campanha #ComSaudeeAlegriaSemCorona
Nossas
Alessandra Orofino é Diretora Executiva e Co-fundadora do Nossas, onde desenvolve ferramentas e metodologias para ativismo e participação social. Alessandra também é a diretora geral do Greg News, o único programa de comédia da HBO no Brasil. O Nossas nasceu da experiência de Alessandra com Meu Rio, uma comunidade urbana de centenas de milhares de membros que trabalham juntos para impactar a política local. Antes de fundar a Meu Rio, Alessandra trabalhou na Purpose, organização parceira do Meu Rio. Alessandra é formada em Economia e Direitos Humanos pela Columbia University e foi membro do corpo docente da School of Visual Arts, contribuindo para seu programa pioneiro em Design for Social Innovation.
Colaboração é uma das chaves para pensarmos novos paradigmas necessários para uma sociedade mais justa e sustentável. Neste debate, aprofundaremos os diferentes formatos de filantropia colaborativa, aprofundaremos a discussão e apontaremos caminhos e desafios, em busca de formas mais articuladas e colaborativas para a mobilização, gestão e alocação de recursos privados para fins públicos.
Este encontro, para além da discussão proposta, oficializa o lançamento do terceiro número da série “Temas do Investimento Social” desenvolvida pelo GIFE e que aborda o tema da Filantropia Colaborativa. A publicação apresenta um panorama dos processos, formatos e modos de ação, mas também procura apontar caminhos para um aprofundamento qualificado da colaboração no campo da filantropia e do investimento social.
NEF
Diretora Executiva da NEF, antes de ingressar no NEF como Diretora Executiva em 2007, Peggy trabalhou no setor humanitário por 7 anos, nas áreas de migração e pós-conflito, para a Cruz Vermelha, a Organização Intergovernamental para as Migrações, no Afeganistão, no Caribe e em Genebra. Iniciou sua trajetória profissional na área de desenvolvimento econômico na Missão Econômica do Chile em Paris e é Mestre em Comércio Exterior.
Fundo Baobá
Giovanni Harvey é Presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá para a Equidade Racial, Coordenador das Conectoras de Oportunidades e Diretor do Instituto Habilco. Tem 30 anos de experiência em gestão de empresas e organizações sociais. Foi Presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal Fluminense – UFF (1988 a 1989), fundou a Incubadora Afro Brasileira (2004) e foi consultor do Programa de Incubadoras do Ministério da Economia de Cabo Verde (2007). Exerceu cargos e funções nos três níveis da Administração Pública nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Assistência Social e Governança. Foi Secretário Nacional de Políticas de Ações Afirmativas (2008 a 2009) e Secretário Executivo (2013 a 2015) da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR-PR).
Diretor Executivo, Fundação Lemann À frente da Fundação Lemann, Denis Mizne lidera ações dedicadas à melhoria da educação pública brasileira e à formação de lideranças com potencial de trabalhar para a resolução de grandes problemas sociais do país. Algumas das principais iniciativas da instituição têm sido contribuir ativamente para o desenvolvimento da Base Nacional Comum Curricular; promover tecnologias educacionais eficientes que, apenas em 2016, foram usadas por mais de 20 milhões de brasileiros; implementar um programa de gestão focada em resultados de aprendizagem em parceria com redes de ensino, municipais e estaduais, em mais de mil escolas por todo o país; e apoiar a formação de mais de 300 jovens em universidades de ponta nos Estados Unidos. Antes de se juntar à Fundação Lemann, Denis fundou e dirigiu o Instituto Sou da Paz por 12 anos, tornando-se um ator-chave no combate à violência em nível nacional e na redução de 80% dos homicídios em São Paulo na última década. Denis é um Empreendedor Social Ashoka, um World Fellow de Yale, e faz parte do Conselho de diversas organizações sem fins lucrativos com foco em educação e prevenção à violência no Brasil. Ele é formado em Direito pela Universidade de São Paulo e continuou seus estudos como visiting scholar na Universidade de Columbia e no Programa OPM da Harvard Business School.
CIAT/ Aliança pela Biodiversidade
No Brasil de 2020, a conjuntura hostil se somou a à desafios estruturais e compôs um cenário crítico. Nesse contexto, defender direitos e liberdades se é arriscado. Mas nem tudo é ruim. Vimos a sociedade brasileira mergulhar numa onda inédita de solidariedade. Precisamos celebrar essa potência, contar as histórias que nos inspiram. Apesar dos altos custos íntimos e públicos de falar sobre direitos humanos no Brasil de hoje?, quais são incentivos nos mantém engajados? Que causas nos movem? Como podemos fortalecer narrativas que comovem e ajudem na construção de novas maiorias?
Nossas
Alessandra Orofino é Diretora Executiva e Co-fundadora do Nossas, onde desenvolve ferramentas e metodologias para ativismo e participação social. Alessandra também é a diretora geral do Greg News, o único programa de comédia da HBO no Brasil. O Nossas nasceu da experiência de Alessandra com Meu Rio, uma comunidade urbana de centenas de milhares de membros que trabalham juntos para impactar a política local. Antes de fundar a Meu Rio, Alessandra trabalhou na Purpose, organização parceira do Meu Rio. Alessandra é formada em Economia e Direitos Humanos pela Columbia University e foi membro do corpo docente da School of Visual Arts, contribuindo para seu programa pioneiro em Design for Social Innovation.
Youtuber
É youtuber, empresário, ator, comediante, escritor e filantropo brasileiro. É conhecido por ter um dos maiores canais brasileiros do YouTube, com 39 milhões de inscritos e mais de dez bilhões de visualizações acumuladas.
Instituto Marielle Franco
Anielle Franco é cria da favela da Maré, no Rio de Janeiro. É bacharel em Jornalismo e Inglês pela Universidade Central de Carolina do Norte e bacharel-licenciada em Inglês/Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É mestra em Jornalismo e Inglês pela Universidade de Florida A&M, e atualmente é mestranda em uma universidade federal no Rio de Janeiro (Cefet) cursando relações étnico-raciais com o foco na identidade das mulheres negras através da memória e legado de Marielle Franco, sua irmã e inspiração diária. Publicou seu primeiro livro, “Cartas para Marielle”, e tem participação importante em diversas publicações, incluindo a autobiografia de Angela Davis. Trabalha como professora, palestrante, escritora e é a atual diretora do Instituto Marielle Franco, curadora do Projeto Papo Franco e também do curso Marielles.
O painel Investimento Social pela Amazônia buscará reunir vozes de segmentos diversos da região para apontar caminhos para o aprofundamento do engajamento da sociedade brasileira em geral e da filantropia e do investimento social privado em particular pela conservação e o desenvolvimento inclusivo e sustentável na Amazônia brasileira. Combinando a escuta das múltiplas perspectivas nessa direção, o painel marcará também o início do ciclo de trabalho da iniciativa “ISP pela Amazônia”, que buscará mapear e sintetizar diretrizes para a atuação reforçada dos atores filantrópicos no país em favor da região, com a produção de um guia de ação por ser lançado durante o encontro presencial do Congresso em março de 2021.
Imazon
É mestre e doutora em Ciência do Direito pela Universidade Stanford (EUA). É Pesquisadora Associada do Imazon, atuando há 17 anos para o aprimoramento de leis e políticas ambientais para conservação da Floresta Amazônica, melhoria da gestão fundiária e mitigação de mudanças climáticas
Grupo Bemol
É diretor-presidente da Bemol e co-fundador e conselheiro da Fundação Amazonas Sustentável. Em 2012 foi selecionado Young Global Leader do Fórum Econômico Mundial. Denis serviu como Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas e como analista financeiro do Banco Goldman Sachs. É formado em economia pela Stanford University, tem mestrado em Estudos Latino-Americanos também pela Stanford University e MBA pela Wharton School.
Projeto Saúde & Alegria
É Empreendedor Social e Coordenador da ONG Projeto Saúde & Alegria – PSA (www.saudeealegria.org.br), com mais de 30 anos de atuação na Amazônia. Nascido em São Paulo/SP, se profissionalizou nas áreas de vídeo e fotojornalismo, tendo se mudado para Amazônia em 1988 para apoiar o inicio das ações do PSA, ajudando na época a estruturar o setor de Comunicação Social. Atualmente, integra sua coordenação geral. A partir dos resultados alcançados, prêmios e reconhecimentos obtidos pelo trabalho do PSA, vem sendo demandado de forma crescente para disseminar suas experiências, assessorar processos de transferência de tecnologias socioambientais junto à outras Instituições, bem como integrar novas frentes, redes e articulações afins em prol de um futuro mais harmônico, includente e sustentável.
Manioca
Joanna Martins é paraense, mãe, publicitária, administradora e pesquisadora em gastronomia amazônica. Movida por uma história familiar de quase 50 anos com a culinária amazônica e por sua paixão pelo território, depois de algumas outras experiências empreendedoras, em 2015, fundou e é CEO da Manioca(@maniocabrasil), uma pequena indústria de impacto socio-ambiental, instalada em Belém/PA, que transforma ingredientes da Amazônia em alimentos naturais, práticos e saborosos, dialogando com a cultura local e sua biodiversidade, a partir do comércio justo e do desenvolvimento de cadeias produtivas.
Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM)
É engenheiro florestal, empreendedor social, co-fundador e diretor de novos negócios do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM). Dedica sua carreira na busca por soluções inovadoras para conciliar o desenvolvimento socioeconômico e a conservação florestal na Amazônia. Nos últimos anos, vem se tornando uma referência na construção do ecossistema de negócios de impacto e atração de investimentos privados para a Amazônia. Mariano faz parte da rede de líderes da Fundação Lemann e diversos conselhos e iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável no Brasil.
Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos
Graduado em Direito pela UFPA, especialista em Direitos Humanos pela Universidade Católica de Brasília. É presidente da Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos, vinculada ao Movimento Nacional de Direitos Humanos. Tem experiência em assessoria parlamentar, jurídica, sindical e popular, direito trabalhista, direito eleitoral e penal. Trabalha com temas como: Direitos Humanos, movimentos sociais, ONGs e Direito penal.
Governo do Estado do Amazonas
Graduada em Economia, mestrado em Geografia (Geografia Humana, 1999) e doutorado em Ciencia Ambiental (2005) pela Universidade de São Paulo. Realizou estágio pós-doutorado em Geografia Urbana e Econômica pelo Center for Place, Culture and Politics, Graduate Center, CUNY -USA. É pesquisadora dos programas de Pós-Graduação em Geografia do Departamento de Geografia e do Programa em Ciências Ambientais e Sustentabilidade na Amazônia do Centro de Ciências do Ambiente ambos da UFAM. Atuou como Secretaria Adjunta de Planejamento da Secretaria de Produção Rural do Estado do Amazonas – SEPROR, 2013-2014. Atuou como Presidente do Observatório da Região Metropolitana de Manaus – ORMM 2017-2019 e Representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC no Amazonas, 2018. Atualmente exerce cargo de Secretária Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação, e o Núcleo de Integração e Desenvolvimento da Faixa de Fronteira junto a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEDECTI, do Amazonas.
Governador do Estado do Amapá
É um político brasileiro filiado ao Partido Democrático Trabalhista. Atualmente, Waldez Góes é o governador do Estado do Amapá.
Fundação Amazonas Sustentável
PhD por Harvard e pós-doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade da Flórida, Virgilio Viana é o atual superintendente-geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS). Foi o primeiro secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, entre 2003 e 2008, onde reduziu o desmatamento em 70%, e atualmente é membro do grupo de trabalho sobre Ética da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano. Graduou-se em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), foi professor do Departamento de Ciências Florestais na ESALQ/USP (1989-2009), com dezenas de livros e centenas de artigos publicados no Brasil e no exterior. Coordenou o processo de consultas nacionais que deu origem ao Forest Stewardship Council (FSC) em 1993. Foi fundador e presidente do Imaflora (1993-2000). Participou da estruturação do Center for International Research (CIFOR), do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e do Fundo Brasileiro de Biodiversidade (Funbio). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE), da Associação Paulista dos Engenheiros Florestais (APAEF), e vice-presidente da Associação Brasileira dos Secretários de Estado do Meio Ambiente (ABEMA).
Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira/COIAB
Assessor da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira/COIAB
CONAQ
Coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (CONAQ)
A crise humanitária provocada pelo COVID-19 destacou mais ainda a importância das organizações da sociedade civil, tornando mais evidente que doações flexíveis e investimento paciente para fortalecimento institucional da sociedade civil geram grandes resultados. Mesmo assim, muitos financiadores ainda hesitam em destinar recursos para esses fins.
O relatório global Funding from a Place of Trust: Exploring the value of general operating support and capacity building grants oferece um ponto de partida sólido para qualquer fundação, filantropo ou investidor de impacto que deseja compreender melhor os benefícios do financiamento flexível e as considerações vitais para alcançar resultados com esse tipo de doação.
Em seu centro está o conceito essencial de um relacionamento baseado na confiança entre doadores e donatários.
Este webinar lança o relatório em português e a essência dessa pesquisa, contando com a participação de doadores e donatários que estão liderando o caminho do financiamento baseado na confiança.
Acesse aqui o relatório em português.
Fundação Ford
Atila Roque é Diretor da Fundação Ford no Brasil, coordenando todo o trabalho operacional e programático. Antes de ingressar na Ford, atuou como Diretor Executivo da Anistia Internacional no Brasil. Foi também Diretor Executivo do INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos e da Action Aid Internacional-USA em Washington DC. Teve diferentes cargos durante 17 anos no IBASE, uma das mais importantes ONGs do Brasil. Sua experiência inclui também três anos em Tóquio como pesquisador visitante no “Pacific-Asia Research Center”. Atila é Historiador pela UFRJ e Mestre em Ciência Política pelo IUPERJ/UCAM.
Fundo Elas
Amalia Fischer é coordenadora geral do Fundo Elas. É uma ativista mexicana-nicaraguense e feminista desde 1975 que fundou o Fundo em 2001 com outras nove mulheres o fundo para aumentar a conscientização sobre as contribuições femininas e as questões femininas, enquanto mudava os padrões das doações filantrópicas tradicionais. É PhD em comunicação e cultura e foi professor de ciência política na Universidad Nacional Autónoma de Mexico por 20 anos. Amália também é Ashoka Fellow e Senior Fellow do Synergos, atua no conselho do Fundo de Ação Urgente pelos Direitos Humanos da Mulher.
Casa Pequeno Davi
Coordenadora Geral da Casa Pequeno Davi, responsável por toda a estratégia e implementação das ações da organização, bem como a mobilização de recursos, comunicação e parcerias institucionais e é representante externa desde 2002 com representação no Fórum Nacional de Entidades Gestoras do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, foi Conselheira do e Vice Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Diretora do coletivo Feminista e Membro da Coordenação Estadual do Fórum Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. Antes de atuar na Casa Pequeno Davi, foi Educadora Social da Pastoral do Menor na Arquidiocese da Paraíba. Cláudia é pedagoga formada pelo Centro universitário de João Pessoa
Fundação Itaú Social
Gerente de Fomento da Fundação Itaú Social. É Graduada em
Ciências Contábeis pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especializada em Sociopsicologia da Juventude e Políticas Públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP. Autuou com projetos sociais na Fundação BankBoston e atua no Itaú Social 2008. Gerencia a área de Fomento, que trabalha pelo fortalecimento da sociedade civil.
Synergos Brasil
Daniela Weiers é Gerente Administrativa e Financeira do Synergos Brasil desde janeiro de 2020 e membro do Conselho Deliberativo da ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos) desde 2012. Administradora de Empresas e Mestre em Administração Pública e Governo pela FGV-EAESP, possui mais de 20 anos de experiência em gestão de organizações da sociedade civil, especialmente nas áreas financeira, administrativa e captação de recursos. Ao longo de sua carreira, trabalhou para organizações sem fins lucrativos brasileiras como Associação Vaga Lume, Museu da Pessoa e Associação Evangélica Beneficente, além de atuar também como consultora.
Synergos
Foi Diretora Executiva do Instituto Credit Suisse e da Associação de Educação Financeira do Brasil, trabalhou em empresas como Natura e Banco HSBC e IDIS. Foi conselheira do GIFE e da REDEAMERICA e professora no Centro Universitário SENAC. Silvia é Relações Públicas, mestre em Administração e Inovação e pós-graduada em Gestão de Organizações Sem Fins Lucrativos pela Universidad San Pablo de Madrid com uma bolsa da Fundação Carolina. Ela também recebeu a certificação em Processos Colaborativos com Humberto Maturana da Escuela Matriztica do Chile.
Seguindo a trilha de expansão e desenvolvimento ao longo do tempo, o universo da filantropia e investimento social brasileiros tem vivenciado nos últimos anos uma estimulante diversificação de perfis e formatos de atuação. A promoção da cultura de doação na sociedade brasileira como um todo, combinada com a criação de novos agentes de mobilização e gestão de recursos filantrópicos, abre caminho para a ação ampliada de pequenos e médios doadores e sua conjugação com iniciativas de atores tradicionais do campo. Novas gerações de investidores familiares constroem modelos inovadores de gestão e destinação dos recursos. O fortalecimento do ecossistema de investimentos e negócios de impacto social e ambiental multiplica os modelos de ação e o arco de organizações dedicadas à combinação e gestão de capitais nessa nova dimensão do setor.
O webhour “Novos Atores na Filantropia e Investimento Social Brasileiros” dará início à série de encontros sobre pautas atuais do investimento social privado no país, reunindo vozes e perspectivas para um olhar sobre essa diversificação de atores e as novas possibilidades abertas por ela para a ação do campo: na mobilização ampliada de recursos, criação de novas oportunidades de colaboração e expansão de agendas, estratégias e modelos de contribuição para a geração de bem público e transformação social positiva no país.
SITAWI
É fundador e CEO da SITAWI Finanças do Bem e tem mais de 20 anos de experiência em negócios, finanças e setor social. Foi diretor da iniciativa Cidadania Econômica para Todos na Ashoka e trabalhou na McKinsey por 8 anos. Foi eleito Senior Fellow Synergos, Responsible Leader BMW Foundation e atuou como co-diretor executivo da Força Tarefa Brasileira de Finanças Sociais. Tem MBA pela Harvard Business School e é engenheiro de Produção pela USP.
The Women Invested to Save Earth Fund
Líder de justiça social e ambiental, Dra. Jackie Bouvier Copeland é fundadora e CEO do The Women Invested to Save Earth Fund. Fundadora do Mês da Filantropia Negra. Faz parte do conselho consultivo da Uncharted Power, uma nova empresa de energia alternativa fundada pela inventora nigeriana-americana, Jessica O. Matthews. Ela também é fundadora e presidente da Pan-African Women’s Philanthropy Network. Entre suas contribuições para a justiça social mais orgulhosas está o projeto inicial de My Brothers ’Keeper, uma iniciativa do legado da Administração Obama para promover a igualdade e as oportunidades de vida de homens e meninos de cor de baixa renda nos EUA.
Cambridge Family Enterprise Group (CFEG)
Presidiu o Conselho de Governança do GIFE de 2014 a 2017- Grupo de Institutos e Fundações. Foi vice-presidente do Conselho do Instituto Gerdau. Associada da Cambridge Family Enterprise Group(CFEG) Brasil. Experiência em Governança na Família Gerdau Johannpeter, membro do Conselho Familiar Membro do Comitê de Empresas de Controle Familiar do IBGC. Integra os Conselhos da Fundação Roberto Marinho, do movimento Todos pela Educação, da Fundação Iberê Camargo e da ARCAH. Atuou como conselheira no Canal Futura, Fundação Victor Civita, Bienal do Mercosul e Junior Achievement Brasil Formação em Arquitetura e Urbanismo e educação executiva em Corporate Social Responsability na Harvard Business School.
A defesa e valorização dos modos de produção e disseminação de ciência e informação de qualidade encontra-se clara e crescentemente entre os desafios centrais do nosso tempo. Preservar e revitalizar uma esfera pública pautada pelo compromisso com a empiria e os fatos, a pluralidade de atores e ideias, a independência e respeito no debate são condições cada vez mais essenciais para renovar os trilhos de construção de avanços nas várias dimensões da nossa vida coletiva.
A elas soma-se o desafio também histórico de fortalecer as bases de produção científica e difusão de conhecimento na sociedade brasileira, seja para amparar a nossa cultura democrática e do bom debate de ideias na cena pública, expandir a democratização de oportunidades e a realização plena de potenciais no país e/ou posicionar-nos de forma efetiva para a inserção na sociedade do conhecimento contemporânea.
Com tudo isso em vista, o painel “Investimento Social por Ciência e Informação” buscará reunir vozes diversas dos universos da filantropia e do investimento social, da ciência e da comunicação para somar perspectivas para o aprofundamento da ação filantrópica em favor da produção de respostas a esses desafios no país. Para além da atividade no trilho do 11o Congresso GIFE, a atividade marcará também o início da iniciativa “ISP por Ciência e Informação”, que deverá dar sequência ao debate nos próximos meses, fortalecendo os canais de cooperação na temática e produzindo um guia para o investimento social relacionado a ela por ser lançado no encontro presencial do Congresso em março.
Ciência na rua
Jornalista e pesquisadora, é criadora e coordenadora do projeto de divulgação científica Ciência na rua. Atua no campo do jornalismo científico desde 1988, depois de duas décadas de trabalho no jornalismo geral e econômico em grandes jornais e revistas brasileiros, entre os quais, Jornal da Bahia, Tribuna da Bahia, O Globo, Exame, Senhor, Jornal do Brasil e Isto É. Criou e foi diretora, de 1999 a 2014, da revista Pesquisa Fapesp, editada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Deu início à implantação do setor de comunicação da Fapesp em abril de 1995 e foi gerente de comunicação da Fundação de dezembro de 1995 a julho de 2002. Elaborou em 1988 um novo projeto editorial para a Revista Brasileira de Tecnologia, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tornou-se sua editora-chefe e transferiu a redação para São Paulo, conforme proposta da direção. Tornou-se editora e redimensionou a editoria de Tecnologia da Gazeta Mercantil. É professora titular aposentada da Universidade Federal da Bahia. É graduada em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (1972), mestra (1987) e doutora (2006) em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem pós-doutoramento pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Universidade Estadual de Campinas (Labjor-Unicamp, 2019. Foi presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico.
Instituto do Cérebro da UFRN
Professor titular e vice-diretor do Instituto do Cérebro da UFRN. Bacharel em Biologia pela UnB, mestrado em Biofísica pela UFRJ, doutorado em Comportamento Animal pela Universidade Rockefeller e pós-doutorado em Neurofisiologia pela Universidade Duke. Pesquisa memória, sono e sonhos; plasticidade neuronal; comunicação vocal; psiquiatria computacional; educação; psicodélicos e política de drogas. Diretor da SBPC e pesquisador associado do CEPID FAPESP Neuromatemática. Autor de mais de 100 artigos científicos e de 5 livros de divulgação científica e ficção.
Fórum de Ciência e Cultura
É professora de matemática, história das ciências e filosofia da UFRJ, e coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura.
Agência Bori
Ana Paula Morales é co-fundadora e coordenadora da Agência Bori, iniciativa para transformação social pela ciência. Ana também é pesquisadora associada no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo na Unicamp e editora-executiva da revista Ciência & Cultura, um dos veículos de divulgação científica mais antigos do país, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Cientista de formação inicial (biomédica com mestrado em Farmacologia pela Unifesp), Ana faz pesquisa e atua profissionalmente com comunicação de ciência há 12 anos. Antes de ajudar a fundar a Bori, trabalhou no governo do Estado de São Paulo em diferentes órgãos relacionados à ciência, tecnologia, inovação e ensino superior e coordenou pesquisas na área de percepção pública da ciência. Faz doutorado em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp.
data_labe
É co-fundadora e diretora do data_labe. Comunicadora e produtora cultural formada em Estudos de Mídia pela Universidade Federal Fluminense. Atua em projetos que articulam juventude, tecnologia, comunicação, cultura e mobilização.
Instituto Serrapilheira
Biólogo, se dedicou às bases genéticas dos processos de envelhecimento. É doutor pela Universidade de Gothenburg (Suécia), pós-doutor pelo Salk Institute for Biological Studies (EUA) e membro do National Scientific Research Council (França). Foi diretor de um laboratório na École Normale Supérieure em Lyon. Os resultados de sua pesquisa científica foram publicados em revistas como Nature, Science, Cell Metabolism e PLoS Biology e premiados pelo CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique) e European Research Council (ERC). Também foi Pesquisador Visitante Especial na Universidade de São Paulo (USP) e mediou relações institucionais entre universidades francesas e brasileiras.
Instituto Cultural Steve Biko
Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestre em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA-Instituto de Física/UEFS). Diretor de Projetos Especiais e Comunicação do Instituto Cultural Steve Biko, coordenador do programa OGUNTEC, uma iniciativa de fomento à ciência, tecnologia inovação para jovens negros e negras que é mantida pelo Instituto Cultural Steve Biko e que foi referência para o artigo vencedor do Prêmio Nacional Jovem Cientista em 2008.
Pesquisadora na Universidade de Nottingham
A bióloga e farmacologista Maria Augusta Arruda é doutora em Biociências (Farmacologia) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) onde atuou como biotecnologia e professora. Foi pesquisadora em Saúde Pública de Farmanguinhos-Fiocruz e coordenadora-geral do Programa CAPES-Universidade de Nottingham em Descoberta de Novos Fármacos, onde está desde 2011. Desde 2019, é gerente de projetos estratégicos da mesma universidade, trabalhando junto a principal agência de fomento britânica, UK Research & Innovation. Ganhou o Prêmio L’Oréal-Unesco-ABC em 2008. Vem atuando também no campo da diplomacia científica.
Advanced Newton Fellow da Royal Society
Professor de Matemática da Universidade de São Paulo obteve seu PhD em Berlim em 2007. É Advanced Newton Fellow da Royal Society, membro do Instituto Serrapilheira, membro da Academia Brasileira de Ciências e professor visitante do Imperial College . Um tema central de sua pesquisa é o comportamento coletivo de sistemas dinâmicos em interação.
O campo da filantropia e do investimento social ampliou-se e desenvolveu-se muito no Brasil ao longo das últimas décadas. Porém isso não aconteceu de forma igual em todo país. Além disso, sendo o Brasil um país tão diverso, os contextos tão particulares de cada região traduzem-se em necessidades, prioridades e desafios também muito diferentes.
Como parte da agenda pública e da busca por soluções e respostas aos desafios históricos e contemporâneos que têm se mostrado cada vez mais urgentes, a filantropia e o investimento social em cada canto do país pode ter expressões muito variadas, dialogando com frequência com realidades absolutamente diferentes. Ao mesmo tempo, o campo encontra-se, em cada região, em um estágio diferente de desenvolvimento, com fronteiras prioritárias também diversas, ainda que com pontos comuns e convergentes.
Neste webhour buscaremos trazer esse panorama da atuação do setor Brasil adentro por meio de vozes de investidores sociais que atuam em diferentes regiões do país, exercendo também um papel fundamental no desenvolvimento, ampliação e articulação do campo em nível regional.
Interação da mesa
Fundação FEAC
Formada em marketing, pós graduada em administração pela FGV, e após atuar alguns anos na área de negócio em uma multinacional, resolveu sair e trabalhar por propósito maior, fundou uma ong em Campinas- SP, e há mais de 10 anos atua no terceiro setor, com experiência na coordenação de instituto empresarial, área de responsabilidade social corporativa, desenvolvimento de projetos de mobilização e programas de voluntariado.
Atualmente é responsável pela área de gestão de parcerias da Fundação FEAC, onde realiza articulação e mobilização da iniciativa privada, e parceiros estratégicos para a instituição. Além de participar da coordenação da Rede de Investidores Sociais do Interior Paulista.
Instituto Bancorbrás
Especialista em COACHING E LIDERANÇA PARA GESTÃO DE PESSOAS pelo Centro Universitário Euro-Americano e GESTÃO SOCIAL: Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos pela Universidade do Norte do Paraná e bacharel em SERVIÇO SOCIAL pela PUC/RIO. Profissional com mais de 13 anos de experiência em Responsabilidade Social Empresarial – RSE; Investimento Social Privado; Gerenciamento de Projetos Sociais e Voluntariado; terceiro Setor. Atualmente, Coordenadora do Instituto Bancorbrás.
Instituto Beatriz e Lauro Fiuza
É uma empreendedora apaixonada por educação e por negócios de impacto social. Foi co-fundadora do Instituto Beatriz e Lauro Fiuza, que dirigiu por sete anos, promovendo melhorias na qualidade de vida de milhares de famílias em zonas de risco de Fortaleza, por meio da arte e do esporte. Antes disto, trabalhou como fotógrafa e produtora cultural por dez anos, no Brasil e no exterior. É formada em Comunicação Social pela Unifor, em Fotografia pela Université Paris 8, mestre em Antropologia Visual e da Mídia pela Freie Universität (Berlim), e está concluindo uma especialização em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica pela Uni7. Tem dois filhos com outro empreendedor desarrazoado e muita fome de mundo. E acredita que somos todos seres coletivos, conectados uns aos outros e co-responsáveis pelo mundo onde vivemos.
Instituto Positivo
É a atual diretora do Instituto Positivo. É mestre em Sustentabilidade e Gestão Ambiental, pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior e graduada em Educação Física. Líder MLG, está cursando o programa de pós-graduação em Liderança e Gestão Pública.
Com mais de 16 anos de atuação no terceiro setor, além da sua atuação no Instituto Positivo, integra o conselho de conduta do Grupo Positivo e leciona como professora convidada em diversos cursos de pós-graduação. Participou da fundação do Instituto Positivo e do Instituto HSBC Solidariedade. Foi responsável pelo projeto social do tradicional Coral do HSBC, pelo processo de seleção e monitoramento de mais de 500 projetos sociais no Brasil, pela coordenação de programas de voluntariado corporativo e pela aplicação dos recursos advindos de produtos sociais, entre eles o Cartão de Crédito HSBC Solidariedade, o qual beneficiou a expansão das atividades da Pastoral da Criança. Na Federação dos bancos – Febraban, atuou por dois anos na coordenação de incentivos fiscais para a área da Infância e Adolescência.
Na América Latina, coordenou a expansão de um projeto social regional, na área da Educação Emocional, que beneficiou 12 países durante quatro anos. Foi idealizadora e, atualmente, é uma das coordenadoras da Rede de Investidores Sociais de Curitiba – RIS, rede local ligada ao GIFE.
Como voluntária, integra conselhos consultivos de OSCs em Curitiba e é conselheira eleita do Conselho de Segurança do bairro onde reside, além de acumular experiências de voluntariado na África.
Fundação Demócrito Rocha
É Gerente-Geral da Fundação Demócrito Rocha. É jornalista, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1985. Em 2011 concluiu o MBA Internacional em Gestão de Negócios pela MRH / Fundação Getúlio Vargas. Trabalhou como redator das revistas Ele & Ela, Manchete e Geográfica Universal, da Bloch Editores; foi repórter do jornal O Globo e redator, subeditor e editor no Jornal do Brasil. Vive em Fortaleza desde 2000, sempre trabalhando no Grupo de Comunicação O POVO, onde exerceu as funções de secretário de Redação, editor-executivo do Núcleo de Negócios e diretor de Redação do jornal O POVO; diretor de Jornalismo do Portal O POVO Online, diretor de Jornalismo, diretor de Operações e diretor executivo da TV O POVO e das rádios O POVO CBN (AM e FM) e Mucuripe. Desde novembro de 2013 exerce a função de gerente-geral da Fundação Demócrito Rocha. É também apresentador do programa Debates do POVO, que vai ao diariamente, de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, nas rádios O POVO CBN (AM e FM) e CBN Cariri.
Realizado no âmbito do projeto Emergência Covid e em parceria com Grupo de Conhecimento no ISP e com o International Society for Third-Sector Research (ISTR)
Conhecimento e informações de qualidade e acessíveis têm sido fundamentais no enfrentamento à Covid-19. O campo da filantropia e da sociedade civil tem sido tanto produtor, quanto tema de diversos estudos, pesquisas e produções de conhecimento nesse cenário de crise. É fundamental entender como o campo tem produzido conhecimento e como os dados e informações têm sido disseminados e utilizados e contribuído não só na construção de narrativas sobre o setor, mas também para os processos de tomada de decisão na agenda das organizações e do setor público.
O que foi produzido de conhecimento (pesquisa aplicada e prática) sobre a pandemia ou em decorrência da pandemia? Como o campo do ISP e das OSC se viu e produziu conhecimento? O que está invisibilizado? Como os conhecimentos produzidos dialogam e o quais oportunidades se abrem?
Passados mais de seis meses da chegada da Pandemia no Brasil e da produção de conhecimento para enfrentamento a essa realidade, colocar em debate diversas pessoas produtoras de conhecimento pode nos auxiliar a enxergar caminhos para seguirmos avançando não só no combate à pandemia e seus efeitos, mas também na continuação da construção coletiva das soluções públicas que necessitamos.
Interações da Mesa
Casa Fluminense
Geógrafo, mestre em cultura e comunicação (UERJ) e Coordenador Executivo da Casa Fluminense, uma associação dedicada a construção de políticas e ações públicas na metrópole do Rio de Janeiro. Foi Analista de Responsabilidade Social do SESC-Rio, atuando na gestão de projetos de Ação Comunitária e Educação Ambiental. No Instituto Pereira Passos (IPP-Rio), foi Gestor Local do Programa UPPSocial. No IBGE foi Supervisor Censitário durante o Censo 2010. Seus principais interesses são em desenvolvimento urbano, políticas públicas, participação social e redução de desigualdades sociais.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Doutora em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, professora do programa de pós-graduação em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo e assistente de pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no projeto Mapa das OSCs.
ponteAponte
Diretor-executivo da ponteAponte e sócio da startup Que Mais Tem Lá?.
É mestre em Ciência e graduado em Administração (FEA-USP), com especialização em Educação em Turismo (UnB), e professor de Empreendedorismo e Inovação Social da FIA (Fundação Instituto de Administração).
Foi jornalista da Folha de S.Paulo por 11 anos, onde foi coidealizador do Prêmio Empreendedor Social de Futuro (2009), do Fórum de Empreendedorismo Social (2009 e 2010) e da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.
É editor de publicações pela Publifolha, membro do grupo de Empreendedores Cívicos da RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), fellow da 92 Y/Ford Fellowship e do Gaimusho (Ministério de Relações Exteriores do Japão) e da Agência de Cooperação Internacional do Japão, além de ex-bolsista da Capes/CNPq e membro da ISTR (International Society for Third Sector Research).
Dalberg’s Global Knowledge Lead Associate Partner
É um Associate Partner, baseado no escritório de Washington, DC. Além de servir como Parceiro Associado Líder de Conhecimento Global da Dalberg, Kusi também co-lidera a Prática de Finanças e Investimento da Dalberg e é particularmente apaixonado pelo uso de finanças e tecnologia inovadoras para acelerar a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS).
O trabalho recente de Kusi inclui vários projetos na interseção de investimentos de impacto / finanças combinadas e agricultura, saúde global e setores de serviços financeiros. Por exemplo, no setor agrícola, Kusi liderou um benchmarking financeiro de credores sociais que fornecem empréstimos a pequenas e médias empresas agrícolas. No setor de saúde, Kusi liderou a concepção de um fundo de financiamento combinado com o objetivo de investir em soluções digitais de saúde. No setor de serviços financeiros, ele desenvolveu estudos de caso sobre como a análise de dados e as parcerias podem ser usadas para melhorar a sustentabilidade dos serviços financeiros para produtores de pequena escala.
Antes de ingressar na Dalberg, Kusi foi Vice-Presidente de Pesquisa de Investimento da Global Partnerships, um investidor que prioriza o impacto com investimentos na América Central / do Sul e na África Oriental. Ele também tem experiência de trabalho como consultor de gestão na Bain & Company na América do Sul e como Diretor de Investimentos da International Finance Corporation.
Kusi possui mestrado em administração de empresas pela INSEAD Business School em Cingapura, mestrado em administração pública em desenvolvimento internacional pela Harvard Kennedy School e bacharelado em artes pela University of Pennsylvania.
Professor na FGV (Fundação Getulio Vargas )
Professor integrante do Colegiado do Centro de Estudos de Administração Pública e Governo da Fundação Getulio Vargas (FGVceapg). Possui graduação em Administração Pública pela Fundação Getulio Vargas – SP (1991), graduação em Direito pela Universidade de São Paulo (1996), mestrado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas – SP (1996) e doutorado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas – SP (2002). É professor adjunto do Departamento de Gestão Pública da FGV EAESP. Foi professor visitante na HEC Montréal (2012-2013), na ESSEC Business School Paris (2018) e na Cardiff Business School (2019). É bolsista em Produtividade em Pesquisa 1D do CNPq. É membro do Board of Directors e do Comitê Executivo da International Society for Third Sector Research. É membro do Colegiado do Centro de Estudos em Administração Pública e Governo. Com forte formação em Estudos Organizacionais, as pesquisas que realiza e suas orientações de mestrado e doutorado recaem sobre os seguintes temas: sociedade civil (movimentos sociais, terceiro setor, ONGs), responsabilidade social corporativa (investimento social privado e ação política de empresas), métodos qualitativos de pesquisa (análise do discurso e análise de narrativas).
O espaço de atuação da filantropia, do investimento social e da sociedade civil em geral é definido antes de tudo pela motivação e iniciativa cidadãs dos seus integrantes e atores. Nasce e afirma-se como o ambiente de ação cívica em favor do interesse público, nas suas várias dimensões.
Mas para poder estabelecer-se e desempenhar seu papel com plenitude, a cidadania depende também de um ambiente legal positivo, capaz de garantir liberdades, mecanismos e segurança de ação. Nos últimos anos, temos vivenciado e dedicado-nos a buscar impulsionar avanços, por exemplo, nos marcos legais relativos à tributação e realização de doações de interesse público de forma ampla, à constituição e impulsionamento de fundos patrimoniais filantrópicos e à criação de um regime jurídico para o setor de negócios de impacto no país, entre outras agendas. Em paralelo, experimentamos também a emergência de crescente suspeição ou hostilidade por parte de segmentos na sociedade e no poder público em face das organizações do terceiro setor, abrindo caminho para ameaças e constrangimento à sua ação e para riscos de restrição às liberdades de associação, expressão e ação cidadã no país.
Reunindo atores dedicados a aspectos diversos dessa agenda comum, o webhour buscará traçar um panorama atualizado dos avanços alcançados no passado recente e das pautas e desafios colocados para a ação futura, na perspectiva sempre de aprofundar as condições para um espaço de cidadania vibrante, sólido e efetivo, somando vozes, competências e energias para a construção de soluções públicas e o aprofundamento da democracia entre nós.
Interações da Mesa
FGV Direito SP
Doutor em Direito do Estado pela USP – Universidade de São Paulo (2012), Mestre (LL.M.) em Direito Internacional dos Direitos Humanos pela Universidade de Essex, Reino Unido (2003), e Bacharel em Direito pela USP (1998). Foi Gerente do Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos – Ministério da Justiça (2000-2001) e Coordenador do Programa Marco Legal e Políticas Públicas do Gife – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (2005-2008). Advogado nas áreas de terceiro setor e direito público, é pesquisador do Centro de Pesquisa Jurídica Aplicada (CPJA) da Escola de Direito de São Paulo da FGV, onde coordena a linha de pesquisa Estado de Direito e Sociedade Civil.
Grupo de Trabalho Direitos Humanos e Empresas do Pacto Global
Há mais de 15 anos atua com associações e fundações, com vasta experiência em consultoria societária, administrativa, contratual, tributária e previdenciária, atuando nas mais diversas áreas, como educação, saúde, cultura, e assistência social. Também assessora empresas no aprimoramento de suas políticas e ações relacionadas a dimensões socioambientais (ESG), bem como famílias que buscam consolidar seu investimento social privado. Ainda, idealizou e coordenou o Curso de Direitos Humanos e Empresas da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e é coordenadora do Grupo de Trabalho Direitos Humanos e Empresas do Pacto Global.
European Foundation Centre AISBL (EFC)
Gerente de Ambiente Legal do European Foundation Centre AISBL (EFC), em Bruxelas, trabalha para um ambiente operacional favorável para a filantropia institucional desde 2004. Dede 2019, dirigi em nome da EFC as redes conjuntas de doadores e fundações na Europa (DAFNE) e da EFC Philanthropy Advocacy Initiative. Suas principais responsabilidades incluem o monitoramento e mapeamento/análise de desenvolvimentos relevantes que afetam o ambiente operacional das fundações/financiadores na Europa e além; coordenação de exercícios de benchmarking; e facilitar a troca de informações sobre questões relevantes do direito jurídico e tributário por meio de publicações e eventos e engajamento com os formuladores de políticas e academia sobre esse tema. Entre 2001 e 2004, foi empregada pela Associação das Fundações Alemãs (Bundesverband Deutscher Stiftungen) em Berlim, onde trabalhou em questões de direito de fundação e assuntos internacionais. Estudou Direito na Westfälische Wilhelms-University Münster, Alemanha e na Universidade de Poitiers, França e trabalhou como pesquisadora assistente na Universidade de Münster por vários anos. Atuou também no conselho do Centro Europeu de Direito Sem Fins Lucrativos (ECNL) por dois mandatos e, desde 2017, é representante do setor filantrópico no Fórum Consultivo do Setor Privado (PSCF) da Força-Tarefa de Ação Financeira (FATF) e desde 2019 também no Grupo Consultivo de Negócios Fiscais da OCDE.
Projeto Liberdade
Pesquisadora do Grupo de Estudos “Direito, Globalização e Cidadania”. Graduada em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Advogada de Direitos Humanos da Rede Liberdade. Presidente da Clínica de Direitos Humanos da Universidade Federal da Bahia.
As oficinas são encontros formativos, voltados ao compartilhamento de práticas em temas de interesse para a ação cotidiana no setor e fazem parte da programação fechada do 11º Congresso GIFE, sendo assim exclusivas para inscritos no Congresso.
Sobre esta oficina:
Conhecer como o campo das organizações da sociedade civil e da filantropia atua e se estrutura no Brasil é fundamental para fortalecê-lo, qualificá-lo e expandi-lo. Dados e informações de qualidade são essenciais para o processo de tomada de decisão, para construção de narrativas sólidas e para a disseminação de agendas estratégicas e prioritárias.. Compreender os padrões, as tendências, as lógicas e motivações a partir de dados e informações confiáveis é importante tanto para um maior entendimento do ecossistema da filantropia e do investimento social , quanto da atuação individual de cada organização.
Esta oficina se propõe a oferecer uma visão panorâmica e promover um diálogo entre todos os participantes sobre as principais pesquisas desenvolvidas sobre doação, organizações da sociedade civil e investimento social privado no Brasil. Serão apresentados e debatidos dados – e a partir deles, reflexões e tendências – sobre composição do setor, temas, formas e estratégias de atuação, gestão institucional, governança e recursos financeiros, financiamento de organizações da sociedade civil, cultura de doação, dentre outros.
Organizações e pesquisas que serão apresentadas:
IDIS
É Diretora de Comunicação do IDIS. Jornalista, com formação também na área de Análise de Sistemas e especialização em Economia, teve experiência de redação em veículos tais como O Estado de S.Paulo, SBT e CBS News (EUA). Gerenciou o Centro de Informações e Pesquisas da Gazeta Mercantil. Editou a revista Desafios do Desenvolvimento, uma publicação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Coordenou a comunicação e o relacionamento com a imprensa da Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo, incluindo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a gestora do sistema de transporte público, SPTrans. No terceiro setor, foi gerente de Comunicação e Conteúdo do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e, mais recentemente, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.
IPEA
Bacharel em Estatística (ENCE); Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais (ENCE) e Doutor em Demografia (UNICAMP). Atuo nas áreas: Estatísticas Públicas, Estatística Aplicada e Condições de Vida. Pertenço a equipe de cientistas de dados do Mapa das OSCs (DIEST/IPEA).
Comunitas
Graduada em Comunicação e com MBA em Empreendedorismo Social pela FIA/CEATS, Patricia Loyola reúne experiência de 20 anos no campo de desenvolvimento social e responsabilidade corporativa nos segmentos de telecomunicações, financeiro, auditoria/consultoria e terceiro setor. Hoje, como diretora de Gestão e Investimento Social na Comunitas é responsável pela pesquisa BISC (Benchmarking do Investimento Social Corporativo) além da condução de projetos e parcerias estratégicas que visam o impacto público a partir da governança compartilhada entre lideranças públicas, empresariais e sociedade civil.
As tarefas para o desenvolvimento justo e sustentável correm por definição contra o relógio no Brasil, ante a profundidade dos nossos desafios fundantes para a superação de desigualdades e a afirmação de um horizonte de desenvolvimento justo e sustentável, em sintonia com a proteção e valorização do nosso patrimônio natural e os anseios do conjunto pleno da população.
A emergência da pandemia da Covid-19 e de seus múltiplos impactos sociais e econômicos explicita e exponencia de forma ainda mais aguda esses desafios, renovando o sentido de urgência para a produção coletiva de respostas a eles ao mesmo tempo que inspirando a chamada para uma agenda pública de superação da crise voltada não à retomada de parâmetros passados, mas à produção de novos futuros devidos, social, econômica e ambientalmente aprimorados.
Combinando esse contexto com a visão trazida pelas metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável trazidas pela Agenda 2030 das Nações Unidas, o webhour buscará vislumbrar os marcos fundamentais para uma pauta comum na direção da efetivação desses futuros e dos papéis para a filantropia, o investimento social privado e a sociedade de forma ampla nessa tarefa. Qual o balanço presente para o Brasil em face dela? Em quais dimensões pudemos lograr avanços no passado recente e quais nos convocam de forma mais premente? Como tecer novos espaços e arranjos de parcerias e colaboração para a construção e materialização de respostas a elas?
Open Society Foundations
É formada em Direito pela Universidade Federal Fluminense. Fez parte da equipe de Pesquisa, Políticas e Incidência da Anistia Internacional Brasil, e atualmente é assessora especial no programa para América Latina da Open Society Foundations. Lígia é também uma das fellows da Década Internacional de Afrodescendentes das Nações Unidas (2014-2025) e, em 2018, foi premiada pelo organização MIPAD como uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo abaixo dos 40 anos.
Instituto Aegea
É Diretor Presidente das Concessionarias da Aegea no norte do Mato Grosso e Pará, Diretor do Instituto Aegea e Coordenador da Plataforma de Agua da Rede Brasileira do Pacto Global. Formado em Relações Internacionais pela PUC, possui MBA em Negócios Globais e Sustentabilidade na ALTIS, na Itália. Possui vasta experiência em Sustentabilidade e Relações Governamentais em diferentes setores, como químicos, saneamento e cosméticos.
Observatório da Inovação do Instituto de Estudos Avançados
Professor Titular do Depto. de Sociologia da USP e coordenador do Observatório da Inovação do Instituto de Estudos Avançados. Coordenador da Rede de Pesquisa Solidária contra a COVID19. Foi presidente da FINEP (2011-15), Tinker Professor na Universidade de Wisconsin-Madison (EUA, 2010) e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2003–06). Coordenou o Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (NAE, 2003-06) e integrou o Group of Advisers do United Nations Development Programme (PNUD-ONU, 2006-09). Realizou estudos de pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology, MIT (EUA, 2010), na Universidade de Columbia (EUA, 2007) e na London School of Economics (Reino Unido, 2002)
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
Coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e do grupo Eco, criado em 1976, Itamar Silva nasceu e mora na favela Santa Marta, na zona sul do Rio de Janeiro. Desde os anos 1970 participa dos movimentos sociais e chegou a ser presidente e diretor da Associação de Moradores ao longo da década de 80.
Agenda Pública/Estratégia ODS
Pós-Graduanda em Gestão Pública Avançada – Insper. Bacharela em Gestão de Políticas Públicas – USP/ Administração Pública – UVIGO. É Coordenadora de Projetos da Agenda Pública.
Quais são os 3 elementos chave no desenvolvimento de ações de cooperação e desenvolvimento territorial?
Nuvem de Palavras
Muitas vezes fora do campo de visão cotidiano das chamadas pautas setoriais da ação pública – educação, saúde etc. – a dedicação a processos de ação e colaboração para o desenvolvimento regional e territorial em pontos diversos do país insere-se entre as dimensões principais de dedicação do investimento social privado no Brasil.
A partir do envolvimento de grandes empresas com a promoção da ação cidadã e pública nas suas regiões de presença e atuação ou da iniciativa de fundações e institutos em geral comprometidas com a adoção do território como espaço central para a condução de processos integrais de cooperação multissetorial e de desenvolvimento, são múltiplos os casos de organizações trabalhando com essa perspectiva e conjugando esforços cotidianos com outras agentes na sociedade civil, nos órgãos governamentais e na esfera pública em geral.
O webhour Cooperação e Desenvolvimento Territorial buscará assim iluminar o acúmulo e contexto presente dessas experiências, seus aprendizados e desafios para o compartilhamento na rede do setor como um todo e as oportunidades para a colaboração aprofundada com novos atores nos campos da filantropia, do investimento social e da ação cidadã de forma ampla no país.
Instituto Baixada
É maranhense da Baixada Maranhense. Mestre em Direitos Humanos. Superintendente do Instituto Comunitário Baixada Maranhense. Consultora Jurídica e fellow Ashoka. Teve uma de suas tecnologias sociais indicadas para concorrer como uma das 100 melhores do mundo pela Hundred. Estuda e pesquisa cotidianos, modelos de educação alternativa e juventude. É sócia da FLG (Footbal Learning Global), rede que conecta jovens, escolas e organizações de 10 países em 5 continentes. Uma de suas especialidades em eventos nacionais e internacionais são as pontes poéticas(mediações) articulando sonhos e realidade.
Tabôa
É Diretor Executivo do Tabôa. Formado em Administração de Empresas e mestre em Administração Pública e Governo pela EAESP-FGV, é especialista em microcrédito e microfinanças. Atuou como consultor de governos municipais, OSCIPs e bancos privados para criação e desenvolvimento de organizações e programas.
Fundação Vale
Formada em Comunicação Social com foco em Jornalismo, pela UniverCidade, no Rio de Janeiro e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Federal Fluminense – UFF, pautou sua carreira na área social, tendo como experiencia passagem por empresas multinacionais de grande porte do setor extrativista, como Vale, BG Group (antiga British Gas) e Shell. Nessas empresas, trabalhou com Relacionamento com Comunidades, Diretos Humanos, Gestão de Impactos, Licenciamento socioambiental, Performance Social, Leis de Incentivo Fiscal, entre outras. Atualmente, é Diretora da Fundação Vale.
Frente Nacional de Prefeitos
Coordenador de Articulação Política – Frente Nacional de Prefeitos. Procurador Jurídico da Prefeitura Municipal de Caaporã. Assessor Jurídico da Federação das Associações de Municípios da Paraíba – FAMUP. Professor do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) – Disciplina: Direito Constitucional II. Diretor-Técnico da Confederação Nacional de Municípios – CNM.
Fundação Alphaville
Atualmente é Diretora da Fundação Alphaville, Organização da Sociedade Civil cuja causa é o Desenvolvimento Comunitário através do Protagonismo Social – desenvolver pessoas para desenvolver territórios resilientes. A Fundação atua também nas ações socioambientais, de sustentabilidade e voluntariado da Alpahville Urbanismo, com públicos internos e externos. Formada em Arquitetura e Urbanismo, com especialidade posterior em Marketing e Gerenciamento Ambiental.
A demanda por equidade, infraestrutura e serviços aprimorados e qualidade de vida nas cidades inclui-se seguramente entre as tarefas mais reconhecidas e menos endereçadas da pauta coletiva do país. Como em outros momentos da nossa história recente, a experiência da pandemia expôs mais uma vez a extensão dos desafios de nossas cidades, com a vasta precariedade urbana e habitacional e a saturação dos sistemas de transporte coletivo impondo seu impacto perverso para as condições de proteção individual e coletiva para a maior parte da população. Ao destaque dessas evidências recentes trazidas pelo contexto, somam-se os desafios históricos de criar condições para cidades mais justas, diversas, verdes, eficientes e positivas para se viver e conviver.
O debate das eleições municipais renova a oportunidade para não apenas atualizar a vida cívica e democrática em âmbito local no país, mas também o olhar sobre as pautas de políticas públicas para responder a esse contexto e modos possíveis de colaboração na cidadania e na sociedade como um todo para levá-las à prática. O painel Cooperação e Investimento Social por Cidades Justas e Sustentáveis buscou somar vozes diversas dedicadas à temática na sociedade para atualizar perspectivas em torno das das pautas, prioridades e modos de colaboração e ação compartilhada para avançarmos em endereçar de forma efetiva a nossa agenda urbana. Além de ser parte do projeto “O que o Investimento Social Privado pode fazer por…” (Cidades Sustentáveis).
Central de Movimentos Populares
Dito é Advogado Popular dos Movimentos de Moradia e dos Tabalhadores/as Ambulantes, da União dos Movimentos de Moradia de São Paulo e do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, atua especialmente na defesa de Comunidades, Favelas e Ocupações ameaçadas de remoções forçadas ou reintegrações de posse, é Coordenador da Central de Movimentos Populares da Capital de SP, é Educador Popular e Defensor de Direitos Humanos.
Rede Nossa São Paulo
É Coordenadora da Rede Nossa São Paulo, uma cientista social brasileira e portuguesa com vasta experiência internacional. A possibilidade de estudar e viver em vários cantos do mundo, bem como, a sua experiência profissional em comércio internacional, sustentabilidade e projetos de Participação Pública e atribuições na Comissão Europeia na Direcção-Geral da Cooperação para o Desenvolvimento, alargou e enriqueceu a sua perspectiva social e desenvolvimento Econômico. Ela também é sócia da Wheel Creative Consulting.
Fundação Tide Setúbal
É superintendente da Fundação Tide Setúbal e professora do Programa Avançado em Gestão Pública do Insper. Doutora em Economia do Desenvolvimento pela FEA-USP, atuou na área de economia popular e solidária no Brasil e na Venezuela, desenvolvendo políticas públicas de apoio a pequenos empreendimentos urbanos e rurais. Trabalhou em diversos órgãos públicos, particularmente na área de planejamento e orçamento público.
Instituto Igarapé
É Diretora de Programas do Instituto Igarapé e co-autora do livro Segurança Pública para virar o jogo. Atua com o tema da Segurança Pública há mais de 15 anos. Foi diretora do Instituto Sou da Paz, OSCIP dedicada a reduzir a violência no país. Atuou também fora do Brasil. Foi visiting scholar na George Mason University na Virginia/EUA, palestrante em diversos eventos na América Latina como Women’s Forum; Tejiendo redes – Geografía del delito da UNODC; V Seminario Internacional de Inteligência Estratégica da Polícia Nacional colombiana. Em 2011 foi a oradora da sociedade civil no monitoramento da Declaração de Genebra sobre violência armada e desenvolvimento do qual o Brasil é signatário. É co-fundadora do Movimento Agora!, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e consultora do BID. Melina é doutora e mestre em Governo e Administração Pública pela FGV e graduou-se em comunicação social na ESPM.
Arq.Futuro
É editor e sócio da BEI Editora, cofundador do Arq.Futuro e do Por Quê? Economês em Bom Português. Coordenador do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper.
Fazendinhando
Arquiteta e ativista urbana, professora no Programa de Pós – Graduação em Urbanismo Social, integrante do Núcleo de Mulheres e Território do Laboratório de Cidades (Arq. Futuro e Insper) e fellowship na Avenues School. Desde 2018 é Presidente da União Educacional e Esportiva do Jardim Colombo e está à frente do Fazendinhando, movimento de transformação física, cultural e social. Ex-servidora pública na SMDET (Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, 2019-2020). Em 2019 foi uma das selecionadas para participar da XII Bienal Internacional de Arquitetura, com o projeto intitulado: “Contribuições para outra narrativa” exposto no Centro Cultural de São Paulo. Mestre (2019) em Projeto Produção e Gestão do Espaço Urbano pela FIAM – FAAM Centro Universitário, Pós-graduanda em Habitação e Cidade (Escola da Cidade, 2020) e Urbanismo Social (Insper, 2020), graduada em Arquitetura e Urbanismo pela FIAM – FAAM Centro Universitário (2017), com estágio na SIURB (Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, 2013-2014), SEHAB (Secretaria de Habitação, 2014) e no escritório Levisky – Estratégias Urbanas (2016). Atua como líder comunitária, realizando a gestão de projetos sociais em territórios vulneráveis, buscando o desenvolvimento da sociedade por meio da educação e do empreendedorismo social e a transformação de espaços físicos, desde moradias a áreas urbanas.
WRI Brasil
É Gerente de Desenvolvimento Urbano do WRI Brasil onde atua nas áreas de planejamento urbano e financiamento de cidades. Atualmente trabalha em projetos de apoio à revisão de planos diretores, Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável (DOTS), habitação de interesse social e qualidade do ar. Também atua com foco no financiamento e coordenação de projetos entre setor público privado e no desenvolvimento de instrumentos alternativos de financiamento para projetos urbanos.
Antes de trabalhar no WRI Brasil, se envolveu em projetos de acessibilidade, avaliação da qualidade de calçadas e sistemas de navegação. Henrique é Mestre em Ordenamento Territorial e SIG pela Universidade de Málaga (Espanha) e formado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
UNAS
Presidente da UNAS – Heliópolis e Região.
CUFA
Ex-lavador de carro nas ruas de Fortaleza, presidente global da CUFA – Central Única das Favelas, empresario, produtor cultural, repórter no Quadro Talentos da Comunidade na TV Verdes Mares/afiliada da Rede Globo no Ceará, escritor, autor dos livros A Selva da Pedra : a Fortaleza Noiada ( 2014) e Das Quadras Para o Mundo (2019), consultor em planos de de oportunidades para governos e empresas. Preto Zezé também é CEO e fundador do Lis – Laboratório de inovação social. Ativista de uma agenda positiva nas favelas para transformar o estigma em carisma as dificuldades em oportunidades. Especialista em planejamento e agendas comuns Mestre em sobrevivência nas Quadras, Doutor nas ruas do Brasil e Pós doutor em conexões de potências e compartilhamento de oportunidades.
Instituto Itaú Cultural
É mestre em Administração, com foco em Cidades Criativas, e pós-graduado pela USP, em Turismo Cultural. Atua no Instituto Itaú Cultural (IC) há 13 anos, e atualmente é Diretor Superintendente no Instituto responsável pelos Projetos Culturais. Além do IC, também é Secretário Geral da Associação Nacional de Entidades Culturais não Lucrativas (ANEC), Conselheiro da Fundação Bienal, Conselheiro do MASP, Membro do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), Membro do Conselho da Escola de Artes Visuais Parque Lage e ex-Membro da Comissão Nacional de Incentivo a Cultura (CNIC).
Quais os elementos para o sucesso de um fundo patrimonial?
A mobilização de recursos estáveis, capazes de amparar a perenidade e sustentabilidade no longo prazo das ações, constitui um desafio e traço comum ao desenvolvimento do universo filantrópico e do terceiro setor de forma ampla em todo o mundo. A constituição de fundos patrimoniais ou filantrópicos (endowments, na expressão em inglês) representa habitualmente o principal instrumento para a realização desse objetivo, assegurando para as organizações gestoras e causas beneficiárias as condições para a ação de longo curso e para os doadores e investidores a consolidação de um legado público também permanente dos recursos alocados.
No Brasil, apesar do acúmulo de experiências inspiradoras de criação de fundos com essa proposta ao longo do tempo, temos baixa tradição de uso do instrumento. Esse quadro no entanto tem vivenciado novos movimentos importantes, com a criação em 2019, da lei 13.800, reforçando as bases jurídicas para a constituição de fundos patrimoniais no país, e a expansão de investidores e instituições sociais dedicando-se ao estudo e trabalho sobre o desenho de novos fundos para amparar a sua atuação.
Dialogando com esse percurso e seu potencial de contribuição ampla no trilho de fortalecimento da filantropia e do investimento social privado no país, o webhour trouxe um panorama atualizado das experiências, tendências e desafios para a ampliação da prática no país. Como as experiências já acumuladas de constituição e gestão de fundos entre nós podem contribuir para referenciar a criação de novos? Quais os movimentos e tendências em curso na ativação do instrumento no país? De que modo a experiência internacional presente pode também ajudar a inspirar novos movimentos no contexto nacional?
Aproveitamos também para compartilhar outros materiais e referências mencionados durante o debate:
Agência de Inovação Inova Unicamp
É o diretor-executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp. Foi diretor do Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW) da Universidade Estadual de Campinas de 2014 a 2017 e vice-diretor do mesmo instituto de 2010 a 2014. Frateschi também foi o diretor do Centro para Componentes Semicondutores e Nanotecnologias da Unicamp de 2005 a 2010. De 2001 a 2003, Frateschi atuou como projetista sênior em optoeletrônica no grupo avançado de tecnologia para dispositivos fotônicos da T-Networks Inc., na Pennsylvania, Estados Unidos. É mestre e PhD em Engenharia Eletrônica pela University of Southern California e bacharel e mestre em Física pelo IFGW Unicamp. Frateschi também é pesquisador do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, liderando o Laboratório de Pesquisas em Dispositivos (LPD) do IFGW. É autor e coautor de mais de 100 artigos científicos e de várias patentes internacionais, principalmente nas áreas de optoeletrônica e fotônica.
IDIS
É diretora-presidente do IDIS. Tendo passado pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Instituto Akatu, Grupo Votorantim, BankBoston e no Lloyds Bank em Trade Finance. É economista formada pela FEA-USP, com MBA pela Stern School of Business – New York University, especialização em Endowment Asset Management na London Business School, Yale e Cambridge, e Gestão de Organizações do Terceiro Setor na FGV. Atualmente cursa o Doutorado na FGV. Certificada na ferramenta de avaliação SROI (Social Return on Investment), faz parte dos Empreendedores Cívicos da RAPS(Rede de Apoio Político pela Sustentabilidade), é membro do Conselho do Instituto Vladimir Herzog e do Conselho Administrativo da WINGS – Worldwide Initiatives for Grantmaking Support.
Santander
É administradora pela PUC-SP com MBA pela FIA/USP. Possui 20 anos de carreira em organizações como J.P. Morgan, ISMART, Comunitas e Insper. Atualmente, no Private Banking do Santander, é head de Sustainable Solutions atuando com filantropia familiar, endowment e ESG. É conselheira da Arte Despertar, do Pró-Saber SP, do Instituto C e do Tellus.
Levisky Legado
Fundador e presidente da Levisky Legado e do Fórum Internacional de Endowments para Legados. Foi diretor de Marketing e Negócios da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e Sala São Paulo. Na sequência, assumiu como Superintendente da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira. Foi participante e membro do International Society for Performing Arts (ISPA), International Executive Group (IEG-Sponsorship), League of American Orchestras e membro do Conselho de Cultura da Associação Comercial do Rio de Janeiro e do Com.Atitude.
Fundação Maria Cecília Souto Vidigal
É controller do Fundo Patrimonial na Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. Trabalhou por 15 anos no Mercado Financeiro na Área de Private Banking. Foi Diretora de Private Banking no Banco UBS Brasil. Antes disso, foi sócia e responsável por uma carteira de clientes na Link Investimentos S/A, também atuou como Gerente de Private Banking no Banco Itaú e no Banco BBA Creditanstalt. Iniciou sua carreira na Junior Achievement São Paulo. É graduada em Administração de Empresas pela EAESP-FGV.
Interações da Mesa – Quais novas possibilidades o blended finance trás para o financiamento de ações de interesse público?
Aproveitamos também para compartilhar outros materiais e referências mencionados durante o debate:
• Publicação Filantropia Colaborativa
• FIIMP – Nossa jornada de aprendizado em Finanças Sociais e Negócios de Impacto
• FIIMP – Nossa jornada de aprendizado em Investimentos e Negócios de Impacto Socioambiental continua
• RT de Investimentos e Negócios de Impacto
• Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto
Entre as dimensões chave para o desenvolvimento da filantropia e do investimento social privado está a busca constante de ampliação e diversificação dos instrumentos de ação nos seus vários âmbitos de atuação.
Nos últimos anos, a expansão do universo de atores no setor no país vem inspirando a difusão também de novos modos de mobilização e combinação de recursos para iniciativas em temas diversos da agenda pública. Somando recursos de agentes e fontes variados, o chamado “blended finance” abre assim o leque de possibilidades para o financiamento de ações de interesse público na sociedade, refletindo no país um movimento em progresso de experimentação e inovação da filantropia em âmbito global.
Sobre este pano de fundo, o webhour buscou trazer um panorama das experiências em curso no país nessa direção, seu potencial, desafios e perspectivas, assim como trazer referências inspiradoras no plano internacional que possam contribuir para os horizontes de difusão da abordagem no contexto brasileiro.
Wright Capital
Com 28 anos de experiência no mercado financeiro, é idealizadora e sócia co-fundadora da Wright Capital Gestão de Patrimônio, foi sócia da Vinci Partners e da Gávea Arsenal Gestão de Patrimônio. Trabalhou na tesouraria e área de mercado de capitais do Standard Bank e Deutsche Bank no Brasil e no private bank da Merrill Lynch em São Francisco, Califórnia. É Presidente do Conselho do Instituto Iguá, membro do Conselho de Administração da Compass Gás e Energia SA, foi uma das fundadoras do Instituto LiveWright, é membro do Conselho da ONG Atletas pelo Brasil. Cursou Economia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).
Instituto Iguá
Ao longo dos últimos 20 anos, atuou como executiva à frente das áreas de Sustentabilidade, Comunicação e Desenvolvimento Organizacional de grandes empresas, tais como Banco Real (atual Banco Santander) e Racional Engenharia. Participou da criação da Ideal Invest, fundo de investimento de impacto, voltado para o financiamento da educação superior no Brasil. Também atuou na liderança de projetos de sustentabilidade junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e foi sócia-fundadora e presidente do Projeto LACE, organização sem fins lucrativos com foco no desenvolvimento de crianças e adolescentes por meio do lazer, arte, cultura e educação. Mais recentemente, assumiu a direção executiva do Instituto Reciclar, tendo sido responsável pela transição de seu modelo de atuação e pela gestão de seu fundo endowment. Atualmente, é Diretora Presidente do Instituto Iguá de Sustentabilidade, que tem como missão contribuir para a universalização do saneamento no Brasil, por meio da inovação e da educação.
Climate Ventures
Co-fundador e Diretor da Aoka e Climate Ventures. Especialista em design estratégico, investimento de impacto em inovação social. Membro facilitador do Presencing Institute’s Theory U Global Practitioners, professor do Business Innovation MBA @FIAP University. Graduado em Administração de Empresas e Artes Liberais pelo Santa Monica College, CA, EUA; e Ecoturismo pela Universidade Paulista, SP, BRA. Daniel tem 15 anos de experiência trabalhando com inovação social e desenvolvimento econômico de comunidades indígenas, populares e urbanas de baixa renda em todo o Brasil. Em 2009, ele foi cofundador da Aoka Tours, a primeira agência de turismo sustentável do Brasil. Três anos depois, ele co-fundou a Aoka Labs, uma consultoria de inovação social.
Programa Vivenda
É Empreendedor e CEO no Programa Vivenda, startup que trabalha a qualidade de vida nas periferias através de reformas habitacionais de alto impacto e baixa complexidade.Possui histórico de 20 anos atuando no mercado de habitação de interesse social, seja através da lente do poder público, terceiro setor ou iniciativa privada. Atualmente trabalha liderando uma das frentes de expansão da empresa, que é a implantação do modelo de crédito / comercial Brasil afora em outras startups do setor.
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Trabalha no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como especialista líder em Mercados Financeiros e Instituições Financeiras e é responsável em apoiar Bancos Públicos de Desenvolvimento na região latino-americana no desenvolvimento de estratégias de financiamento “verdes”. Antes do BID, Maria trabalhou no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) onde foi responsável pela integração da mudança climática nas operações do PNUD. Maria também trabalhou por mais de 10 anos na Secretaria da Convenção do Marco sobre a Mudança Climática das Nações Unidas (UNFCCC) onde era responsável pela temática de financiamento climático e onde também fez parte da equipe que estabeleceu o marco institucional para a implementação dos mecanismos de mercado de carbono do Protocolo de Kioto.
Os Grupos de Colaboração são ciclos de intercâmbio de práticas e experiências pelos participantes em torno de temas nucleares para a ação cotidiana e efetividade no setor e fazem parte da programação fechada do 11º Congresso GIFE, sendo assim exclusivas para inscritos no Congresso.
Sobre este Grupo de Colaboração:
O tema inaugural desta atividade foi Grantmaking. A prática de doação (grants), de forma estruturada para organizações ou iniciativas da sociedade civil, também conhecida como grantmaking, tem se difundido no Brasil nos últimos anos. Seus contornos e práticas, no entanto, carecem de reflexão e profundidade. O trabalho do grupo de colaboração buscou estimular uma reflexão sobre questões centrais que permeiam a prática de grantmaking partir de uma perspectiva institucional e debater aspectos que articulam essa modalidade como agenda pública e também prática filantrópica.
Instituto Ibirapitanga
É diretora de programas do Instituto Ibirapitanga. Socióloga pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Demografia pela Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, bolsista do IRD –Institut de Recherche pour le Développement, na França, com estágio acadêmico na Universidade de Córdoba, na Argentina, e na Universidade IUAV de Veneza, na Itália. Desenvolveu sua trajetória em pesquisa social e urbana no universo acadêmico e em organizações da sociedade civil voltadas ao desenvolvimento de políticas públicas e direitos humanos. No campo do fortalecimento da sociedade civil no Brasil, atuou como consultora da Secretaria-Geral da Presidência da República e, mais recentemente, como gerente de conhecimento do GIFE – Grupo de Institutos Fundações e Empresas, tendo produzido estudos e pesquisas de referência sobre esse campo no Brasil.
Instituto Ibirapitanga
É Diretor-presidente do Instituto Ibirapitanga, organização criada em 2017 pelo cineasta Walter Salles. Foi Secretário-Geral do GIFE entre 2013 e 2017. É mestre em relações internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi professor de relações internacionais na Faculdade Santa Marcelina entre 2007 e 2011. Foi fundador e atualmente integra o Conselho Diretor da Conectas Direitos Humanos e também da Oxfam Brasil.
Nuvem de palavras – Quais são as maiores contribuições da filantropia familiar na busca por soluções inovadoras no universo do investimento social privado?
Aproveitamos também para compartilhar a apresentação utilizada pelo Nicholas Tedesco (National Center for Family Philanthropy/EUA)
Sinopse:
A formação de um campo ampliado de institutos e fundações familiares mobilizando recursos em causas diversas para a ação cidadã no país representa um dos traços principais da evolução recente da filantropia e do investimento social no Brasil.
Avançando de 8% para 22% do universo de associados do GIFE entre 2008 e 2018, essas organizações compõem assim um novo segmento do setor entre nós, com ampla vitalidade e exploração de novas frentes e estratégias de ação. Nos últimos anos, o processo é impulsionado também pela entrada em cena de novas gerações de atores filantrópicos no país, renovando visões, modelos e pautas de atuação.
Dialogando com esse movimento, o webhour buscou visualizar o contexto presente dele e suas perspectivas para o futuro. Quais as especificidades que incidem sobre o investimento social familiar, em relação aos demais segmentos do setor? Que possibilidades adicionais ou enriquecedoras de ação vêm sendo ou podem ser trazidas pelas organizações nesse universo? Quais tendências e desafios chave podem ser apontados para a continuidade do seu fortalecimento nos próximos anos?
Editora MOL
Formado em Administração de Empresas pela FGV-SP, com especialização em Empreendedorismo Social pela Universidade de Stanford (EUA), é fundador ao lado da jornalista Roberta Faria da Editora MOL, editora de impacto social que em parceria com redes varejistas já doou mais de R$ 36 milhões a dezenas de organizações sociais. Além de exercer há mais de uma década a direção executiva da MOL, é conselheiro do Instituto ACP e investidor em startups do ecossistema de negócios de impacto. Vencedor em 2009, com o trabalho da MOL, dos prêmios Aberje, Anatec e Fecomercio de Sustentabilidade. Eleito em 2018 Empreendedor Social do ano pela Folha de São Paulo. Eleito em 2019 Empreendedor Social pela Schwab Foundation, organização ligada ao Fórum Econômico Mundial.
FBN Brasil
Jornalista e bacharel em História. Especializou-se em Comunicação e Relações Públicas pela ECA-USP e fez MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Trabalhou como repórter, editora e como produtora cultural com passagens recentes pela Sociedade de Cultura Artística pela Votorantim Participações, onde atuou como na área executiva de apoio às estruturas de Governança Familiar. Desde 2019 é superintendente da FBN Brasil – Family Business Network.
Instituto Galo da Manhã
Diretora do Galo da Manhã, um instituto de investimento social privado criado para apoiar organizações que atuam no fortalecimento da sociedade civil e na redução de injustiças, em especial contra populações vulneráveis.
National Center for Family Philhanthropy
É o presidente e CEO do National Center for Family Philanthropy (NCFP). O NCFP fornece os recursos, a comunidade e o apoio de que as famílias precisam para transformar seus valores em doações eficazes que tenham um impacto duradouro nas comunidades que servem. Antes de ingressar na NCFP, Nick atuou como consultor sênior no J.P. Morgan Philanthropy Center e gerente de relacionamento na Fundação Bill & Melinda Gates.
Investidora de Impacto Social
Membra do Comitê de Estratégia, Inovação e Sustentabilidade Grupo Baumgart Conselheira do ICE – Instituto de Cidadania Empresarial Investidora em negócios de impacto. Presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Vedacit Membra do Conselho do Instituto Center Norte e Instituto Criança é Vida Mentora no Instituto Reciclar. Foi Coordenadora do Comitê de Sustentabilidade do Grupo Baumgart (2017 a 2020) Gerente/Diretora Comercial do Expo Center Norte (2002 a 2012) Fundadora da ONG Educando para o Futuro (2003 a 2007). Bacharel em Direito, com especialização em Marketing pela University of Chicago, especialização em Responsabilidade Social Corporativa pela FGV/EAESP e pela USP – CEATS/FIA Certificada pelo IBGC – Curso para Conselheiros de Administração
Nuvem de palavras – Como o apoio da filantropia e os movimentos sociais pode beneficiar a sociedade civil como um todo?
Vivemos um momento de mudanças intensas no cenário da sociedade civil no Brasil e no mundo. Movimentos de estigmatização e hostilidade em face do seu papel e atuação na cena pública combinam-se com a demonstração renovada da vitalidade e centralidade de seus atores para a promoção da ação coletiva em momentos chave como o da pandemia e para a produção de respostas a novos desafios comuns, como na agenda ambiental e da sustentabilidade, da proteção social e superação de desigualdades, da diversidade e novos marcos de convivência plural. Riscos e experiências concretas de redução do espaço de liberdades e difusão de práticas de intolerância e intimidação conjugam-se com o surgimento de novos atores com frescor e protagonismo, em frentes tão diversas quanto a equidade racial, os direitos das mulheres, as mudanças climáticas, a criação de novas oportunidades econômicas, a mobilização comunitária, a inovação política, e assim por diante.
Partindo desse contexto, o webhour buscou explorar as formas e papéis possíveis para a interação da filantropia e do investimento social brasileiros com esses processos. À luz da experiência local e internacional dos últimos anos, de que modo seus atores podem conectar-se com eles e estabelecer novas estratégias de apoio e parceria para seu desenvolvimento? De que formas os novos perfis, agendas e dinâmicas de ação trazidos por eles podem inspirar também novos modelos para a atuação do investimento social? Que desafios e oportunidades contêm-se nessa agenda e como corresponder a eles da melhor maneira?
Instituto Ibirapitanga
É Diretor-presidente do Instituto Ibirapitanga, organização criada em 2017 pelo cineasta Walter Salles. Foi Secretário-Geral do GIFE entre 2013 e 2017. É mestre em relações internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi professor de relações internacionais na Faculdade Santa Marcelina entre 2007 e 2011. Foi fundador e atualmente integra o Conselho Diretor da Conectas Direitos Humanos e também da Oxfam Brasil.
UNEafro
É jornalista e escritora. Doutora em ciência da informação e mestra em educação pela Universidade de São Paulo. Autora de “Quando me descobri negra” e de uma biografia de Sueli Carneiro, em processo de edição. Pela UNEafro, colaborou com a articulação da Coalizão Negra Por Direitos e agora se dedica à estruturação do Instituto de Referência Negra Peregum.
Rede de Filantropia para a Justiça Social
Mestre em educação e doutora e política social. Consultora, professora e pesquisadora na área social. Foi diretora executiva do Instituto Rio (fundação comunitária) e atualmente é coordenadora executiva da Rede de Filantropia para a Justiça Social. Autora de artigos e livros com temáticas vinculadas a políticas públicas, movimentos sociais e filantropia. Organizadora do livro Filantropia de Justiça Social. Sociedade Civil e Movimentos Sociais no Brasil (2018).
Instituto Clima e Sociedade
Cientista política e internacionalista, formada pela UFRRJ (bacharelado) e UERJ (mestrado e doutoranda). Maranhense, da ilha de São Luís, foi pesquisadora visitante do Center for Latin American Studies, da Universidade da Califórnia, em Berkeley (2019-2020) e fez formação no The Climate Reality Project (2020). Integra o Laboratório de Análise Política Mundial (Labmundo) e a plataforma de pesquisa Latitude Sul. É membro associada da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros e Negras (ABPN) e pesquisadora colaboradora do Observatório Interdisciplinar das Mudanças Climáticas.
Fundo Casa Socioambiental
É do povo Krenak, historiadora formada na Universidade de São Paulo – USP. Sua história de vida é de convivência permanente e trabalhos em parceria com povos indígenas. Realizou a produção do projeto “Rito de Passagem” e da exposição “Etnias” junto ao Instituto das Tradições Indígenas – IDETI. Foi coordenadora geral dos três CECIs – Centro de Educação e Cultura Indígena, nas aldeias Guarani Tenondé Porã, Krukutu e Tekoa Pyaú, em convênio com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Desenvolveu, com as aldeias Guarani Tekoá Pyaú e Krukutu, o projeto “Ponto de Cultura Krukutu”, e por essa realização, foi ganhadora do Prêmio Iniciativa Jovem Anhembi Morumbi, em 2008. É sócia-fundadora da editora e produtora cultural Ikore.
Nuvem de palavras – Considerando o panorama global da filantropia, qual é a principal fronteira do setor em âmbito global?
Como todos os demais atores na sociedade e na esfera pública, o universo da filantropia viu-se profundamente desafiado à inovação e multiplicação de esforços diante dos impactos da pandemia em âmbito global.
A agilidade e determinação com que o setor buscou produzir respostas ao desafio, expandindo a mobilização de recursos e reposicionando agendas e estratégias de atuação, combinou-se de maneira positiva com movimentos e tendências já em curso no seu desenvolvimento em frentes diversas: da atualização de modelos de apoio a organizações e movimentos na sociedade civil à expansão dos elos com o campo de investimentos e negócios de impacto social e ambiental; da construção de novas arquiteturas de ação em rede e colaborativa à experimentação de modos inovadores de combinação de recursos em causas e iniciativas diversas; do aprimoramento de práticas de governança, gestão, mensuração de resultados e difusão de experiências à atualização estratégica em face de novos desafios coletivos nos planos da democracia, dos direitos humanos, da promoção de oportunidades e enfrentamento de desigualdades, do meio-ambiente e da crise climática, do desenvolvimento sustentável, e assim por diante.
Fechando a série de encontros em torno das fronteiras de ação para a filantropia e o investimento social no país, o webhour buscou assim trazer um panorama global desses movimentos e mudanças, com vozes dedicadas ao desenvolvimento da filantropia em pontos diversos do planeta somando-se no compor dessa visão e de seus elos potenciais com as dinâmicas do contexto brasileiro.
Asian Venture Philanthropy Network
É CEO e presidente da AVPN, uma rede regional de financiadores que visa aumentar o fluxo de capital financeiro, humano e intelectual para o impacto. Sob sua direção, a organização cresceu do foco apenas na filantropia de risco para apoiar todo o ecossistema de investidores sociais de filantropos a investidores de impacto e profissionais de RSC corporativo. Antes de ingressar na AVPN, Naina foi membro da equipe de liderança sênior de uma unidade orientada para o propósito do The Monitor Group, uma empresa líder em consultoria de estratégia global, com o objetivo de catalisar mercados para mudança social. Em 2019, Naina foi premiada como uma das melhores supermulheres de sustentabilidade da Ásia.
Arab Foundations Forum
Com mais de 20 anos de experiência em gestão de filantropia, gestão de projetos, produção de mídia e comunicação estratégica, Naila é uma executiva ganhadora do Peabody Award que construiu uma carreira em vários continentes. Em 2014, Naila Farouky assumiu o papel de CEO do Fórum de Fundações Árabes (AFF) – uma associação regional de fundações e entidades filantrópicas que trabalham em toda a região árabe. Naila também atua atualmente como presidente do conselho de diretores da WINGS Network (Worldwide Initiative for Grantmaker Support), além de atuar nos conselhos de Candid (EUA), o Resource Alliance (Reino Unido), ArteEast (EUA) e The Family Hub (Egito).
Alliance magazine
Executivo da revista Alliance, a revista líder NO setor que cobre a filantropia em todo o mundo por meio de nossa edição impressa e artigos online. Anteriormente, foi diretor da Pears Foundation, sediada no Reino Unido, e mora em Londres com meu parceiro e dois filhos pequenos.
East Africa Philanthropy Network
É o CEO da East Africa Philanthropy Network. Ele é um Executivo altamente experiente e apaixonado, com mais de 7 anos de experiência progressiva em Gestão Organizacional, Formulação e Implementação de Políticas, Gestão de Stakeholders e Parcerias e Orçamento e Gestão Financeira. Ele possui mestrado em Gestão de Política Econômica pela Universidade de Nairobi e bacharelado em Agri-Economia pela Universidade Egerton.
Candid
Ex-presidente do Foundation Center, Brad liderou seus esforços para se unir à GuideStar para formar Candid em 2019. Brad dedicou sua carreira aos setores filantrópico e sem fins lucrativos. De 1975 a 1982, trabalhou no YMCA dos EUA, na Costa Rica e em Nova York, onde se tornou gerente de desenvolvimento mundial em seu Center for International Management Studies. Trabalhou na Fundação Interamericana de 1982 a 1991, onde dirigiu o programa Brasil. Ele ingressou na Fundação Ford em 1991 como oficial de programa no Brasil antes de ser promovido a representante. De 1996 a 2005, Brad desenvolveu e liderou a maior área de programa da fundação, o Programa de Paz e Justiça Social. Em 10 anos como vice-presidente, ele distribuiu centenas de milhões de dólares para organizações que trabalham com direitos humanos, cooperação internacional, governança e sociedade civil nos EUA e globalmente. De 2006 a 2008, Brad foi presidente da Oak Foundation em Genebra, Suíça, uma importante fundação familiar com programas e atividades de concessão em 41 países nos cinco continentes. Ele ingressou no Foundation Center em 2008.
Mural Interativo – Quais as maiores contribuições que a filantropia e o investimento social podem dar a agenda de equidade racial?
Não há como falar na qualificação da agenda pública brasileira sem trazer no primeiro plano os desafios da justiça social. Somos um país que nasceu sob a égide da desigualdade e da escravidão. Nossa história de desenvolvimento é assim primariamente uma história de superação dessas origens.
Entre os legados potenciais desse ano desafiador em múltiplas dimensões está a afirmação de uma nova camada de consciência coletiva sobre o lugar central dessa tarefa para nossa destino comum. A pandemia da Covid-19 desnudou de forma ainda mais nítida que habitual a extensão das nossas desigualdades, enquanto a afirmação de novos movimentos por equidade na sociedade reforçou o imperativo da produção de novas respostas nos vários planos da vida pública – no convívio cotidiano e na ação cidadã, no setor privado e nas políticas governamentais.
Mais que o chamado essencial para a multiplicação de esforços em face desses desafios, 2020 nos lega também o sentido reforçado da centralidade na mesma medida do racismo e das fronteiras raciais na construção e reprodução dessas desigualdades. Nutrindo-se da inspiração e do senso de responsabilidade trazidos por esse processo e partindo das iniciativas da Rede Temática de Equidade Racial do GIFE e do guia ISP por Equidade Racial, o painel fechou assim o ciclo do Congresso GIFE no ano reunindo vozes e olhares para apontar caminhos para o aprofundamento do compromisso e da dedicação da filantropia e do investimento social brasileiros na superação da tarefa e na sua consolidação no cerne da ação cidadã no país.
CEBRAP
É professora do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). É pesquisadora sênior associada ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento onde coordena o Afro – Núcleo de Pesquisa sobre Raça, Gênero e Justiça Racial (Afro-Cebrap). Doutora em Sociologia pelo IFCS/UFRJ. Realizou Pós-Doutorado na University of Columbia e foi Visiting Fellow no Afro-Latin American Research Institute (ALARI) do Hutchins Center for African and African American Studies, na Universidade de Harvard. É membro da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), da Latin American Studies Association (LASA) e da Brazilian Studies Association (BRASA). Tem pesquisado e publicado nas áreas de desigualdades raciais, gênero e raça e ações afirmativas.
Feira Preta
CEO Instituto Feira Preta, formada em gestão de eventos com especialização em gestão cultural pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (CELACC) da ECA – USP. Em 2017 foi homenageada junto ao Lázaro Ramos e de Taís Araújo como os 51 negros com menos de 40 anos mais influentes do mundo segundo o Mipad, premiação mundial, reconhecida pela ONU. O ano de 2019 foi bastante especial, pois Adriana Barbosa venceu a categoria Troféu Grão do Prêmio Empreendedor Social promovido pela Folha de São Paulo, com a aceleradora Pretahub e também vencedora da categoria Empreendedorismo e Negócios do Prêmio CLAUDIA 2019, recebendo o troféu de Luiza Trajano do Magazine Luiza.
FGV Direito SP
É professor da FGV Direito SP, e da FGV Relações Internacionais ministrando cursos sobre direitos humanos, antidiscriminação e direito internacional. Mestre e Doutor em Direito pela Central European University (Budapeste) e foi pesquisador visitante na Universidade de Columbia (NY), escreve às segundas na Folha de SP.
Fundo Baobá
É Diretora Executiva no Baobá – Fundo para Equidade Racial. Também atuou como Gerente de Responsabilidade Social do Instituto Walmart, Gerente de Sustentabilidade na Fundação Alphaville e Gerente de Projetos da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Fundação Getúlio Vargas (ITCP – FGV). É membra do Conselho Consultivo do Instituto Coca-Cola Brasil e da Assembleia Geral do Greenpeace Brasil. É formada em Administração de Empresas pela Fundação Instituto Tecnológico de Osasco, pós-graduada em Gestão Estratégica em Comunicação Organizacional e Relações Públicas, pela Escola de Comunicação e Artes da USP, tem MBA em Gestão e Empreendedorismo Social, pela FIA. Nos últimos anos, seu foco é aprofundar conhecimentos acadêmicos acerca da história da população negra.
CEERT
Advogado e Diretor de Projetos do CEERT; graduado e especializado em Direitos Difusos e Coletivos pela PUC-SP; Foi Visiting Scholar (pesquisador visitante) da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia (Nova Iorque, 2007) e Fellow do Public Interest Law Institute (Budapeste, 2008). Co-organizador do livro Discriminação Racial é Sinônimo de Maus-Tratos: A Importância do ECA para a Proteção de Crianças Negras e co-autor do livro Ações Afirmativas, A Questão das Cotas. É conferencista e consultor de instituições públicas e privadas, além de articulista em jornais, revistas e periódicos de circulação nacional.
Coletivos Papo Reto
CEO da Agência BRECHA comunicação. É fundador e integrante dos coletivos Papo Reto, Movimentos, Perifa Connection e faz parte da Assembleia de Membros da Anistia Internacional do Brasil. Embaixador do instituto Identidades do Brasil pela igualdade Racial. Embaixador do Descomplica Social, braço social da rede Descomplica de educação. Integrante da rede global de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos – Front line Defenders. Criador do Intercâmbios Latinos, projeto que conecta jornalistas independentes do Brasil com à América Latina. É morador do Complexo do Alemão e atualmente integra o Gabinete de Crise do Complexo do Alemão para ajuda humanitária diante da pandemia coronavírus.
Ass. Jovens Empreendedores
Empresário e fundador da primeira empresa no segmento de Casas Inteligentes no Estado da Bahia, com 15 anos de mercado, com mais de 15.000,00 periféricos sendo comandados por sistemas de Automação Residencial (IoT): iluminação, persianas, ar condicionado, segurança e sonorização. Fonuder de uma Startup que funciona como um Uber de Guias de Turismo, acelerada pelo SENAI-CIMATEC e do Hub de Inovação do Banco do Nordeste. Essa é uma plataforma H2H (Human 2 Human). Atuo em entidades Jovens Empresarias Regionais e Nacionais. Mentor de Startups em desafios de tecnologia e Hackathons (Bannko Challenge, SEBRAE, Seletiva do Brazil Conference). Organizador de Startups Weekends sendo um deles o primeiro Startup Weekend Black, com o intuito da inclusão da população afrodescendente no ambiente de inovação e tecnologia. Embaixador da Instituto de Capitalismo Conciente e da Singularity University.
Fundo Brasil de Direitos Humanos
Advogada, possui doutorado (2019) e mestrado (2015) em Direito pela Universidade de São Paulo . Obteve o LL.M – Master of Laws- na área de Teoria Crítica Racial da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia, Los Angeles – UCLA School of Law (2019). Fez a graduação em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2009). Autora do livro Direito e Políticas Públicas Quilombolas, publicado pela Editora DPlácido. Atualmente, é Superintendente adjunta do Fundo Brasil de Direitos Humano
Instituto de Referência Negra Peregum e Uneafro Brasil
Advogada de Direitos Humanos da Uneafro Brasil e Instituto de Referência Negra Peregum. Sócia do Carvalho Siqueira Advogadas e Advogados. Integra a Coalizão Negra Por Direitos. Coordenadora do Núcleo de Violência Institucional da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP. Fellow do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU.
Instituto Brasileiro da Diversidade
Doutor em Administração. Mestre em Finanças (Faculdade de Economia e Administração da USP). Palestrante e consultor na área de gestão da diversidade (inclusão de mulheres, negros e pessoas com deficiência no mundo corporativo). Autor do livro “A busca de um caminho para o Brasil: a trilha do círculo vicioso”, ensaio que explicita o vínculo entre desenvolvimento e inclusão sociorracial. É diretor-presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade – IBD e ocupou a presidência do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá para a Equidade Racial. Atuou como Consultor na área de Gestão da Diversidade para inúmeras organizações como Banco Real, Itaú-Unibanco, CPFL, Grupo Abril, Fundação Ford, Fundação Kellogg, Governo do Estado de São Paulo, Prefeitura de Campinas, Prefeitura de Salvador, entres outras.
O painel “Democracia, Pluralismo e Diversidade”, se propões a atualizar o olhar sobre as múltiplas crises do espaço democrático no país e no mundo acumuladas nos últimos anos e as perspectivas para responder a elas pela via do revigoramento e aprofundamento da experiência da democracia entre nós, em lugar da sua erosão.
Sobre a Série Diálogos Contemporâneos
Vivemos uma época de múltiplas transições. A emergência das mudanças climáticas e a afirmação crescente dos limites do planeta combinam-se com a difusão das novas tecnologias digitais para impactar profundamente nossos modos de vida, organização em sociedade e atividade econômica. A intensidade das mudanças trazidas por essas dinâmicas conecta-se com a expansão de desigualdades e conflitos em múltiplas sociedades e a multiplicação de novos desafios globais para renovar as demandas de convívio diverso e plural na vida coletiva e impor pressões intensas sobre os marcos do acordo democrático no Brasil e no mundo.
A eclosão da pandemia da Covid-19 reforça e explicita a extensão desses processos, enquanto soma também novos elementos a eles, atualizando a compreensão dos desafios da saúde pública e seus impactos em âmbito local e internacional.
A série de Diálogos Contemporâneos, promovida pelo GIFE e pelo Nexo Jornal no contexto do 11o Congresso GIFE, buscou trazer perspectivas amplas na fronteira de cada um desses temas, somando à reflexão sobre os chamados e papéis para a sociedade brasileira na resposta a eles, encontrando os caminhos para a afirmação de novas agendas públicas e futuros possíveis em sintonia com nosso tempo e o horizonte de desenvolvimento justo, democrático e sustentável que estamos desafiados a renovar e revigorar para o país e o planeta.
UFF - Universidade Federal Fluminense
É professora de sociologia da UFF. Integra o Afro/Cebrap.É coautora do livro Lélia Gonzalez (Summus,2010) e coorganizadora dos livros Negros nas Cidades Brasileiras (Intermeios/FAPESP, 2018) e Por um feminismo afro-latino-americano (Zahar,2020).
Nexo Jornal
Cientista Social e doutora em Antropologia Social pela USP, foi diretora de organizações não governamentais, entre elas o International Centre for the Prevention of Crime, no Canadá. Foi consultora do Banco Mundial e do Banco Interamericano para o Desenvolvimento.
Fundação Ford
Atila Roque é Diretor da Fundação Ford no Brasil, coordenando todo o trabalho operacional e programático. Antes de ingressar na Ford, atuou como Diretor Executivo da Anistia Internacional no Brasil. Foi também Diretor Executivo do INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos e da Action Aid Internacional-USA em Washington DC. Teve diferentes cargos durante 17 anos no IBASE, uma das mais importantes ONGs do Brasil. Sua experiência inclui também três anos em Tóquio como pesquisador visitante no “Pacific-Asia Research Center”. Atila é Historiador pela UFRJ e Mestre em Ciência Política pelo IUPERJ/UCAM.
CEBRAP
É professor livre-docente de filosofia da Unicamp e pesquisador 1-B do CNPq. Está no CEBRAP desde 1990, como integrante da área de Filosofia e Política, tendo se tornado pesquisador da casa em 1997. Em 1999 fundou, o Núcleo Direito e Democracia, do qual foi o coordenador até 2012. De 2007 a 2010 foi colunista semanal do jornal Folha de S. Paulo. De 2006 a 2011 foi professor visitante da Université d’Auvergne, Clermont-Ferrand, França. Foi pesquisador visitante nas universidades: da Califórnia (Berkeley), Johann Wolfgang Goethe (Frankfurt/Main), Chicago, Paris I (Sorbonne), Leipzig, Humboldt (Berlim). É autor de cinco livros, coautor, organizador ou coorganizador de outros oito títulos.
Os Grupos de Colaboração são ciclos de intercâmbio de práticas e experiências pelos participantes em torno de temas nucleares para a ação cotidiana e efetividade no setor e fazem parte da programação fechada do 11º Congresso GIFE, sendo assim exclusivas para inscritos no Congresso.
ICE
É Fellow do programa do MIT D-Lab Innovation Ecosystem Builder Fellowship. Membro do Conselho da ANDE – Aspen Network of Development Entrepreneurs no Brasil. Com MBA em Gestão de Negócios Socioambientais pelo CEATS-USP, Fernanda é psicóloga formada pela PUC-SP e especialista em Desenvolvimento Local pela OIT – Organização Internacional do Trabalho. É Gerente Executiva do ICE desde 2010, sendo co-responsável pela estratégia da organização, gestão da equipe, orçamento e governança. É também coordenadora do programa de incubadoras e aceleradoras de impacto.
Voltado a atualizar o olhar sobre os impactos presentes e potenciais das mudanças climáticas nos destinos coletivos do Brasil e do mundo e as perspectivas para contê-los de forma efetiva a partir da ação concertada dos diversos atores na sociedade e no poder público.
Sobre a Série:
Vivemos uma época de múltiplas transições. A emergência das mudanças climáticas e a afirmação crescente dos limites do planeta combinam-se com a difusão das novas tecnologias digitais para impactar profundamente nossos modos de vida, organização em sociedade e atividade econômica. A intensidade das mudanças trazidas por essas dinâmicas conecta-se com a expansão de desigualdades e conflitos em múltiplas sociedades e a multiplicação de novos desafios globais para renovar as demandas de convívio diverso e plural na vida coletiva e impor pressões intensas sobre os marcos do acordo democrático no Brasil e no mundo.
A eclosão da pandemia da Covid-19 reforça e explicita a extensão desses processos, enquanto soma também novos elementos a eles, atualizando a compreensão dos desafios da saúde pública e seus impactos em âmbito local e internacional.
A série de Diálogos Contemporâneos, promovida pelo GIFE e pelo Nexo Jornal no contexto do 11o Congresso GIFE, buscará trazer perspectivas amplas na fronteira de cada um desses temas, somando à reflexão sobre os chamados e papéis para a sociedade brasileira na resposta a eles, encontrando os caminhos para a afirmação de novas agendas públicas e futuros possíveis em sintonia com nosso tempo e o horizonte de desenvolvimento justo, democrático e sustentável que estamos desafiados a renovar e revigorar para o país e o planeta.
Instituto Socioambiental (ISA)
É comunicadora, especialista em politicas ambientais e coordenadora do Programa de Política e Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA). Faz parte da coordenação do Observatório do Clima e foi membro da Direção Executiva da Associação Brasileira de ONGs (ABONG).
Instituto Clima e Sociedade
É Diretora Executiva do Instituto Clima e Sociedade -iCS. Economista e doutora em Ciência Política, Ana possui longa trajetória no trabalho junto ao terceiro setor e no fomento de projetos voltados à justiça social, à promoção de políticas públicas, à área do meio ambiente e mudanças climáticas e à filantropia. Ana foi Presidente de Conselho do Greenpeace Internacional (2011 a 2017), diretora da Fundação Ford no Brasil (2003-2011) e da ActionAid Brasil (1998-2003). Foi membra do conselho do GIFE, Fundo Baobá para Equidade Racial e Sociedade e Wikimedia Foundation entre outros. Atualmente é integrante dos conselhos da Gold Standard Foundation, Instituto República, Transparência Internacional- Brasil, e do Instituto Pesquisa Ambiental da Amazônia -IPAM.
Especialista em Justiça Climática
É graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela PUC-Rio e mestra em Relações Étnico-Raciais pelo CEFET/RJ. Faz parte do conselho da Rede Narrativas, um movimento de profissionais de comunicação de causas que atua nas organizações da sociedade civil, a partir da difusão de conhecimento e promoção de espaços de debate para a transformação social. Também integra o conselho de governança da Casa Fluminense, que é um espaço permanente para a construção coletiva de políticas e ações públicas por um Rio de Janeiro mais justo, democrático e sustentável. Entre seus principais temas de interesse e paixão estão: justiça climática, cidades inclusivas, educação e desigualdades raciais. Trabalhou como coordenadora de comunicação no Instituto Clima e Sociedade (iCS), sendo responsável por todos os materiais institucionais. Hoje, lidera a comunicação no eixo de justiça climática no programa Prioridade Absoluta, no Instituto Alana.
Climate Policy Initiative
É o Diretor Executivo do CPI Brasil e Professor do Departamento de Economia da PUC-Rio. É também membro do Consortium on Financial Systems and Poverty da Universidade de Chicago e Brazil Lab da Universidade de Princeton. Juliano possui Doutorado em Economia pela PUC-Rio, Mestrado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Graduação em Economia também pela UFMG.
O terceiro tema será Cooperação com a Gestão Pública. Atores do poder público correspondem ao segundo principal tipo de parceiro do ISP na implementação de seus projetos (atrás apenas das Organizações da Sociedade Civil). Segundo dados do Censo GIFE 2018, 80% dos investidores sociais que responderam à pesquisa manifestaram ter algum tipo de aproximação ou alinhamento com políticas públicas. Entretanto, o leque de conexões e modos de cooperar com esses atores ainda permite uma ampla margem para reflexões e aprofundamentos construídos coletivamente. Assim, este grupo de colaboração buscará estimular a troca de conhecimentos nessa interface ISP & gestão/políticas públicas, e debater aspectos que possibilitem uma melhoria na relação ganha-ganha dessa interação.
Instituto Votorantim
Mais de 15 anos de experiência em responsabilidade social corporativa e comunicação corporativa. Tem experiência como executivo e consultor atuando em grandes empresas em diversos setores como metalúrgico e mineração, bancário, cosmético, automotivo, telecomunicações, varejo e outros. Ele é Ph.D e mestre em comunicação, ambos pela Universidade de São Paulo, Brasil.
Instituto Humanize
Graduada em Ciências Econômicas, 1996-2000, e mestrado em Demografia, 2001-2003, ambos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De 2004 a 2011 atuei em áreas “meio” da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. De 2011 a 2014 fui subsecretária no governo do estado de Minas Gerais no Escritório de Prioridades Estratégicas, assumindo função de liderança, acumulei as funções técnicas do cargo de subsecretária com a assessoria técnica e interlocução para a gestão e comunicação institucional de indicadores e estatísticas. De 2015 a 2018, fui secretária municipal, assumindo o Núcleo de Gestão da Informação no município de Niterói. De 2018 a 2019 fui gerente no Instituto República, por 1 ano e meio. E desde setembro de 2019, atuo como gerente de gestão pública no Humanize.
Voltado a atualizar o olhar sobre os impactos presentes e potenciais da era digital e de novas inovações tecnológicas no horizonte nas múltiplas dimensões da vida pública e social brasileira e as perspectivas para responder a eles no sentido pleno do aprofundamento da cidadania, do bem-estar e da democracia entre nós.
Sobre a Série
Vivemos uma época de múltiplas transições. A emergência das mudanças climáticas e a afirmação crescente dos limites do planeta combinam-se com a difusão das novas tecnologias digitais para impactar profundamente nossos modos de vida, organização em sociedade e atividade econômica. A intensidade das mudanças trazidas por essas dinâmicas conecta-se com a expansão de desigualdades e conflitos em múltiplas sociedades e a multiplicação de novos desafios globais para renovar as demandas de convívio diverso e plural na vida coletiva e impor pressões intensas sobre os marcos do acordo democrático no Brasil e no mundo.
A eclosão da pandemia da Covid-19 reforça e explicita a extensão desses processos, enquanto soma também novos elementos a eles, atualizando a compreensão dos desafios da saúde pública e seus impactos em âmbito local e internacional.
A série de Diálogos Contemporâneos, promovida pelo GIFE e pelo Nexo Jornal no contexto do 11o Congresso GIFE, buscará trazer perspectivas amplas na fronteira de cada um desses temas, somando à reflexão sobre os chamados e papéis para a sociedade brasileira na resposta eles, encontrando os caminhos para a afirmação de novas agendas públicas e futuros possíveis em sintonia com nosso tempo e o horizonte de desenvolvimento justo, democrático e sustentável que estamos desafiados a renovar e revigorar para o país e o planeta.
ITS Rio
Pós-doc, afiliado ao Berkman Klein Center na Universidade de Harvard. Foi membro do Global Council do WEF, fellow em governo aberto pela OEA, com passagem pela Universidade da Califórinia de San Diego, Universidade de Leeds (UK) e UN University (China). É colunista da MTI Sloan Review Brasil, e diretor executivo do ITS Rio.
Cientista da Computação
Cientista da Computação pela PUCRio do Rio de Janeiro com ênfase em pesquisa computacional . De Duque de Caxias . Experiência no Programa Apple developer Academy formação de developers da Apple para estudantes . 2018 Scholarship Apple WorldWide developers conference . Research Scholarship Youth Program Internet – CGI 2020 . Criadora do Ogunhe Podcast . Colunista do MITTechReviewBrasil
Lavid/UFPB
É Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal da Paraíba (1988), mestre (1991) e doutor (1997) em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Atualmente é professor Titular na Universidade Federal da Paraíba, diretor do Centro de Informática (CI) e pesquisador do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (LAVID). Atuou no desenvolvimento do middleware Ginga, publicado como recomendações ITU-T e ITU-R, e adotado como padrão no Sistema Brasileiro de Televisão Digital e de vários outros países da América Latina e Africa. Trabalha em pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de Sistemas Multimídia, atuando principalmente nos seguintes temas: televisão digital, cinema digital, aplicações multimídia distribuídas, redes de distribuição de vídeo e performances artísticas distribuídas. Destacam-se como resultados dessas pesquisas o desenvolvimento de um sistema de armazenamento, transmissão e exibição de vídeos 4K 3D denominado Fogo Player, o desenvolvimento de uma plataforma para apoio a realização de espetáculos distribuídos de dança, teatro e música denominada Arthron e o desenvolvimento de servidores de vídeo para transmissão ao vivo e sob demanda, denominados DLive e DVod, usados na Rede de Vídeo Digital da RNP e no serviço IPTV da USP-SP. Atua também como membro do Conselho Deliberativo do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital.
Nexo Jornal
Letícia Arcoverde é editora do Nexo Jornal. Jornalista, trabalhou no Valor Econômico. É formada em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina e tem pós-graduação em Gestão da Informação Digital pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
As oficinas são encontros formativos, voltados ao compartilhamento de práticas em temas de interesse para a ação cotidiana no setor e fazem parte da programação fechada do 11º Congresso GIFE, sendo assim exclusivas para inscritos no Congresso.
Sobre esta oficina:
A oficina de avaliação focou na apresentação, conceituação e aplicação prática da metodologia de Rubricas Avaliativas, cada vez mais utilizada para apoiar avaliações.
A metodologia das Rubricas Avaliativas pode ser utilizada em iniciativas com diversidade de atores e dialoga facilmente com contextos complexos, possibilitando a integração de dados quantitativos e qualitativos.
Ajudam a alinhar, focar e comunicar expectativas de alcance e qualidade dos processos e resultados de uma iniciativa, contribuindo para a transparência, coerência e redução de subjetividade no processo avaliativo como um todo. Assim, tendem a tornar os processos de julgamento, tomada de decisão e aprendizagem mais claros, concretos e transparentes.
Consultoria Independente
É bacharel em Direito pela PUC/SP, com MBA em Administração e Empreendedorismo Social pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo. Tem mais de 20 anos de atuação no terceiro setor. Possui ampla experiência em design e implementação de programas, avaliações e pesquisas. Trabalhou em diversas organizações como o Centro de Empreendedorismo e Administração do Terceiro Setor (USP), o Movimento Todos pela Educação, a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, o Instituto Ayrton Senna e Plan International Brasil, sempre na gestão de programas e projetos. Como consultora na área de avaliação utiliza uma combinação de métodos e metodologias, buscando dar o máximo de utilidade ao processo e aos resultados da avaliação. Possui ampla experiência na utilização da metodologia de Rubricas Avaliativas. Entre seus clientes estão Laudes Foundation, Instituto C&A, Porticus, Instituto Votorantim, IDEC e GIFE.
Consultora Independente
É socióloga e mestre em planejamento urbano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua na área de avaliação há quase 10 anos. Ela gerenciou a avaliação de políticas do Programa Minha Casa Minha Vida, financiado pelo Ministério das Cidades, e já realizou avaliações de projetos sociais desenvolvidos por ONGs (como CECIP e Doutores da Alegria) e fundações (como a Fundação Roberto Marinho) , Instituto C&A e Fundação C&A), bem como avaliações socioambientais estratégicas para o arrendamento de empreendimentos da cadeia produtiva do petróleo. Ela tem amplas habilidades conceituais e metodológicas e experiência na aplicação de métodos de avaliação de pesquisa qualitativa e quantitativa. Foi pesquisadora em autogestão habitacional e políticas habitacionais do Observatório das Metrópoles – IPPUR / UFRJ por 10 anos – e foi consultora em socioeconomia por três anos na Ecologus Engenharia Consultiva Ltda, participando de todas as etapas do licenciamento ambiental de empreendimentos.
O painel voltou-se a atualizar o olhar sobre os desafios e perspectivas para a construção de uma economia mais justa, diversa, sustentável e em sintonia com a produção de oportunidades e bem-estar no Brasil e no mundo, e as tarefas para o aprofundamento da promoção desses objetivos na sociedade brasileira.
Sobre a Série:
Vivemos uma época de múltiplas transições. A emergência das mudanças climáticas e a afirmação crescente dos limites do planeta combinam-se com a difusão das novas tecnologias digitais para impactar profundamente nossos modos de vida, organização em sociedade e atividade econômica. A intensidade das mudanças trazidas por essas dinâmicas conecta-se com a expansão de desigualdades e conflitos em múltiplas sociedades e a multiplicação de novos desafios globais para renovar as demandas de convívio diverso e plural na vida coletiva e impor pressões intensas sobre os marcos do acordo democrático no Brasil e no mundo.
A eclosão da pandemia da Covid-19 reforça e explicita a extensão desses processos, enquanto soma também novos elementos a eles, atualizando a compreensão dos desafios da saúde pública e seus impactos em âmbito local e internacional.
A série de Diálogos Contemporâneos, promovida pelo GIFE e pelo Nexo Jornal no contexto do 11o Congresso GIFE, buscará trazer perspectivas amplas na fronteira de cada um desses temas, somando à reflexão sobre os chamados e papéis para a sociedade brasileira na resposta a eles, encontrando os caminhos para a afirmação de novas agendas públicas e futuros possíveis em sintonia com nosso tempo e o horizonte de desenvolvimento justo, democrático e sustentável que estamos desafiados a renovar e revigorar para o país e o planeta.
FAMA Investimentos
Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), com cursos de extensão na Universidade da Califórnia (Berkeley) e na Harvard Kennedy School.
Iniciou sua carreira na Procter & Gamble e fundou a FAMA Investimentos em 1993, onde é responsável pela gestão do fundo de ações de empresas brasileiras, focado em companhias com responsabilidade social e aderentes às boas práticas de ESG. Desde o início, o fundo gerido pela FAMA Investimentos acumula um retorno de 21% ao ano. A FAMA Investimentos é certificada como “B Corp”.
No terceiro setor, é diretor do Instituto FAMA, do Instituto Brasil Israel, do Instituto Totós da Teté, conselheiro da WWF Brasil, da GRI Brasil do Capitalismo Consciente Brasil e do Museu Judaico. É também membro do grupo de trabalho do TNFD.
Foi membro do Conselho de Administração de diversas companhias de capital aberto. Possui a certificação CFA – Chartered Financial Analyst
Universidade de Harvard
Pesquisador de pós-doutorado na Harvard Business School. Thomaz trabalha no Laboratory for Innovation Science de Harvard em um projeto interdisciplinar financiado pelo NSF sobre o Futuro do Trabalho. É também pesquisador associado do World Management Survey e pesquisador do Insper Metricis, grupo de pesquisa de São Paulo (Brasil) que estuda estratégias empresariais de alto impacto socioambiental. Thomaz é brasileiro, onde viveu a maior parte de sua vida antes de iniciar seu pós-doutorado em Harvard. Thomaz foi aluno visitante de pós-graduação na Universidade de Toronto (Rotman School of Management) e é doutor em Economia pelo Insper Institute of Education and Research. É mestre em Políticas Públicas e bacharel em Economia pela Universidade Federal do Paraná
SDG Pioneer Pacto Global e especialista em Sustentabilidade
Especialista em Sustentabilidade, Conselheira de Administração e Colunista do Valor Investe. Presidente do Conselho Consultivo da GRI Brasil, Vice-presidente do Conselho Técnico Consultivo do CDP LA e SDG Pioneer pelo Pacto Global das Nações Unidas.
ASSECOR
Economista e vice-presidente da ASSECOR – Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento. Foi coordenadora de Temas de Infraestrutura e coordenadora-geral de Planejamento no antigo Ministério do Planejamento. Também já atuou no setor privado na área de planejamento financeiro.
O debate iluminou os desafios estratégicos para as políticas de saúde pública no Brasil e no mundo na superação da pandemia e da COVID-19 e para além dela, no marco da crescente interconexão global e da exposição também comum a novos riscos sanitários, e apontar caminhos para a ação
aprofundada na sociedade brasileira em resposta a eles.
Sobre s Série:
Vivemos uma época de múltiplas transições. A emergência das mudanças climáticas e a afirmação crescente dos limites do planeta combinam-se com a difusão das novas tecnologias digitais para impactar profundamente nossos modos de vida, organização em sociedade e atividade econômica. A intensidade das mudanças trazidas por essas dinâmicas conecta-se com a expansão de desigualdades e conflitos em múltiplas sociedades e a multiplicação de novos desafios globais para renovar as demandas de convívio diverso e plural na vida coletiva e impor pressões intensas sobre os marcos do acordo democrático no Brasil e no mundo.
A eclosão da pandemia da Covid-19 reforça e explicita a extensão desses processos, enquanto soma também novos elementos a eles, atualizando a compreensão dos desafios da saúde pública e seus impactos em âmbito local e internacional.
A série de Diálogos Contemporâneos, promovida pelo GIFE e pelo Nexo Jornal no contexto do 11o Congresso GIFE, buscará trazer perspectivas amplas na fronteira de cada um desses temas, somando à reflexão sobre os chamados e papéis para a sociedade brasileira na resposta a eles, encontrando os caminhos para a afirmação de novas agendas públicas e futuros possíveis em sintonia com nosso tempo e o horizonte de desenvolvimento justo, democrático e sustentável que estamos desafiados a renovar e revigorar para o país e o planeta.
NECI/FFLCH/USP
Professor Doutor (com Livre Docencia) do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo. Pesquisadora principal do Núcleo de Estudos Comparados e Internacionais (NECI) da USP e pesquisadora principal do Centro de Estudos em Política e Economia do Setor Público (CEPESP) da Fundação Getúlio Vargas-São Paulo. Coordenadora científica da Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade e membro do Observatório COVID-19 Br. No Departamento de Ciência Política da USP, é responsável por ministrar disciplinas de métodos quantitativos, política comparada e economia política no curso de graduação em Ciências Sócias e no curso de pós-graduação em Ciência Política. Desde 2015, ela é o chair do Local Committee da IPSA-USP Summer School in Concepts, Methods and Techniques in Political Science, Public Policy and International Relations onde também ministra as disciplinas no track de séries temporais e séries temporais cross-section junto com o Guy D. Whitten e Andrew Q. Philips.
Anistia Internacional
É uma ativista negra, médica (pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense), autora e doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Nascida no Morro dos Cabritos, Copacabana, acumula uma longa trajetória de luta no movimento de saúde da população negra e dos direitos humanos. É fundadora da ONG Criola, que desde 1992 atua pela garantia dos direitos das mulheres negras no país. Em 2017, assumiu a Direção Executiva da Anistia Internacional Brasil, uma das maiores e mais importantes organizações de direitos humanos do mundo. Integra o Conselho Diretor da Global Fund for Women e é Presidenta do Conselho de Administração do Fundo Brasil de Direitos Humanos. Em 2000, organizou o livro “Saúde das Mulheres Negras: Nossos Passos Vêm de Longe” (em conjunto com Evelyn C. White e Maria Luísa Mendonça).
IEPS
Cientista político formado em Sciences Po Paris, é mestre em administração pública pela mesma instituição. Fundou e presidiu a rede de mobilização Meu Rio e o Nossas, laboratório referência em civic-tech na América Latina. É professor visitante da School of International and Public Affairs da Universidade de Columbia em Nova York e da École d’Affaires Publiques de Sciences Po Paris.
As oficinas são encontros formativos, voltados ao compartilhamento de práticas em temas de interesse para a ação cotidiana no setor e fazem parte da programação fechada do 11º Congresso GIFE, sendo assim exclusivas para inscritos no Congresso.
Sobre esta oficina:
O atual contexto político brasileiro se torna cada dia mais complexo para o campo da sociedade civil organizada na defesa de suas causas e bandeiras. Organizações, fundações, institutos, coletivos e movimentos sociais precisam reinventar suas formas de atuação a cada novo desafio que a sociedade brasileira apresenta. As mudanças na política, na economia, na tecnologia e na dinâmica social colocam a necessidade de se diversificar as estratégias de atuação das organizações da sociedade civil.
Se olharmos para as estratégias comumente utilizadas pelo campo, no passado recente, para alavancar processos de incidência política, observamos que a estratégia de forte tendência da primeira década dos anos 2000 foi marcada pela chamada “atuação em rede” e “coalizões da sociedade civil”. A segunda década foi calcada no crescimento e cada vez maior centralidade do Advocacy enquanto estratégia de atuação dessas organizações. E, mesmo sendo cedo para afirmar, são fortes as indicações de que a terceira década será fortemente marcada por estratégias de “comunicação de causas” ou “comunicação de campanha”.
Entre os desafios desse novo momento, está no centro da estratégia da sociedade civil a capacidade de comunicar, informar, sensibilizar e engajar públicos diversos para causas específicas. Nesse processo, a escuta torna-se elemento determinante para as ações. Isto é, não se trata de dizer o que a outra pessoa quer ouvir, e sim ouvir o que ela pensa para saber melhor o que dizer.
O encontro debaterá esses, e outros pontos, a partir da metodologia testada na campanha ‘Nosso voto, nosso bairro, nosso dinheiro’, realizada pela Fundação Tide Setubal em parceria com a Estratégia Brasil, durante as eleições de 2020.
Fundação Tide Setubal
Gerente de comunicação da Fundação Tide Setubal, jornalista pós graduada em Jornalismo Social pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). Na Fundação Getúlio Vargas, aperfeiçoou-se em Advocacy e Políticas Públicas: Teorias e Práticas.
Fundação Tide Setubal
Cientista político, produtor cultural e coordenador do programa de democracia e cidadania ativa da Fundação Tide Setubal. É fundador do Coletivo Sistema Negro, grupo de ação antirracista na cidade de São Paulo.
Estratégia Brasil
Sociólogo, pós-graduando em economia e relações governamentais, especialista em advocacy para políticas públicas, atuou como gerente de campanhas na Purpose Brasil, coordenou organizações da sociedade civil como a Rede Nossa São Paulo e Comunitas, foi membro da diretoria da Escola de Governo de São Paulo e atuou em diversas campanhas com foco no Direito à Cidade. É cofundador da Estratégia Brasil e colunista da rádio CBN. Atualmente dedica-se a técnicas de pesquisa e escuta social para campanhas de causas.
A sessão de abertura dos 3 dias de atividades que marcam a conclusão e sintetização das ideias reunidas no curso do trilho do Congresso buscará trazer um panorama dos percursos e fronteiras para a filantropia e o investimento social privado no país. Reunindo visões de vozes referenciais na nossa rede, faremos uma conversa sobre os acúmulos do setor ao longo dos últimos anos e os desafios e oportunidades para seu aprofundamento na ação à frente, inspirando assim os diálogos por seguirem-se na sequência do encontro.
A nossas perguntas chave para essa LIVE são: Qual é o balanço do processo de construção do campo da filantropia e ISP no país ? Quais são os principais acúmulos da atuação do setor nos últimos anos? Quais são os desafios e pautas prioritárias para trabalharmos na construção de visões de futuro?
Instituto Betty e Jacob Lafer
É formada em psicologia pela PUC-SP, com especialização em psicanálise pela PUC-COGEAE e em Direitos Humanos pela faculdade de Direito da USP. É mestre em Administração Pública e de Governo pela FGV-SP. Começou sua carreira na área clínica e no Serviço de Psicologia e Psicopedagogia do SESI. Trabalhou na Kairós Desenvolvimento Social como consultora em projetos para prefeituras nas áreas de criança e adolescência e assistência social. Foi também gerente de programas da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, assessora técnica da Comissão Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo e gerente de projetos no IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social. Hoje em dia dirige o Instituto Betty e Jacob Lafer e atua como formadora e é consultora para o desenvolvimento de projetos de investimento social e de políticas públicas, especialmente na área de criança e adolescente.
Fundação Tide Setubal
Maria Alice Setubal (Neca Setubal), socióloga, doutora em Psicologia da Educação pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e mestre em Ciência Política pela USP (Universidade de São Paulo. Autora de diversos livros e artigos para revistas e jornais. Foi Coordenadora de Educação para América Latina e Caribe pelo Unicef. Participação nos seguintes conselhos: Conselho da Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto, Conselho do Family Office, Conselho Fundação Itaú para Educação e Cultura, Conselho Consultivo USP – Universidade de São Paulo, Conselho IDEA – Instituto Estudos Avançados UNICAMP, Conselho Consultivo OPENSOCIETY para América Latina. Foi presidente do Conselho de Administração do CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária). Atualmente é presidente do Conselho de Administração Fundação Tide Setubal e do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas)
Cambridge Family Enterprise Group (CFEG)
Presidiu o Conselho de Governança do GIFE de 2014 a 2017- Grupo de Institutos e Fundações. Foi vice-presidente do Conselho do Instituto Gerdau. Associada da Cambridge Family Enterprise Group(CFEG) Brasil. Experiência em Governança na Família Gerdau Johannpeter, membro do Conselho Familiar Membro do Comitê de Empresas de Controle Familiar do IBGC. Integra os Conselhos da Fundação Roberto Marinho, do movimento Todos pela Educação, da Fundação Iberê Camargo e da ARCAH. Atuou como conselheira no Canal Futura, Fundação Victor Civita, Bienal do Mercosul e Junior Achievement Brasil Formação em Arquitetura e Urbanismo e educação executiva em Corporate Social Responsability na Harvard Business School.
Embarque em uma conversa com pessoas que você (talvez) ainda não conhece a partir da seguinte proposta:
Uma conversa para atualizações profissionais entre os participantes. O convite é para que em uma rodada os participantes se apresentem.
Perguntas orientadoras:
Com o que você trabalha? Onde? Em que momento você está agora? Quais são os temas que mais te interessam nessa fase?
Salas de networking
Convide alguém ou um grupo de pessoas para um café e utilize uma das salas de networking que estão disponíveis na plataforma do Congresso.
O ecossistema da filantropia e do investimento social privado no Brasil evoluiu, ampliou-se e desenvolveu-se. Avançamos na criação e adoção de práticas e capacidades. O campo expandiu-se e diversificou-se, incorporando mais e novos atores de perfis variados.
Essas conquistas reforçam o sentido e a importância de pensarmos novas camadas e etapas de construção para a ação coletiva – no setor e na sociedade de forma ampla – que estejam cada mais sintonizadas com as transformações, as demandas e os novos desafios que os contextos global e locais nos trouxeram nas últimas décadas.
Para isso, existem oportunidades e espaço para transpormos novas fronteiras no que diz respeito à ação coletiva e colaborativa.
A ação colaborativa pode ser aplicada na busca por uma maior articulação e eficiência entre todos que já atuamos no setor, ou como instrumento para o desenvolvimento de novas arquiteturas que permitam que outros e mais atores mobilizem ou somem recursos para a ação.
Temos visto crescer nos últimos anos, de forma cada vez mais intensa, a variedade dessas novas arquiteturas – com a criação de fundos, redes, alianças, coalizões, organizações gestoras de recursos filantrópicos, entre outros formatos variados de coinvestimento –, que permitem e contribuem para desenvolver os modos de ação coletiva e colaborativa no setor. A resposta do setor na pandemia é prova disso e foi um grande laboratório para colocar em prática ideias que já estavam muito incorporadas no discurso do campo.
Em agosto de 2020, no trilho do Congresso, lançamos o livro Filantropia Colaborativa que planta a semente dessa ideia de filantropia colaborativa que queremos aprofundar nesta oficina.
Como avançar, criar e recriar, inventar e reinventar caminhos e formas de evoluirmos nessa trilha colaborativa em consonância com a realidade presente e pautados pelos desafios do século XXI?
WINGS
Benjamin Bellegy é o diretor executivo da WINGS, uma rede global de 140 organizações que apoiam e desenvolvem o campo da filantropia e do investindo social em 50 países. Juntos, os membros da WINGS apoiam e lideram quase 100.000 entidades filantrópicas em todo o mundo. Desde o final de 2016, ele lidera a rede WINGS em novas direções, com o lançamento de uma nova estratégia, uma associação mais ampla e diversificada e esforços bem-sucedidos de liderança de pensamento para promover a colaboração no campo e aumentar a importância estratégica do desenvolvimento da filantropia entre os financiadores.
Consultora sênior, Laudes Foundation
Atuou como Diretora da C&A Foundation no Brasil (hoje Laudes Foundation). Nesta posição, Giuliana liderou processos de transição e mudança organizacional e a estratégia de grantmaking da fundação no Brasil nas áreas de direitos e trabalho, justiça de gênero, engajamento comunitário, materiais sustentáveis, agricultura familiar e economia circular. Anteriormente a esta posição, Giuliana teve passagens pela C&A, Instituto Ethos e Natura. Nestas posições, acumulou experiência na criação de estratégias de sustentabilidade aplicadas aos negócios e gestão de cadeias de fornecimento complexas. Giuliana é formada em Administração de Empresas, pela FEA-USP, tem pós-graduação em Governança Global pelo German Development Institute na Alemanha e Mestrado em Sustentabilidade pela Ashridge-Hult University, no Reino Unido. Giuliana também é membro do conselho de várias organizações, como o GIFE, o InPacto e a organização holandesa Hiil.
A pandemia abriu uma janela de oportunidade para que a sociedade lance um olhar mais sensível sobre as desigualdades históricas do país e para que os diferentes setores se sintam mais corresponsáveis pelo enfrentamento delas.
Análises mais críticas apontam que a preocupação em reduzir as desigualdades aparece mais no discurso do que na prática do campo da filantropia e do investimento social privado e, para que esse esforço possa virar resultados de fato, se faz necessária uma autoavaliação.
Com efeito, há muito se discute o papel do terceiro setor e, historicamente, uma das críticas é de que o setor faz aquilo que deveria ser função do Estado. Essa reflexão foi aprofundada e amadurecida no campo social, sendo em parte superada, a partir de uma consciência de que os desafios coletivos não são unicamente responsabilidade dos governos, mas também da sociedade como um todo – e o terceiro setor nada mais é do que a sociedade civil atuando de forma organizada. Ao mesmo tempo, reconheceu-se no setor, de forma cada vez mais ampla, que o Estado tem um papel fundamental e que as políticas públicas têm uma capacidade de escala e alcance que o terceiro setor – e como parte dele, a filantropia – jamais terá, como pudemos experimentar durante as respostas de enfrentamento da pandemia.
Com a emergência, parece ter sido ampliado o entendimento no setor filantrópico de que a resolução de desafios complexos requer uma visão sistêmica das engrenagens que os causam, possibilitam e/ ou mantêm, bem como uma resposta articulada e conjunta.
Nesse sentido, ganha tração debates sobre como as ações filantrópicas podem ser mais efetivas em influenciar mudanças de paradigmas econômico e socioambiental e contribuir para mudanças sistêmicas, confrontando as bases que mantêm as injustiças e as relações de poder.
Essa oficina irá aprofundar o debate sobre essas questões para uma proposição conjunta de prioridades e diretrizes nessa direção.
CIAT/ Aliança pela Biodiversidade
Alliance magazine
Executivo da revista Alliance, a revista líder NO setor que cobre a filantropia em todo o mundo por meio de nossa edição impressa e artigos online. Anteriormente, foi diretor da Pears Foundation, sediada no Reino Unido, e mora em Londres com meu parceiro e dois filhos pequenos.
A Filantropia Comunitária adjetiva uma forma de fazer filantropia. Tal prática pressupõe o engajamento das comunidades envolvidas nas iniciativas de modo a deslocar o poder na direção dessas pessoas, envolvendo-as de forma intrínseca e corresponsabilizando-as em todo o processo, da criação à implementação, incluindo a busca e a doação de recursos mobilizados também entre os próprios atores da comunidade.
Dentro desse entendimento de filantropia comunitária como prática, existe ainda uma abordagem que propõe a necessidade de adaptar o conceito aos diferentes conceitos culturais levando em conta a atuação na realidade social específica em que se atua, a partir do desenvolvimento de iniciativas e articulações com diversos atores e dinâmicas, sem a imposição de soluções de cima para baixo, fortalecendo as vozes e o poder das comunidades em busca de soluções próprias para os problemas existentes.
Como podemos ampliar, desenvolver e aprofundar a prática da filantropia comunitária no investimento social e filantropia brasileira?
Mariepaua Soluções em Sustentabilidade
Engenheiro Florestal formado de ESALQ/USP e é alumini da Harvard Kennedy School Executive Program. Atua na região amazônica desde 1996 com projetos desenvolvimento sustentável junto a comunidades tradicionais e ribeirinhas. Foi coordenador de projetos no Projeto Saúde e Alegria em Santarém/PA e diretor técnico do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Gasoduto Coari-Manaus. Como Gerente Geral de Programas na Fundação Amazonas Sustentável implantou projetos de desenvolvimento comunitário nas áreas de infância, educação e inclusão produtiva. Gerenciou carteira de projetos de investimento social privado do Instituto Camargo Corrêa no Brasil. Trabalhou no desenho da estratégia de investimento social da Intercement no Egito. Foi Superintendente Socioeducativo na Fundação FEAC em Campinas, SP entre 2017 e 2020. É membro do Conselho do GIFE e atua como consultor para institutos e fundações.
Global Fund for Community Foundations
Diretora Executiva do Fundo Global para Fundações Comunitárias (GFCF), com sede em Joanesburgo, desde que foi estabelecido em 2006. Ela supervisionou seu surgimento como a voz global líder na filantropia comunitária como uma estratégia central para o desenvolvimento liderado por pessoas e deslocando o poder para mais perto do solo. Com sede em Uganda, Quênia, Rússia, Cingapura e Tailândia, Jenny esteve envolvida no desenvolvimento da filantropia em mercados emergentes e contextos de desenvolvimento nas últimas duas décadas. Ela tem um BA (Hons) em Inglês pelo Emmanuel College, Cambridge e um MA em Relações Internacionais pela Johns Hopkins School Advanced International Studies (SAIS).
Conhecemos bem a extensão das nossas demandas e déficits sociais. As desigualdades estruturantes do nosso país se refletem nas carências do tripé clássico das políticas públicas sociais em qualquer tempo e contexto: acesso à educação e à saúde de qualidade e universal e proteção social.
A pandemia agrava as carências e evidencia de forma exponencial as desigualdades, com especial gravidade nessas três agendas, nos convidando a uma reflexão sobre os avanços possíveis da atuação do setor em face às políticas públicas que incidem sobre elas.
Em educação, a filantropia e o investimento social têm um longo histórico de atuação tendo contribuído de forma notável para os avanços conquistados nas últimas décadas. A realidade imposta pela emergência provocada pela COVID-19 nos convoca a ampliar ainda mais essa atuação em educação, atualizando as prioridades nesta área. Nos convoca ainda a refletir sobre a importância de expandirmos a ação também para as agendas de saúde e proteção e assistência social e econômica, para além das necessidades emergenciais, aprimorando a colaboração com políticas públicas estruturantes, sólidas e de longo prazo, somando novos atores e uma atuação estratégica e de longo prazo nessas temáticas, a exemplo do histórico em educação.
A partir do olhar de vozes referenciais nas três áreas – educação, saúde e proteção e assistência social e econômica – a proposta desta LIVE é produzir um balanço atualizado de desafios e perspectivas na colaboração para o aprimoramento da ação pública no país, inspirando assim as oficinas temáticas por desdobrarem-se na sequência.
As nossas perguntas chave para esta LIVE são: quais as atualizações e prioridades para que possamos seguir contribuindo com os avanços da educação pública brasileira, a partir dos novos desafios que a pandemia nos traz? Como podemos construir uma ação de longo prazo e estratégica – a exemplo da experiência em educação – também nas políticas públicas relacionadas ao acesso a serviços de saúde e políticas de proteção social e econômica, a partir das iniciativas que surgem como resposta à pandemia?
CUFA
Ex-lavador de carro nas ruas de Fortaleza, presidente global da CUFA – Central Única das Favelas, empresario, produtor cultural, repórter no Quadro Talentos da Comunidade na TV Verdes Mares/afiliada da Rede Globo no Ceará, escritor, autor dos livros A Selva da Pedra : a Fortaleza Noiada ( 2014) e Das Quadras Para o Mundo (2019), consultor em planos de de oportunidades para governos e empresas. Preto Zezé também é CEO e fundador do Lis – Laboratório de inovação social. Ativista de uma agenda positiva nas favelas para transformar o estigma em carisma as dificuldades em oportunidades. Especialista em planejamento e agendas comuns Mestre em sobrevivência nas Quadras, Doutor nas ruas do Brasil e Pós doutor em conexões de potências e compartilhamento de oportunidades.
Incor FMUSP
Professor Titular de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), diretor da disciplina de mesmo nome no Hospital das clínicas e Diretor do Laboratório de Imunologia, Instituto do Coração. Ele é professor adjunto da Faculdade de Medicina da George Washington University, DC e, da Faculdade de Medicina da Case Western Reserve University, Cleveland, Ohio, ambas nos EUA. Representa o Brasil no Instituto de Engenharia Genética e Biotecnologia (ICGBE), órgão da ONU.
Todos pela Educação
Presidente-executiva do Todos Pela Educação. É mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School of Government e aluna destaque 2014/2015. Graduou-se em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). É presidente do Conselho do Instituto Articule e membro dos Conselhos do Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça (DPJ/CNJ), do Museu de Arte Moderna de São Paulo, da Fundação Itaú Social, do Instituto Singularidades, do CEIPE/FGV e do Diversa ( Instituto Rodrigo Mendes); é membro do Grupo de Estudos de Educação do Instituto de Estudos Avançados da Unicamp. É uma das fundadoras do Todos Pela Educação, onde atua desde 2006.
Nós, Mulheres da Periferia
Jornalista e escritora. Cofundadora e uma das gestoras do Nós, mulheres da periferia desde 2014. Escreveu os livros Queixadas – por trás dos 7 anos de greve (Independente, 2013) e Heroínas dessa História – Mulheres em busca de justiça por familiares mortos pela ditadura (Autêntica Editora, 2020). É também coautora do Blog Morte Sem Tabu, da Folha de S. Paulo, repórter da Agência Mural de Jornalismo das Periferias e atuou como jornalista e mobilizadora em organizações como Instituto Alana, Associação Cidade Escola Aprendiz, Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Brasil de Fato.
Embarque em uma conversa com pessoas que você (talvez) ainda não conhece a partir da seguinte proposta:
Uma conversa para atualizações profissionais entre os participantes. O convite é para que em uma rodada os participantes se apresentem.
Perguntas orientadoras:
Com o que você trabalha? Onde? Em que momento você está agora? Quais são os temas que mais te interessam nessa fase?
Salas de networking
Convide alguém ou um grupo de pessoas para um café e utilize uma das salas de networking que estão disponíveis na plataforma do Congresso.
A área da educação foi severamente afetada durante a pandemia e viu seus desafios estruturais aprofundados. Com o fechamento das escolas, professores tiveram que se reinventar. Famílias com filhos em idade escolar tiveram uma alteração abrupta de rotina e viram a necessidade de se adaptar ao ambiente digital em curto tempo, buscando dar continuidade ao ano letivo.
No que se refere a atuação da filantropia nessa temática – que é historicamente a agenda de atuação mais importante e consolidada do setor – houveram diversas mudanças em decorrência da emergência. Investidores sociais privados precisaram se articular para responder rapidamente em um contexto absolutamente novo. Muitas foram as dúvidas e incertezas, a exemplo dos desafios para manter o vínculo da criança e do adolescente com a escola, já que milhões de alunos da rede pública de ensino deixaram de ter aulas e, dentre aqueles que passaram a ter aulas remotas, muitos sequer possuíam acesso à internet. O tema da inclusão digital, portanto, ganhou muito mais importância, deixando de ser um aspecto a se ter no radar para passar a ser uma condição fundamental de garantia de acesso à educação escolar. Nesse sentido, em 2020, o campo do ISP se articulou e intensificou parcerias com secretarias municipais e estaduais de educação para pensar e construir um plano emergencial e, também, projetar cenários de retomada em 2021, ainda que híbridos, combinando ensino presencial e à distância.
Considerando todas essas mudanças de contexto, como dar sequência na atuação em educação potencializando ao máximo os recursos privados nessa agenda e em diálogo com as prioridades das políticas públicas referentes a ela?
Itaú Social
Engenheira Química (UFBA), Mestre em Administração (IBMEC-RJ) e Especialista em Avaliação de Programas (CEATS/FIA/USP). Atualmente é Superintendente do Itaú Social. Participa dos conselhos do CONSOCIAL FIESP (Conselho Superior de Responsabilidade Social), do CIEB (Centro de Inovação da Educação Brasileira), do CIVI-CO – Polo de Impacto Cívico Social e UNICEF (Fundo das Nações Unidas para Infância no Brasil). É associada da ABAVE (Associação Brasileira de Avaliação Educacional) e da AEA (American Evaluation Association) e foi fundadora da RBMA (Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação).
Instituto Singularidades
Presidente do Instituto Singularidades, pesquisador do Centro de Economia e Política do Setor Público da FGV/SP, foi secretário municipal de educação de SP, pesquisador visitante e professor adjunto da Universidade Columbia em Nova York.”
Como esperado em uma emergência de origem sanitária, a temática de saúde, que, historicamente, não se configura como uma área de atuação prioritária do campo filantrópico, adquiriu bastante relevância e atraiu recursos e investimentos de diversos setores da sociedade. Segundo apurou a pesquisa global da Dalberg, quase 30% das fundações que anteriormente não tinham foco em saúde estavam planejando engajar-se no tema. No caso brasileiro, investidores sociais privados que nunca haviam atuado com essa área viram-se compelidos a criar um projeto próprio ou a colaborar com outros parceiros na saúde, ou mesmo internalizá-la em algum nível dentro das estratégias de atuação, até pelo fato de que continuará sendo uma pauta nos próximos períodos.
Na Base de Projetos do GIFE foram mapeadas 242 iniciativas de ações emergenciais relacionadas ao enfrentamento da Covid-19. Dentre elas, a área de saúde e bem-estar é a mais contemplada pelas iniciativas (48%).
Dada a importância da saúde, como catalisar essa mobilização do campo do investimento social na resposta à emergência, para uma atuação mais perene, estruturada e estratégica na agenda? Como a filantropia pode contribuir para fortalecer as políticas públicas de saúde, especialmente o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil?
RD RaiaDrogasil
Mestre em Serviço Social pela PUC-SP, MBA em Gestão e Empreendedorismo Social pela FIA – USP e formada em Resolução de Conflitos pela Chulalongkorn University em Bangkok, Tailândia. Atua com Investimento Social há cerca de 20 anos, com passagens pelo SENAC, GIFE e Editora FTD. Atualmente é gerente de Investimento Social da RD – Raia Drogasil
Instituto Desiderata
Engenheira Agrônoma e Mestre em Economia Aplicada pela USP, pós-graduada em Educação e Inclusão pela PUC-Rio e especialista em gestão pela Kellogg School of Management da Northwestern University. Atuou sempre como gestora de organizações sociais. Há 10 anos dirige o Instituto Desiderata, organização não governamental que atua na área de saúde pública infantojuvenil, em especial câncer e obesidade. É membro da secretaria executiva da política municipal Unidos pela Cura, do comitê gestor do Movimento União Rio, e Young Leader e membro do Global Advocacy Consulting Group, ambos da União Internacional do Controle do Câncer (UICC).
A partir dos anos 1990 – com a ascensão das políticas sociais tripartite – como saúde, educação e assistência social, garantidas pela constituição de 88 – uma parte das organizações e empresas que atuam em filantropia e ISP incorporou à sua operação, de forma cada vez mais estendida, ações vistas como mais estruturantes, estratégicas e transformadoras para se distanciar de práticas que são convencionalmente chamadas de caridade e assistencialistas, em um esforço de buscar contribuir de maneira mais profunda e transformadora para causas entendidas como prioritárias, como educação.
No entanto, a emergência sanitária desencadeada pela Covid-19 aprofundou a crise socioeconômica; o desemprego e a queda de renda projetam um cenário de incertezas e de fragilidade social para 2021.
Durante a pandemia, muitas organizações do ISP interromperam o curso de suas teorias da mudança e planejamentos estratégicos e canalizaram esforços para prover alimentos, itens de higiene e saúde para parte da população brasileira. O tema da proteção e assistência social voltou a ganhar, assim, centralidade na atuação dos investidores sociais.
O estranhamento inicial com as mudanças abruptas na forma de atuar foi dando lugar a um entendimento sobre a necessidade do campo filantrópico em recorrer a práticas assistenciais e contribuir para enfrentar um dos graves problemas do período: a fome, que voltou a assombrar grande parcela da população brasileira.
De fato, estamos em processo de ressignificação das ações assistenciais dentro do ISP e maior valorização e legitimidade de políticas públicas que garantem direitos básicos e fundamentais dos cidadãos.
Como podemos, então, aproveitar todos esses aprendizados para construir uma atuação potente de apoio na construção de políticas públicas nessa esfera? Quais podem ser as principais contribuições do ISP tendo em conta que, assim como em educação e saúde, o papel do Estado é estruturante e fundamental?
Instituto Unibanco
Economista e Superintendente Executivo do Instituto Unibanco. Foi Secretário Nacional de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério da Educação e Secretário Executivo do Ministério de Desenvolvimento Social, quando coordenou o desenho e a implantação inicial do programa Bolsa Família. No Rio de Janeiro foi Secretário Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos e Presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), quando desenvolveu e implantou o Programa UPP Social. Foi pesquisador e diretor adjunto da área social do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), assessor especial do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e, durante 30 anos, professor do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). Presidiu o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro, a Conferência de Educação na 34ª Conferência Geral da UNESCO (2008) e a Rede de Vice-Ministros de Redução da Pobreza e Desenvolvimento Social do BID.
Fundo Baobá
Giovanni Harvey é Presidente do Conselho Deliberativo do Fundo Baobá para a Equidade Racial, Coordenador das Conectoras de Oportunidades e Diretor do Instituto Habilco. Tem 30 anos de experiência em gestão de empresas e organizações sociais. Foi Presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal Fluminense – UFF (1988 a 1989), fundou a Incubadora Afro Brasileira (2004) e foi consultor do Programa de Incubadoras do Ministério da Economia de Cabo Verde (2007). Exerceu cargos e funções nos três níveis da Administração Pública nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Assistência Social e Governança. Foi Secretário Nacional de Políticas de Ações Afirmativas (2008 a 2009) e Secretário Executivo (2013 a 2015) da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR-PR).
Salas de networking
Convide alguém ou um grupo de pessoas para um café da manhã e utilize uma das salas de networking que estão disponíveis na plataforma do Congresso.
Já há algumas décadas existe no universo empresarial um movimento que busca repensar o papel e a atuação das empresas na sociedade.
Muito se avançou nessa direção, no entanto, a sociedade tem se transformado em ritmo acelerado. Os desafios coletivos do século XXI têm se mostrado muito complexos e, ao mesmo tempo, urgentes para que possamos construir sociedades mais justas e mais felizes, onde todos – inclusive as próprias empresas – possam se beneficiar. As respostas a esses desafios nos demandam mais: mais engajamento, mais proatividade, mais velocidade, mais prioridade e mais corresponsabilidade de todos que formamos a coletividade, incluindo o setor privado.
Por isso, é preciso atualizar o olhar sobre os desafios e perspectivas para a construção de uma economia mais justa, diversa, sustentável e em sintonia com a produção de oportunidades e bem-estar.
Esta LIVE reúne vozes de liderança na mobilização do setor privado para novos compromissos em face dos desafios sociais, ambientais e de integridade pública de nosso tempo, inspirando a expansão dos horizontes de colaboração e atuação da filantropia e do investimento social privado empresarial no Brasil.
As nossas perguntas chave para esta LIVE são: O que significa responsabilidade para uma empresa no contexto atual? Como ir além das práticas já incorporadas? Como as empresas servem à sociedade? Quais as demandas sociais frente a utilização dos recursos naturais? Há espaço para o ativismo empresarial hoje? Como a governança de uma empresa se relaciona com tudo isso e qual o seu papel?
Magalu
O Magalu é o maior ecossistema de varejo multicanal brasileiro e vem sendo um dos protagonistas do comércio eletrônico brasileiro desde que Frederico entrou na empresa, em 2000, para montar sua operação digital. Diferentemente da prática comum de separação dos canais on e off da época, ele montou uma operação integrada. Mantendo sempre a mesma visão estratégica, em 2004, ele assumiu também a gestão das lojas físicas e do marketing e em 2011 as operações de logística e de tecnologia da empresa. No mesmo ano, ele criou o Luizalabs, um laboratório de desenvolvimento de tecnologia que hoje conta com mais de 1500 engenheiros de software, responsáveis por uma série de inovações disruptivas no varejo brasileiro. Em janeiro de 2016 ele se tornou o CEO da empresa e, desde então, executou com maestria a estratégia de transformar um varejista tradicional, com uma área digital em uma empresa digital com pontos físicos e calor humano que vem evoluindo para um modelo de plataforma multicanal. Em 2020, o Magalu foi apontado pela revista americana Fast Company, referência em tecnologia, como a empresa mais digital do Brasil. Também foi eleita a melhor empresa do setor de varejo para se trabalhar, segundo o GPTW Brasil, e a de melhor reputação, segundo a MERCO, monitor empresarial de reputação corporativa.
B3 S/A
Diretora de Pessoas, Marketing, Comunicação e Sustentabilidade da B3, investindo principalmente na evolução da cultura e marca da companhia. Liderou os esforços de integração de pessoas resultante da fusão da Cetip com a BM&F Bovespa. Foi responsável pelo desenvolvimento da área de Recursos Humanos da Cetip. Construiu sua carreira em instituições financeiras como Banco Santander, ABN Amro e Citibank. Formada em Administração de Empresas pela FEA – USP, com especialização em Change Management pela Chicago Booth School of Business e formação em Psicanalise, pelo Centro de Estudos Psicanalíticos.
Bradesco
Formada em Psicologia pela Universidade São Marcos, com Pós-Graduação em Administração de Recursos Humanos, pela FAAP, e em Marketing, pela FGV, e diversos Programas Executivos no Brasil e, no exterior, em Michigan, Columbia, Harvard e CCL, nos EUA. Iniciou a carreira em 1984, no Banco Econômico S.A., com trajetória nos vários ambientes de RH. No Bradesco desde 2003, é, atualmente, Diretora Executiva, respondendo pela Universidade Corporativa Bradesco – UniBrad e pelos Departamentos de Recursos Humanos, Marketing, Ouvidoria e PMO Corporativo. Membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco, Membro do Conselho de Autorregulação Bancária da FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos e Membro do Conselho Consultivo do Global Council of Corporate Universities (GlobalCCU), entre outras funções.
Não há dúvidas de que olhar de frente para equidade racial é uma pauta prioritária para a filantropia e o investimento social brasileiro. Também é certo que, nos últimos anos, o tema vem ganhando mais espaço de conversa, reflexão, bem como de ação no setor.
O tema foi uma pauta importante do último Congresso GIFE, em 2018. Lançamos a iniciativa o que o investimento social pode fazer pela equidade racial no mesmo ano. Criou-se a rede temática de Equidade racial em 2019, que apesar de jovem, nasce altamente mobilizada. Alguns atores do campo começam a adotar medidas práticas que dialogam com o tema – seja incluindo-o como foco de atuação, seja repensando processos seletivos ou a composição dos seus conselhos.
O movimento ainda é embrionário, mas avançamos.
No entanto, também é dado que a desigualdade racial segue enorme. E mais do que isso, tem aumentado. Os dados são de conhecimento público. A pandemia fez crescer, colocou luz e trouxe diariamente para as notícias imagens que deram rosto, voz e cores para essa realidade.
A crise emergencial somada a outras tragédias ao longo de 2020 reforça e renova o chamado para que a sociedade lance um olhar mais sensível sobre as desigualdades históricas do país e para que os diferentes setores se sintam mais corresponsáveis por uma mudança.
Por tudo isso, são cada vez mais frequentes e intensas as reflexões sobre como o racismo opera dentro do campo da filantropia e do ISP e sobre formas de tornar o setor mais justo e antirracista nas mais varadas dimensões.
Dada a urgência dessa agenda como causa estruturante da desigualdade histórica do Brasil, quais são as prioridades para o campo da filantropia e do ISP nos próximos anos no que diz respeito à equidade racial? Como acelerar esse processo de conscientização do setor? O que precisa ser feito para que a consciência se traduza em novas práticas mais contundentes e amplas?
Banco JP Morgan
Responsável pela Area de Operações do Private Bank do Banco JP Morgan Brasil. Experiência de 26 anos no mercado financeiro atuando em varias posições seniores dentro de organizações brasileiras e americanas, com experiência de 20 anos gerenciando pessoas. Co-Lider do grupo de diversidade racial do Banco JP Morgan Brasil, grupo formado por funcionarios do Banco JP Morgan focado na inclusão racial, no desenvolvimento de carreira dos funcionários negros dentro da Organização e nas ações de inclusão racial na sociedade brasileira.
Membro do Comitê Global do grupo de diversidade racial do Banco JP Morgan, sendo um dos representante para América Latina.
Membro da SubComissão de Diversidade da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).
Open Society Foundations
É formada em Direito pela Universidade Federal Fluminense. Fez parte da equipe de Pesquisa, Políticas e Incidência da Anistia Internacional Brasil, e atualmente é assessora especial no programa para América Latina da Open Society Foundations. Lígia é também uma das fellows da Década Internacional de Afrodescendentes das Nações Unidas (2014-2025) e, em 2018, foi premiada pelo organização MIPAD como uma das 100 pessoas negras mais influentes do mundo abaixo dos 40 anos.
Governança e gestão são agendas contínuas no processo de desenvolvimento e aprimoramento do setor.
No que se refere a governança, por um lado, temos visto surgir novos modelos e propostas de governança em um movimento de repensar e reinventar as estruturas de tomada de decisão, de modo que estejam mais conectadas às necessidades e novas estruturas sociais do século XXI e com os próprios objetivos e foco de atuação. De outro lado estão as questões que têm se colocado já há alguns anos e ganham cada vez mais centralidade e importância, como o aspecto da diversidade – de gênero, raça e perspectivas – nos conselhos das organizações do ISP e em cargos de liderança.
Já no que tange a gestão, propostas que estavam muito presentes nas reflexões do campo tornaram-se realidade a partir das condições impostas pela pandemia provocando uma transformação relâmpago e, ao mesmo tempo, profunda nos processos de gestão das organizações.
Assim que a doença foi detectada no país, as organizações de filantropia e ISP rapidamente alteraram suas dinâmicas internas e fluxos de trabalho. Trabalho remoto, eventos e reuniões virtuais, digitalização de processos, incorporação de aplicativos e ferramentas digitais para acompanhar e monitorar, trocar informações e colaborar, são exemplos dessas mudanças.
Conselheiros, lideranças, gestores e equipes de forma ampla tiveram que repensar e recriar processos – muitos deles já entendidos como obsoletos, mas que por inércia seguiam sendo a forma de atuar. As novas práticas se ampliaram, intensificaram e deverão ser, em alguma medida, incorporadas às culturas institucionais.
Quais são as prioridades para que o setor avance nos seus modelos de governança? Como implementar as mudanças necessárias? Que novos debates se tornam centrais em termos de práticas de gestão? Que necessidades surgem para dar conta deles?
Instituto Cyrela
Engenheiro com pós-graduação em Administração Estratégica (MBA-FIA/USP)). Fez diversos cursos executivos em escolas de negócio nos USA e na Europa. Teve uma diversificada carreira como executivo e empresário. Atualmente é diretor executivo dos Institutos Cyrela e CCP. Membro de Comitês de Governança e Sustentabilidade, também atua como professor de Ética e Sustentabilidade na FIA, FIPE e IBGC. Pratica o trabalho voluntário desde 1985. Atualmente é conselheiro nas seguintes organizações: IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, Instituto GESC, Instituto Jatobás, Instituto Liberta e MBM – Movimento Bem Maior
Fundação Bradesco
Iniciou a carreira na Fundação Bradesco, em 1977, tendo desde então passado por diversas posições executivas, e sendo eleito, em 2015, Diretor do Banco Bradesco S.A. É Diretor Adjunto e Membro da Mesa Regedora da Fundação Bradesco, além de Diretor Adjunto da NCD Participações Ltda. e Diretor da ADC Bradesco – Associação Desportiva Classista. Foi membro do Conselho Fiscal do GIFE entre 2002 a 2004 e 2013 a 2016. É graduado em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e possui MBA pela Fundação Getúlio Vargas.
Fomentar a cultura avaliativa entre os atores da filantropia e do investimento social é uma agenda sempre atual do setor.
Muito se avançou no tema nos últimos anos. Dados do Censo GIFE apontam que entre 2016 e 2018 a proporção de organizações que avaliam seus projetos ou programas prioritários aumentou de 53% para 83%, apontando para o ganho de relevância dessa temática no campo. Os principais objetivos da avaliação estão mais relacionados ao próprio projeto ou programa, como aprendizagem para orientar tomadas de decisão e identificação de suas contribuições, e à prestação de contas aos principais tomadores de decisão. Já os principais critérios para decidir sobre a avaliação de um projeto ou programa são seu potencial para alcançar escala e o fato de ser política da organização avaliar seus projetos ou programas.
No entanto, há ainda muito espaço para a qualificação e a disseminação das práticas de monitoramento e avaliação no investimento social privado e nas organizações da sociedade civil em geral. As organizações esbarram em dificuldades como os altos custos para desenvolver uma boa avaliação e a dificuldade em definir e mensurar impactos.
Por meio dos processos avaliativos, identificam-se os erros, os acertos, as mudanças geradas, os impactos, os caminhos possíveis para o aprimoramento das iniciativas etc. Além disso, as avaliações são potentes ferramentas para promover aprendizagem e para auxiliar na tomada de decisão.
Por outro lado, a expectativa de objetividade, de isenção e imparcialidade tem sido questionada por conceitos relacionados a Avaliação Equitativa e a Avaliação Culturalmente Responsiva, as quais reconhecem que aquilo que definimos como objetividade e isenção é baseado em paradigmas que refletem uma maneira específica de definir, descrever e analisar o mundo. Além disso, a troca de informações e a interpretação e aplicação do conhecimento são influenciadas pelos valores e cultura dos participantes, incluindo o avaliador.
A iniciativa ‘Agenda Avaliação’, criada em 2019 pelo GIFE, tem abrigado os debates e produções referentes a esta temática em articulação com outros atores importantes dessa agenda.
Pensando nisso, e em diálogo com a busca por uma atuação filantrópica que tenha impacto nos mecanismos que sustentam a desigualdade, como a avaliação pode servir a esse propósito? Ao mesmo tempo, quais são as diretrizes e prioridades para que possamos seguir ampliando a cultura e a capacidade avaliativa do investimento social brasileiro?
Instituto Votorantim
Diretor-presidente do Instituto Votorantim desde 2013. Formado em Engenharia Metalúrgica pela Escola de Minas/UFOP, atuou por 22 anos na Alcan/Novelis do Brasil, exercendo, entre outros cargos, os de Gerente de Recursos Humanos e Diretor de Operações de Alumínio Primário. Além disso, trabalhou na Votorantim Metais (atual Nexa Resources) por quase cinco anos, passando pelos cargos de gerente-geral, diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional, e diretor industrial da CBA. Desde 2010 é Conselheiro da Gorceix, que apoia a Escola de Minas da UFOP.
Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal
CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. Antes disso, Mariana foi Presidente da Fundação Embraer nos EUA, Diretora Superintendente do Instituto Embraer, Diretora de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Embraer no Brasil. Iniciou sua carreira no Centro Brasileiro de Relações Internacionais, o principal think tank de política externa no Brasil, onde permaneceu por 9 anos atuando em diferentes áreas. Também manteve carreira acadêmica e foi professora de relações internacionais da graduação e pós-graduação de universidades como FAAP, Cândido Mendes e Universidade da Cidade. Em 2015, Mariana foi nomeada Young Global Leader, pelo Fórum Econômico Mundial. Tem atuado em diversos conselhos sem fins lucrativos e atualmente integra os Conselhos da Junior Achievement de São Paulo, United Way Brasil e do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Públicas (CEIPE-FGV). É formada em Relações Internacionais pela Universidade Estácio de Sá, com pós-graduação e mestrado em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e especializações nas Universidades de Oxford e Harvard Kennedy School of Government.
Comunicação, advocacy e incidência são agendas que ganham força na atuação do investimento social privado e filantropia no Brasil e no mundo.
Comunicação de causas e a construção de narrativas engajadoras se mostram como uma fronteira importante para caminhar na direção de maior impacto nas agendas com as quais se atua, bem como na próprio fortalecimento da ação coletiva e cidadã, incluindo a valorização do ISP e da filantropia e da sociedade civil de forma ampla. Expressões como “furar a bolha” e aprender a comunicar-se “com quem pensa diferente” tornaram-se comuns nas reflexões do campo. Ao mesmo tempo, as profundas transformações que as redes sociais e outras dinâmicas trazidas pela tecnologia nos incitam a rever as estratégias de comunicação em um nível profundo.
Junto desse movimento, os contextos locais e global também nos convocam a uma necessidade crescente de mais posicionamento e uma papel ainda mais ativo de acompanhamento e fiscalização da ação do estado e das políticas públicas, ao mesmo tempo que demandam uma organização maior para que as diferentes vozes que compõem uma sociedade sejam escutadas e participem do debate público. Ao mesmo tempo, a ideia de advocacy e incidência se amplifica para além das instância de governo e passa a incluir outros atores como o setor privado, a imprensa, pares, etc.
A pandemia soma-se a tudo isso como um ingrediente mais nesse sentido. Mediante os enormes desafios que já se colocam e que ainda estão por vir no pós-Covid, a preocupação de diversos atores do campo da filantropia e do ISP é o de não regredir nos avanços conquistados coletivamente pela sociedade brasileira. Não por acaso, em 2020 o advocacy esteve mais presente no debate interno das organizações e ganhou mais destaque estratégico no ISP, mostrando que o campo precisa valer-se da influência e dos espaços aos quais tem acesso para investir, fortalecer e incidir em políticas públicas, partindo do princípio de que cada setor tem seu papel e suas atribuições no espaço público.
O que precisamos priorizar para aumentar a nossa capacidade de comunicação e potencializar estratégias de advocacy?
Alana
Diretora-executiva do Instituto Alana. Jornalista, especialista em gestão pela Universidade Pontifícia de Salamanca/Espanha, Carolina acredita no poder da comunicação para a construção de uma sociedade mais justa e plural. No Alana, participou da criação de projetos como o Videocamp, portal Lunetas, Criativos da Escola e TiNis – Terra das Crianças, além do lançamento de filmes como “O Começo da Vida”.
TV Globo
Beatriz Azeredo é diretora de Responsabilidade Social da Globo desde 2011 e professora adjunta do Instituto de Economia da UFRJ, Beatriz Azeredo foi assessora técnica na Assembleia Nacional Constituinte e no Congresso Nacional e Diretora de Políticas Sociais do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), em 1995. Foi Superintendente e Diretora das Áreas de Desenvolvimento Social, Infraestrutura Urbana e Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 1996 a 2002. Doutora em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sua tese resultou no livro “Políticas Públicas de Emprego – A Experiência Brasileira”. É Senior Fellow do Synergos. Foi Diretora do Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP) e também do Instituto Desiderata, de 2003 a 2011.
A inclusão produtiva se refere às iniciativas de geração de renda e de formação para o mercado de trabalho. Um tema que aqui no Brasil tem uma importância enorme por conta dos números que medem o tamanho da nossa pobreza, da falta de acesso à educação de qualidade universal e da falta de equidade de oportunidades no país.
Dados do IBGE indicam que quase 55 milhões de brasileiros vivem em situação de pobreza e mais de 15 milhões de brasileiros vivem em pobreza extrema. Um cenário que tem piorado ainda mais por causa de uma crise global do emprego, que atingiu muitos países, mas principalmente a América Latina e atualmente tem se agravado ainda mais por conta da pandemia. Dado esse desafio imenso, a inclusão produtiva vem ganhando cada vez mais espaço na atuação do investimento social como uma estratégia de contribuição para a reduzir a pobreza de maneira sustentável no longo prazo e assim as nossas imensas desigualdades.
Iniciativas e estratégias de inclusão produtiva tem de muitos tipos. E cada uma delas tem os seus desafios. Os projetos mais conhecidos de inclusão produtiva são aqueles que buscam inserir pessoas no mercado de trabalho. No entanto, temos visto ocorrer a redução dos postos de trabalho e um aumento do nível de exigência de qualificação nas empresas. Outro caminho que tem ganhado bastante espaço nos programas de inclusão produtiva é o estímulo ao empreendedorismo.
A necessidade de reconstrução econômica também deve ampliar o olhar para temas relacionados ao desemprego, geração de renda, empreendedorismo, inclusão produtiva e futuro do trabalho, considerando que a digitalização, ao mesmo tempo em que encerra muitos postos de trabalho presenciais, contribui para criação de novos e para a desregionalização do trabalho.
Como a filantropia e o investimento social podem se somar e ampliar a sua contribuição nesse movimento?Dada toda essa complexidade e urgência, como podemos fomentar novas formas e estratégias de inclusão produtiva?
Fundação Arymax
Pioneira na criação do campo de negócios de impacto no Brasil, trabalha com empreendedorismo social há mais de 20 anos. Desde 2019, é Diretora-Superintendente da Fundação Arymax que tem como um de seus focos de atuação a inclusão produtiva de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica no mundo do trabalho, além do apoio a organizações da comunidade judaica no Brasil. De 2007 a 2019 foi Assessora Estratégica da Potencia Ventures, tendo apoiado a criação de iniciativas-chave no país como Artemisia, Vox Capital, Impact Hub e Polo ANDE Brasil. De 2000 a 2007 trabalhou na Ashoka como Diretora Internacional de Parcerias Estratégicas e de Integração da América Latina. Coordenou duas publicações: Empreendimentos Sociais Sustentáveis – como elaborar planos de negócio para organizações sociais e Negócios Sociais Sustentáveis e é coautora dos livros Terceiro Setor – Planejamento e Gestão e Negócios com Impacto Social. É Yale World Fellow pela Universidade de Yale, membro da Rede de Líderes da Fundação Lemann e conselheira de diversas organizações da sociedade civil. Formada em Odontologia pela USP.
Gerdau
Bacharel em Administração na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e com especialização em negócios globais na Escola Superior de Comércio de Troyes, França. Membro da League of Intrapreneurs e do Responsible Leaders da BMW Foundation. Voluntário em organizações sociais como Junior Achievement, Habitat para Humanidade e Teto. Responsável na Gerdau pelos projetos e processos de responsabilidade social, como investimento social e voluntariado, lidera uma equipe corporativa com o objetivo de apoiar as operações da Gerdau em 10 países, em 66 cidades, a desenvolver a estratégia de sustentabilidade da Gerdau.
No Brasil, nas últimas décadas, a cultura recebeu bastante apoio do investimento social privado para fazer as coisas acontecerem e o setor cultural se desenvolveu muito. Isso porque a política cultural do Brasil está muito ancorada nas leis de incentivo, especialmente na conhecida lei Rouanet, que já tem mais de trinta anos e é muito utilizada pelos investidores sociais.
A lei Rouanet aporta mais de um bilhão de reais para o setor da cultura no Brasil, um volume de recursos maior do que o total de investimento da própria Secretaria Especial de Cultura. Isso deixa claro o grau de importância da parceria entre a cultura e o setor privado e é por conta dessa relação tão estreita e da importância da cultura em uma sociedade que esta é uma agenda tão importante para o setor .
Cultura e artes são áreas foco de atuação de 54% dos respondentes do Censo GIFE, sendo a terceira temática mais importante para o investimento social privado brasileiro.
No GIFE temos nos dedicado à valorização da cultura, especialmente por meio das trocas e debates promovidos no âmbito da Rede Temática de Cultura.
2020 foi um ano muito difícil para a cultura brasileira. Com a chegada da pandemia, o setor cultural foi o primeiro a parar e possivelmente será o último a retomar as suas atividades de maneira completa. Ao mesmo tempo, há um consenso amplo sobre a importância de todas as formas de manifestações artístico-culturais para que, como indivíduos e sociedade, pudéssemos lidar com o contexto pandêmico e o confinamento. A cultura teve que se reinventar neste último ano para sobreviver e para cumprir seu fundamental papel social.
Como seguir aprimorando essa parceria entre setor cultural e investimento social privado? Quais as prioridades para ação da filantropia em cultura considerando o cenário crítico da área agravado pelo contexto de pandemia?
Fundação Tide Setubal
Cientista político, produtor cultural e coordenador do programa de democracia e cidadania ativa da Fundação Tide Setubal. É fundador do Coletivo Sistema Negro, grupo de ação antirracista na cidade de São Paulo.
Fundação CSN
Gerente Geral da Fundação CSN. Facilitador do Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais, Membro do Conselho Deliberativo do Instituto Arte na Escola e Presidente do Conselho Deliberativo da Sustenidos, OS gestora do projeto Guri.
A relação entre ISP no Brasil e poder público é histórica – dados do Censo GIFE 2018 mostram que 80% dos investidores respondentes adotam estratégias de aproximação com políticas públicas –, e parece ter se intensificado durante a pandemia. Na pesquisa BISC 2020, todas as organizações respondentes apoiaram políticas públicas e/ ou órgãos governamentais no ano passado. Não por acaso, a rede temática de políticas públicas é bastante antiga no GIFE.
A produção de dados e análises comparativas entre os recursos mobilizados pelo campo da filantropia e pelo setor público também tem impacto em como o investimento social privado percebe seu papel. Em qualquer possível agenda de atuação, o montante de recursos do investimento social privado – ainda que seja um capital financeiro poderoso – é irrisório se comparado ao das políticas públicas. Os recursos filantrópicos, portanto, precisam ser alocados de forma estratégica para potencializar os demais investimentos, em especial os realizados pelo Estado.
Mediante os enormes desafios que já se colocam e que ainda estão por vir no pós-Covid, a importância da colaboração com a gestão e políticas públicas se torna ainda mais evidente. Tendo como premissa que somente via políticas públicas conseguiremos a escala que precisamos e com a qual sonhamos e que cada setor tem seu papel e suas atribuições no espaço público e superando, de vez, a visão de que o ISP ou as OSCs existem para substituir o Estado, é preciso fazer crescer o número de organizações da filantropia que colaboram com a gestão pública, diversificar as formas de cooperação e aprofundar essa relação de maneira que se torne cada vez mais eficiente.
Como seguir então ampliando essa cooperação entre os setores? Quais são as travas e as mudanças necessárias para que essa colaboração se potencialize?
Humanize
Georgia Pessoa é advogada, mestre em Gestão Ambiental, com MBA em Direito da Empresa e da Economia e pós-graduação em Direito da Propriedade Intelectual. Atualmente é Diretora Executiva no Instituto Humanize. Anteriormente, foi gerente de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho; diretora da Rare no Brasil; responsável pela Iniciativa Clima América Latina (ICAL/LARCI) no país e gerente de Programas da Iniciativa Andes‐Amazônia (IAA) na Fundação Gordon e Betty Moore, em São Francisco, EUA.
Instituto República
Nasceu no Rio de Janeiro e estudou economia, cinema-documentário e teatro. Em 2003, junto com Nathaniel Leclery, fundou a Matizar Filmes para produzir documentários independentes sobre questões contemporâneas brasileiras. Seus documentários longa-metragem “Fala Tu” e “PQD” foram exibidos em festivais pelo mundo, incluindo Festival de Berlim, Cinéma Du Réel, Internacional de Miami, Festival do Rio e Mostra de São Paulo. Na Matizar, ele produziu “Jogo de Cena” e “Moscou” de Eduardo Coutinho, um mentor e figura inspiradora para Guilherme e para uma geração de pessoas no audiovisual. Em 2015, Guilherme participou do Talent Campus do Festival de Berlim e estreou no cinema de ficção com “Órfãos do Eldorado”. Escrito, produzido e dirigido por Guilherme, o filme é inspirado no romance homônimo de Milton Hatoum. Atualmente, Guilherme prepara um segundo longa-metragem de ficção, “Neuros”, e conclui um documentário sobre pessoas em recuperação de longo prazo de álcool e drogas. Fundador do Instituto República.
Ainda que a população brasileira esteja envelhecendo nas últimas décadas, a juventude ou “as juventudes” são um grupo enorme no nosso país. São quase 50 milhões de brasileiras e brasileiros que têm entre 15 e 29 anos e fazem parte dele. É muita gente, e gente com muita energia e com muito potencial para promover mudanças significativas em todos os contextos da nossa vida social.
Mas a vida não tem sido fácil para os jovens brasileiros. Dentre os muitos desafios que eles precisam enfrentar, um dos piores é o desemprego, que afeta ainda mais os jovens do que os adultos. Se as dificuldades para conseguir um lugar no mercado de trabalho já são enormes, fica ainda mais difícil conquistar uma boa ocupação, um trabalho com sentido em que possam exercer seus melhores talentos. Eles também são os principais afetados pelos alarmantes índices de segurança. Para mudar essa história e fazer com que toda essa potencialidade da nossa juventude vire realidade e ação, o país precisa urgentemente de uma agenda de ações efetivas e coordenadas entre governos, sociedade civil e empresas.
A filantropia e o investimento social privado tem buscado fazer a sua parte. Dados do GIFE mostram que a maioria das organizações associadas têm iniciativas voltadas para o público jovem, desenvolvendo projetos com foco em educação, formação pro trabalho e geração de renda. E o tema é transversal. Mesmo organizações que não têm esse segmento da população como atuação principal, reconhecem e incluem os jovens entre as suas prioridades de investimento.
Falar de juventude é falar de potência.
Como transformar essa potência em realidade? Como ampliar as ações do setor e torná-las ainda mais estratégicas considerando o contexto atual?
Fundação Roberto Marinho
Mestre em Educação pela PUC-RJ, com MBA em web intelligence & digital ambience pela COPPE/UFRJ. Cursou o Programa de Desenvolvimento de Executivos da Fundação Dom Cabral. Pós-graduada em História e Cultura Contemporânea, com Graduação em Pedagogia. Atualmente é Gerente de Desenvolvimento Institucional da Fundação Roberto Marinho e integra a equipe da Pró Reitoria de Ensino do Colégio Pedro II. É membro do Conselho de Governança do GIFE.
Arapyaú e Em Movimento
Psicólogo, músico e educador. Atua desde 1999 em organizações do terceiro setor ligadas a saúde, educação, cultura e meio ambiente. Atuou na interface saúde/educação pensando e executando projetos de educação inclusiva. Como músico-educador, trabalhou com crianças e adolescentes em escolas públicas e particulares por dez anos. Desde 2008 trabalha junto a comunidades tradicionais em projetos socioambientais voltados para a defesa e valorização de identidades, culturas e biomas. É associado fundador da “Associação Educacional Aicó” responsável pela fundação da “Escola Livre Areté”, e presidente da Associação “C de Cultura”, valorização da biosociodiversidade e a preservação de culturas e biomas.
A ciência já demonstrou que o cérebro humano faz cerca de um milhão de conexões por segundo durante o seu desenvolvimento ao longo da infância. Isso vai diminuindo na medida que os seres humanos vão crescendo. O cérebro de crianças e adolescentes estão a pleno vapor absorvendo tudo o que acontece ao nosso redor. Esse desenvolvimento é moldado pelas experiências externas e os cientistas chamam isso de plasticidade cerebral.
Uma infância com cuidado, amor, estímulo, nutrição, leva a um desenvolvimento saudável da criança e possibilita uma vida adulta equilibrada. Por outro lado, as experiências de violência, desnutrição, negligência e falta de acesso a cuidados básicos produz o inverso, trazendo efeitos negativos na arquitetura, na estrutura e no funcionamento cerebral do indivíduo e da sociedade.
É por conta disso que existe cada vez mais urgência de um novo olhar social pra tratar crianças e adolescentes como sujeitos de: “direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-la a salvo de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. Esse é o artigo 227 da Constituição de 88, que falou pela primeira vez sobre os direitos das crianças e adolescentes como uma prioridade absoluta.
O investimento social privado brasileiro tem atuado de forma constante e sólida na busca por garantir esses direitos. Conquistas importantes foram realizadas e precisam ser celebradas, mas há muito por fazer.
Com a chegada da pandemia, houve uma explosão de ocorrências de violência, pois o distanciamento confinou as crianças e adolescentes em casa, isto é, no ambiente onde as violências e abusos mais acontecem. Ao mesmo tempo, e pelo mesmo motivo, os canais e espaços que serviam para reconhecer e denunciar casos de violência, como as escolas e CRAS, foram temporariamente fechados, agravando o problema.
Considerando todo o acúmulo do setor nessa agenda, como seguir avançando? Quais devem ser as diretrizes e as prioridades da atuação do setor nos próximos anos?
Childhood Brasil
Tem 57 anos, casada, mãe de dois filhos e com dupla cidadania (alemã e brasileira). Sempre residente no Brasil é graduada em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas. Com uma trajetória profissional de 35 anos atuou nas áreas de comunicação, marketing, promoção e eventos sempre gerenciando equipes multidisciplinares. sua experiência nestas áreas migrando para atuação em consultoria para projetos sociais e educacionais sempre articulando a importância da intersetorialidade. Em 2015 assumiu Gerência de Programas e Relações Empresariais da Childhood Brasil, uma organização brasileira ligada a World Childhood Foundation fundada pela Rainha Silvia da Suécia com o desafio de estabelecer o braço de assessoramento ao setor privado através da estruturação de programas e iniciativas que previnem e enfrentam a violência sexual contra crianças e adolescentes em ambientes como rodovias, grandes empreendimentos e turismo.
Santander
Gerente de Projetos Sociais do Santander Brasil. Ocupou até o início de novembro a posição de Subsecretária Estadual de Empreendedorismo, Micro e Pequena Empresa e também de Diretora Executiva do Banco do Povo Paulista – primeira mulher desde a sua criação em 1997 a ocupar o cargo. É Conselheira Emérita do Capitalismo Consciente Brasil. Também é palestrante, professora de Finanças Corporativas de pós-graduação e consultora. Possui MBA em Finanças e Controladoria pela Fundação Getúlio Vargas, MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral. Se especializou em Gestão Estratégica pela Business School e Inteligência Competitiva pela ESPM São Paulo. É conselheira da Women in Leadership in Latin America (WILL), ONG voltada para o empoderamento feminino nas organizações e voluntária no Grupo Mulheres do Brasil e Embaixadora do Mulheres do Varejo. Atua também como diretora financeira da Aristocrata Clube. Ano passado, palestrou na TEDxSão Paulo. Em setembro, lançará o livro “Mulheres nas Finanças”, pela editora Leader, onde contará sua trajetória e experiências.
Historicamente, a filantropia e o ISP brasileiro, enquanto setor, concentram-se na execução de projetos próprios. Segundo dados do Censo GIFE (2019), 23% das organizações respondentes são essencialmente financiadoras, 40% essencialmente executoras e 38% híbridas, ou seja, utilizam as duas estratégias nos seus diferentes projetos e programas. O termo que é amplamente utilizado na filantropia em âmbito internacional para nomear estratégias de repasse de recursos financeiros para terceiros, via estratégias de doação, é grantmaking.
Ainda que não exista estratégia certa ou errada em abstrato – sem considerar uma análise profunda do contexto e dos objetivos da atuação – é possível elencar uma lista extensa de vantagens em se adotar o grantmaking como estratégia: o fortalecimento da sociedade civil organizada; a oportunidade de fomentar e fortalecer a pesquisa e a ciência, a gestão e as políticas públicas, os negócios de impacto social e outras organizações de apoio a eles; maior conexão com movimentos de base; a prática do exercício da solidariedade, fundamental para a construção do nosso tecido social; a valorização e potencialização dos saberes e experiência das organizações apoiadas; a possibilidade para que investidores sociais possam apoiar causas com as quais não poderiam se envolver de maneira mais direta por razões variadas; estruturas mais enxutas para gerir seus investimentos sociais, entre outras.
É por tudo isso que, nos últimos anos, o padrão histórico de atuação vem mudando em direção a um investimento social mais doador. O Censo GIFE 2018 apontou um crescimento de organizações que doaram recursos financeiros para terceiros, passando de 21% em 2016 (595 milhões de reais) para 35% em 2018 (1,1 bilhão de reais) e dobrando o volume doado. Para além dos números, as reflexões sobre como fazer grantmaking ganharam espaço e importância e temas como apoio institucional, confiança e grantmaking participativo se apresentam como fronteiras a serem superadas e aspectos a serem desenvolvidos. No GIFE, criamos em 2018 a Rede Temática de Grantmaking e em 2020 lançamos o Portal Grantlab.
Durante a pandemia, o contexto emergencial deu tração a esse movimento. Pela primeira vez, a utilização de estratégias de grantmaking prevaleceu em relação a opção pela execução de iniciativas próprias: 59% dos respondentes da pesquisa Emergência Covid-19, realizada pelo GIFE, utilizaram estratégias de financiamento de iniciativas de terceiros e 50% realizaram projetos próprios.
Além disso, a experiência na ação emergencial, devido a sua urgência e velocidade de resposta, também modificou a forma de fazer grantmaking: houve maior flexibilidade, simplificação de processos, menos controle e mais autonomia para as organizações da sociedade civil do que acontece na atuação regular. Houve ainda investidores que, conscientes da fragilidade das OSCs, decidiram focar parte dos seus recursos para o apoio institucional a essas organizações e a outros grupos, como microempreendedores.
No entanto, há muito espaço para avançar. Ainda que tenham sido fundamentais na resposta à emergência, as OSCs foram profundamente afetadas pela pandemia e o tema da mortalidade das organizações da sociedade civil ou “extinção em massa” de grantees (DALBERG, 2020) em 2020 apareceu como grande preocupação dos envolvidos no terceiro setor. E não sem motivo: em maio de 2020, 46% das organizações da sociedade civil respondentes do estudo Impacto da Covid-19 nas OSCs Brasileiras afirmaram ter orçamento disponível para operar por, no máximo, mais três meses, enquanto somente 9% apontaram conseguir antever disponibilidade orçamentária para mais de 12 meses de operação.
Esta oficina quer debater: como ampliar a prática do grantmaking no Brasil? E como qualificar e diversificar as estratégias de grantmaking de modo que estejam, cada vez mais, a serviço de mais justiça, equidade, garantia de direitos e de transformações sistêmicas nas relações de poder? Como fazer com que os recursos filantrópicos também estejam a serviço do fortalecimento institucional das OSCs?
Instituto Ibirapitanga
É Diretor-presidente do Instituto Ibirapitanga, organização criada em 2017 pelo cineasta Walter Salles. Foi Secretário-Geral do GIFE entre 2013 e 2017. É mestre em relações internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi professor de relações internacionais na Faculdade Santa Marcelina entre 2007 e 2011. Foi fundador e atualmente integra o Conselho Diretor da Conectas Direitos Humanos e também da Oxfam Brasil.
Fundação Lemann
Economista pelo Ibmec RJ e MBA em Gestão de Projetos pela USP. Faz a gestão do portfolio das organizações apoiadas pela Fundação Lemann, desenvolvendo programas de fortalecimento institucional para essas instituições e na gestão de indicadores de impacto. É líder do grupo de diversidade racial da instituição. Já atuou como mentor de jovens lideranças de organizações do terceiro setor e já empreendeu na área de negócios de impacto social. É Fellow Prolíder e membro da REPP – Rede de Economistas Pretas e Pretos.
O convite é para que os participantes sigam as conversas temáticas das oficinas colaborativas da manhã e da tarde do segundo dia de congresso. Teremos duas 2 salas por tema.
Temas: Equidade Racial, Governança e Gestão, Avaliação e Impacto, Comunicação e Advocacy, Inclusão Produtiva, Grantmaking e Fortalecimento da Sociedade Civil, Direitos da Infância e Adolescência, Culturas, Juventudes, Cooperação e Gestão de Políticas Públicas.
Salas de networking
Convide alguém ou um grupo de pessoas para um café e utilize uma das salas de networking que estão disponíveis na plataforma do Congresso.
A mudança climática é um fato científico e as consequências dela já não são possibilidades de futuro, são uma realidade do presente. Afetam a vida de todas e todos nós, especialmente de populações mais vulneráveis e tem um enorme impacto ambiental. Da mesma forma, a dicotomia entre a preservação da Amazônia e o seu desenvolvimento social e econômico precisa ser superada. São inúmeros os exemplos de experiências exitosas que conjugam os dois aspectos. Tais práticas precisam ser estendidas e adotadas como via principal.
As duas agendas, clima e Amazônia, tem uma intensa conexão entre si e são prioritárias quando pensamos no contexto brasileiro e também no global.
Em 2019 o GIFE lançou a iniciativa “ISP por Mudanças Climáticas”, resultado de um diálogo amplo entre atores diversos da sociedade civil que atuam como foco nesta temática.
Em setembro de 2020, como parte das atividades do trilho do Congresso GIFE, o painel Investimento Social pela Amazônia marcou o início da iniciativa “ISP pela Amazônia”, que busca mapear e sintetizar diretrizes para a atuação reforçada da filantropia na região amazônica. O guia fruto do processo iniciado em setembro será lançado logo após o Congresso.
Nesta LIVE reunimos vozes referenciais na construção de caminhos em favor do desenvolvimento inclusivo e sustentável da Amazônia e o impulsionamento de respostas às mudanças climáticas no país, inspirando a expansão dos horizontes de colaboração e atuação da filantropia e do investimento social privado e da sociedade civil de forma ampla nesta agenda.
As nossas perguntas chave para esta LIVE são: Quais são os impactos presentes e potenciais das mudanças climáticas no Brasil? O que é preciso ser feito para contê-los? Como podemos engajar a filantropia e o investimento social para uma atuação mais ampla e coordenada nessas duas frentes? Que possibilidades de envolvimento do setor devem ser priorizadas?
Coalizão Brasil Clima
Como executivo atua em Sustentabilidade/ESG há mais de 30 anos onde
operou em diversas áreas como diretor comercial, diretor de sustentabilidade e CEO de empresas líderes em seus setores. Foi vice-presidente do RSPO – Roundtable on Sustainable Palm Oil, fundador e membro do conselho executivo do POIG – Palm Oil Innovation Group e consultor externo no Banco Mundial/IFC. No setor privado atualmente ocupa os cargos de sócio proprietário da consultoria Brasil EcoCiência e CEO da CBKK S.A – Propósito de Bem Estar e Conservação. No associativo exerce o cargo de presidente do conselho diretor da ABAG – Associação
Brasileira do Agronegocio e co-facilitador da Coalizão Brasil Clima, Floresta
e Agricultura. Ocupa o posto de conselheiro das brasileiras ABRAPALMA –
Associação Brasileira dos Produtores de Óleo de Palma, Conservation
International (seção Brasil), Instituto Arapyaú, do Opportunity Private Equity e do fundo JBS-Amazônia. Nas internacionais WCBEF – Fórum Mundial de Bioeconomia (Finlândia), Black-Jaguar Foundation (Holanda) e reNature (Holanda).
European Climate Foundation
CEO da European Climate Foundation (ECF). Além disso, ela é a Presidente do Conselho de Administração da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Antes de ingressar na ECF, Laurence foi Embaixador da Mudança Climática da França e Representante Especial para a COP21 e, como tal, um dos principais arquitetos do Acordo de Paris. Após a COP21, ela foi nomeada Campeã de Alto Nível para Ação Climática pela ONU.
Rede Mocoronga - Projeto Saúde e Alegria
Ativista Juvenil e mobilizador social, repórter comunitário da Rede Mocoronga de comunicação popular do Projeto Saúde e Alegria, coordenador do Coletivo Jovem Tapajônico. Atua com movimentos juvenis representando de comunidades da Amazônia
Projeto Saúde e Alegria
Educomunicador, coordenador de educação, cultura e comunicação do Projeto Saúde e Alegria. Empreendedor de projetos voltados à juventude e aos direitos da criança e do adolescente de comunidades da Amazônia
A defesa e valorização dos modos de produção e disseminação de ciência e informação de qualidade encontra-se entre os desafios centrais do nosso tempo. Preservar e revitalizar uma esfera pública pautada pelo compromisso com a empiria e os fatos, a pluralidade de atores e ideias, a independência e respeito no debate são condições cada vez mais essenciais para renovar os trilhos de construção de avanços nas várias dimensões da nossa vida coletiva.
A elas soma-se o desafio, também histórico, de fortalecer as bases de produção científica e difusão de conhecimento na sociedade brasileira, seja para amparar a nossa cultura democrática com o bom debate de ideias na cena pública, expandir a democratização de oportunidades e a realização plena de potenciais no país e/ou posicionar-nos de forma efetiva para a inserção na sociedade contemporânea.
Em setembro de 2020, como parte das atividades do trilho do Congresso GIFE, o painel Investimento Social por Ciência e Informação marcou o início da iniciativa ISP por Ciência e Informação, que busca mapear e sintetizar diretrizes para a atuação reforçada da filantropia nesses temas. O guia fruto do processo iniciado em setembro será lançado logo após o Congresso.
A LIVE reúne vozes referenciais na construção de caminhos em favor da produção de ciência e informação múltiplas, diversas e de qualidade no país, inspirando a expansão dos horizontes de colaboração e atuação da filantropia e do investimento social privado e da sociedade civil de forma ampla nesta agenda.
As nossas perguntas chave para esta LIVE são: Quais são os desafios presentes e potenciais das na produção de informação e desenvolvimento da ciência no Brasil? Como podemos expandir o engajamento e a atuação da filantropia e do investimento social privado nessas temáticas? Que caminhos de envolvimento do setor devem ser priorizados?
Nexo Jornal
Cientista Social e doutora em Antropologia Social pela USP, foi diretora de organizações não governamentais, entre elas o International Centre for the Prevention of Crime, no Canadá. Foi consultora do Banco Mundial e do Banco Interamericano para o Desenvolvimento.
Agência Bori
Ana Paula Morales é co-fundadora e coordenadora da Agência Bori, iniciativa para transformação social pela ciência. Ana também é pesquisadora associada no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo na Unicamp e editora-executiva da revista Ciência & Cultura, um dos veículos de divulgação científica mais antigos do país, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Cientista de formação inicial (biomédica com mestrado em Farmacologia pela Unifesp), Ana faz pesquisa e atua profissionalmente com comunicação de ciência há 12 anos. Antes de ajudar a fundar a Bori, trabalhou no governo do Estado de São Paulo em diferentes órgãos relacionados à ciência, tecnologia, inovação e ensino superior e coordenou pesquisas na área de percepção pública da ciência. Faz doutorado em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp.
Instituto do Cérebro da UFRN
Professor titular e vice-diretor do Instituto do Cérebro da UFRN. Bacharel em Biologia pela UnB, mestrado em Biofísica pela UFRJ, doutorado em Comportamento Animal pela Universidade Rockefeller e pós-doutorado em Neurofisiologia pela Universidade Duke. Pesquisa memória, sono e sonhos; plasticidade neuronal; comunicação vocal; psiquiatria computacional; educação; psicodélicos e política de drogas. Diretor da SBPC e pesquisador associado do CEPID FAPESP Neuromatemática. Autor de mais de 100 artigos científicos e de 5 livros de divulgação científica e ficção.
Aqui o convite é para que equipes ou grupos variados – de uma organização específica, de uma rede temática, de um grupo de trabalho, etc. – convidem seus parceiros de trabalho para um papo descontraído no fim do dia.
Esses são pilares fundamentais da essência da democracia que precisam ser resguardados. Contudo, as múltiplas crises do espaço democrático no país e no mundo, acumuladas nos últimos anos, ameaçam essas três esferas e nos impõe uma reflexão sobre as perspectivas e possíveis respostas a elas pela via do revigoramento e aprofundamento da experiência democrática, em lugar da sua erosão.
A LIVE reúne vozes referenciais na construção de caminhos para o aprofundamento da democracia, a expansão de direitos e a promoção da equidade no país, apontando os desafios e horizontes de colaboração e atuação da filantropia e do investimento social privado e da sociedade civil de forma ampla nesta agenda
As nossas perguntas chave para esta LIVE são: Por que é preciso que o investimento social e a filantropia ampliem sua atenção nos desafios relativos à democracia, exercício da cidadania ativa e participação? Como o setor pode aumentar as suas contribuições na busca por soluções para os problemas relacionados a estas agendas no contexto atual? Quais são as prioridades mais estratégicas para a atuação?
Fundação Ford
Atila Roque é Diretor da Fundação Ford no Brasil, coordenando todo o trabalho operacional e programático. Antes de ingressar na Ford, atuou como Diretor Executivo da Anistia Internacional no Brasil. Foi também Diretor Executivo do INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos e da Action Aid Internacional-USA em Washington DC. Teve diferentes cargos durante 17 anos no IBASE, uma das mais importantes ONGs do Brasil. Sua experiência inclui também três anos em Tóquio como pesquisador visitante no “Pacific-Asia Research Center”. Atila é Historiador pela UFRJ e Mestre em Ciência Política pelo IUPERJ/UCAM.
FGV Direito SP
Diretor da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito SP). Atuou como Procurador do Estado em São Paulo, Diretor Executivo do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Crime (ILANUD), Secretário Executivo da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos, consultor jurídico do Centro de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo. Participou dos conselhos de Direitos Humanos da Open Society Foundation (OSF) e do Instituto Ethos. Foi fundador e diretor da organização Conectas Direitos Humanos, do Instituto Pro Bono e da Liga Global de Escolas de Direito (LSGL). Realizou pesquisas como Global Fellow do Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars. É membro fundador e conselheiro da Comissão Arns de Direitos Humanos. Oscar Vilhena escreveu vários livros e artigos acadêmicos sobre direito constitucional, direitos humanos e direito e desenvolvimento. Entre suas mais recentes publicações estão: “Direitos Fundamentais – uma leitura da jurisprudência do STF”, “Direitos Humanos e Vida Cotidiana” e “A Batalha dos Poderes”. Atua como colunista do jornal Folha de São Paulo e na advocacia tem se concentrado em casos de interesse público.
UNEafro
É jornalista e escritora. Doutora em ciência da informação e mestra em educação pela Universidade de São Paulo. Autora de “Quando me descobri negra” e de uma biografia de Sueli Carneiro, em processo de edição. Pela UNEafro, colaborou com a articulação da Coalizão Negra Por Direitos e agora se dedica à estruturação do Instituto de Referência Negra Peregum.
O convite é para que os participantes conversem sobre sua experiência pessoal ou tragam histórias inusitadas após um ano de home office.
Como você está se sentindo trabalhando em casa? Voltaria pro escritório? Seguiria em casa? Quais são as maiores dificuldades que te desafiam? Quais são as melhores coisas de trabalhar em casa? Conte uma história engraçada ou inusitada sobre home office.
Salas de networking
Convide alguém ou um grupo de pessoas para um café e utilize uma das salas de networking que estão disponíveis na plataforma do Congresso.
Cada vez mais, dados e evidências têm se mostrado aliados imprescindíveis para a implementação de estratégias de transformação social sólidas e de longo prazo. Isso se aplica tanto às agendas de trabalho da filantropia, como ao próprio desenvolvimento do campo como um todo.
Em 2019, o GIFE criou o Grupo de Conhecimento, formado por algumas das principais organizações produtoras de conhecimento do campo da filantropia para dialogar sobre oportunidades, desafios e lacunas na produção de conhecimento. No mesmo ano, a lançamos também o Mosaico – Portal de Dados do Investimento Social, que abriga dados e análises aprofundadas do Censo GIFE 2018; a Base de Projetos, plataforma que agrega iniciativas executadas e financiadas por investidores sociais; e o Diretório de Pesquisas, que reúne as principais pesquisas, publicações e plataformas que congregam dados sobre o campo.
Em 2020, com a pandemia da Covid-19, a articulação pela produção de dados e evidências ficou ainda mais fortalecida. Um dos destaques da atuação filantrópica entre março e dezembro de 2020, foi justamente a produção célere, intensa e em tempo real de dados, informações e conhecimento em diversas áreas, sobre o enfrentamento e os impactos da Covid-19 no setor. Em poucos meses, investidores sociais e organizações intermediárias do campo, OSC, consultorias e acadêmicos produziram sistematizações, estudos e pesquisas que envolveram a coleta de dados sobre os recursos investidos e a atuação dos mais diversos atores do campo da filantropia e do ISP. Neste contexto, outra iniciativa em rede do GIFE que ilustra tal articulação, foi a criação de um grupo de trabalho de investidores sociais com foco na emergência, a partir do qual foi produzido um documento com diretrizes para atuação do campo durante a crise, bem como foi lançada a plataforma Emergência Covid-19, que reúne um rol de informações sobre a atuação dos investidores sociais na pandemia, além de iniciativas, campanhas e fundos. Um dos produtos desse trabalho foi a produção da série de publicações Estudos Emergência Covid e o lançamento do seu primeiro artigo, um estudo sobre o uso de dados no setor social.
E agora, passados 12 meses de imersão neste cenário de emergência, quais os desafios e oportunidades vem se construindo para a produção de conhecimento no campo? Que lacunas de dados e análises são estratégicas e precisamos conseguir preencher nos próximos anos? Que esforços de colaboração e coordenação precisam ser priorizados na produção de conhecimento? Que formas de fazer e paradigmas da produção de conhecimento precisamos rever e transpor?
Fundação José Luiz Egydio Setubal
É pesquisador e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Filantropia da Fundação José Luiz Egydio Setúbal (FJLES) e professor da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV). Tem doutorado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), além de mestrado em Ciência Política e graduação em Ciências Sociais pela mesma universidade. Foi pesquisador visitante na Georgetown University (2015-2016) e realizou pesquisa de pós-doutorado no Centro de Estudos da Metrópole (CEM/USP), onde atualmente é pesquisador associado.
IPEA
Especialista em políticas públicas e gestão governamental (EPPGG) com graduação e mestrado em Ciência Política (UnB), doutorado em Sociologia (UnB) e pós-doutorado em Planejamento e Gestão do Território (UFABC). Atua na administração pública federal desde 2007 em órgãos como Casa Civil da Presidência da República (CC/PR) onde desempenhou atividades como Assessora Especial, Subchefe Adjunta de Assuntos Sociais (SAM/CC), Coordenadora Executiva do Programa Territórios da Cidadania (PTC) e no monitoramento no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) foi Assessora Especial e Diretora de Gestão e Acompanhamento do Plano Brasil sem Miséria (BSM). Atualmente é pesquisadora da Diretoria de Estudos e Políticas sobre Estado, Instituições e Democracia no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
A dedicação a processos de ação e colaboração para o desenvolvimento regional e territorial em pontos diversos do país insere-se entre as dimensões principais da atuação do investimento social privado no Brasil.
A partir do envolvimento de grandes empresas com a promoção da ação cidadã e pública nas suas regiões de presença ou da iniciativa de fundações e institutos familiares ou independentes comprometidos com a adoção do território como espaço central para a condução de processos integrais de cooperação multissetorial e de desenvolvimento, são múltiplos os casos de organizações trabalhando com essa perspectiva e conjugando esforços cotidianos com outros agentes na sociedade civil, nos órgãos governamentais e na esfera pública em geral, a partir de uma visão integral do território, do fortalecimento das políticas públicas e da valorização dos saberes locais.
Quais são os desafios e prioridades para produzir desenvolvimento territorial no Brasil? Que estratégias e modos de atuação devem ser priorizados pela filantropia ao olhar para atuação territorial?
Instituto Alcoa
Atua no campo social há mais de 20 anos. Ingressou no Instituto em 2004 desenvolvendo projetos e programas comunitários em diversas regiões do país, implementou processos de mudança estratégica, engajamento e mobilização nos territórios, além do fortalecimento de parcerias. É Diretora Executiva do Instituto Alcoa desde 2020, com foco de promover coletivamente a educação e o desenvolvimento dos territórios onde a Alcoa opera. Tatiana Bizzi é formada em Relações Públicas pela FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado com diversas formações no campo social, comunicação, gestão e liderança em organizações como FGV, USP, Aberj e Insper.
Fundação Vale
Formada em Comunicação Social com foco em Jornalismo, pela UniverCidade, no Rio de Janeiro e MBA em Gestão Empresarial pela Universidade Federal Fluminense – UFF, pautou sua carreira na área social, tendo como experiencia passagem por empresas multinacionais de grande porte do setor extrativista, como Vale, BG Group (antiga British Gas) e Shell. Nessas empresas, trabalhou com Relacionamento com Comunidades, Diretos Humanos, Gestão de Impactos, Licenciamento socioambiental, Performance Social, Leis de Incentivo Fiscal, entre outras. Atualmente, é Diretora da Fundação Vale.
Um dos aspectos fundamentais para promover, fortalecer e ampliar as contribuições do setor e potencializar o seu impacto refere-se a um ambiente legal favorável para a sua atuação.
Entre 2017 e 2020 o GIFE, em conjunto com uma ampla rede de parceiros, desenvolveu o projeto Sustenta OSC, com foco nos aspectos legais que incidem sobre questões relacionadas à sustentabilidade financeira da sociedade civil organizada no Brasil.
Agendas como a revisão do ITMCD – imposto que também incide sobre doações a organizações da sociedade civil -, o debate sobre a ampliação de fundos patrimoniais, o marco regulatório que regula as parcerias entre organizações da sociedade civil e poder público e sobre incentivos fiscais para doações de pessoas físicas foi amplamente discutido e muitos avanços foram conquistados. As publicações fruto do trabalho coletivo no âmbito do projeto analisaram cada uma dessas temáticas em profundidade e muitos atores somaram-se a essas agendas com iniciativas que fortaleceram a atuação.
O grupo Sustenta OSC, desde a sua criação em 2016, foi um espaço importante de articulação e coordenação de esforços colaborativos nessa direção.
No entanto, ainda há um espaço enorme para o desenvolvimento e a construção de um ambiente legal e regulatório que promova a ação cidadã no país.
Como aprofundar e seguir o trabalho desses últimos anos? Quais são as principais agendas que precisam estar nas prioridades do setor nos próximos anos?
ABCR
Diretor executivo da ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos. Professor e coordenador do Fundo de Bolsas da FECAP, administrador e mestre em administração pública pela FGV-SP, e bacharel em Direito pela USP. Conselheiro da Fundação Amor Horizontal, da Kibô-no-Iê e do Conselho Regional de Administração de São Paulo.
Mattos Filho
Sócia do escritório Mattos Filho. Dedica-se, exclusivamente, ao terceiro setor e à responsabilidade social, assessorando entidades sem fins lucrativos, empresas e instituições culturais. É especialista em estruturação de negócios sociais, direitos humanos, reorganização societária, contratos, tributos, societário, processos administrativos e consultorias a empresas nacionais e estrangeiras atuando nas mais diversas áreas, como educação, saúde, cultura, ambiental e microcrédito. Pioneira do programa Pro Bono no escritório, atua ativamente no desenvolvimento e amadurecimento da cultura pro bono na região.
Direito das mulheres é uma pauta que está cada vez mais em evidência na sociedade e no investimento social privado também. E ela atravessa muitos temas importantes, como saúde, educação, segurança pública, cultura, economia, educação, sexualidade, políticas públicas, diversidade e representatividade. O fato é que as mulheres exercem um papel social muito importante e ainda pouco valorizado. A lista dos maiores desafios para os direitos das mulheres hoje no Brasil é bastante extensa: menores salários, maiores taxas de desemprego. Nas empresas, mulheres ocupam muitos menos cargos de liderança. Na política, ocupam muito menos cadeiras. Na vida privada, convivem com índices alarmantes de assédio e de violência, na maior parte das vezes dentro da própria casa.
Tem isso tudo e sabemos que tem muito mais. Mesmo dentro da própria história pelos direitos das mulheres, existem ainda outros entraves importantes para serem discutidos. Questões como a confusão conceitual e a disputa política em torno dos significados de feminismo e machismo. Também a conjuntura atual de retomada de valores mais conservadores que frequentemente se contrapõem a direitos, inclusive aqueles já conquistados, e a pouca visibilidade à dimensão racial no debate sobre gênero.
Então, considerando tudo isso, como será que o investimento social privado pode contribuir mais com os direitos das mulheres?
Fundo Elas
Amalia Fischer é coordenadora geral do Fundo Elas. É uma ativista mexicana-nicaraguense e feminista desde 1975 que fundou o Fundo em 2001 com outras nove mulheres o fundo para aumentar a conscientização sobre as contribuições femininas e as questões femininas, enquanto mudava os padrões das doações filantrópicas tradicionais. É PhD em comunicação e cultura e foi professor de ciência política na Universidad Nacional Autónoma de Mexico por 20 anos. Amália também é Ashoka Fellow e Senior Fellow do Synergos, atua no conselho do Fundo de Ação Urgente pelos Direitos Humanos da Mulher.
Instituto Avon
Lidera o Instituto Avon em suas iniciativas no enfrentamento da violência contra a mulher e no combate ao câncer de mama no Brasil. Ela promove a conscientização e engajamento de diferentes grupos de interesse da sociedade para transformar atitudes e comportamentos, levando estes temas tabu à pauta do debate público, promovendo o resgate das vítimas do isolamento ao empoderamento. Daniela é colunista da revista Exame, escrevendo sobre temas ligados a cultura e equidade de gênero.
O Instituto Avon é o braço de investimento social da Avon, empresa privada que investiu mais de 170 milhões em ações sociais voltadas às mulheres no Brasil. Há 18 anos o Instituto Avon se dedica a salvar vidas por meio do apoio e desenvolvimento de ações que tenham em sua essência a premissa de superar dois dos principais desafios à plena realização da mulher: o câncer de mama e as violências contra as mulheres e meninas. Até 2020, o Instituto já apoiou a realização de mais de 300 projetos e ações, beneficiando 6 milhões de mulheres.
Leitura e escrita é um tema histórico no GIFE. Em 2012 foi criada a LEQT, uma das redes temáticas mais antigas do GIFE. A sigla significa “Leitura e Escrita de Qualidade para Todos”.
Ler e escrever são como alimentos para pessoas desenvolverem a razão intelectual e a sensibilidade. Também são habilidades fundamentais para ampliar o repertório cultural e as possibilidades de interlocução, além de serem ferramentas essenciais para o acesso ao mercado de trabalho. Mas mais do que isso, aprender a ler e escrever é um direito fundamental inclusive para que se possa exercer outros direitos e deveres que todos temos como cidadãs e cidadãos.
É óbvio, mas não está dado.
No Brasil, esse ainda é um enorme desafio. No nosso país, apesar das muitas conquistas decorrentes de todos os esforços das últimas décadas, o acesso à cultura escrita ainda é marcado por muitas desigualdades.
Como ampliar a contribuição da filantropia e do investimento social para democratização da leitura e da escrita por meio da cooperação entre o setor público e a sociedade civil?
Fundação SM
Gerente da Fundação SM há 7 anos. Formada em Psicologia pela PUC Goiás. Possui Pós Graduação em Gestão de Projetos Sociais e MBA em Gestão, Liderança e Coaching pela Sociedade Latino Americana de Coaching e Fundação De Sociologia e Política de São Paulo. Atua há mais de 13 anos na Gestão de Projetos sociais em organizações da sociedade civil, Institutos e Fundações empresariais.
Instituto Natura
Desde 2000 atua na área de Educação. Essa trajetória se inicio em seu processo formativo, uma vez que é formada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e possui os títulos de mestre e doutora na área de Educação do Programa: História, Política e Sociedade da PUC-SP. Já atuou como professora alfabetizadora por 8 anos em escolas de Educação Infantil. A partir de 2008 atuou como formadora de professores pela CE-CEDAC. E desde 2013 exerce atividades voltadas a gestão de Projetos no Instituto Natura. Atualmente é gestora da área de Alfabetização na Idade Certa do Instituto Natura e lidera algumas iniciativas que apoiam Políticas Públicas de Alfabetização em Regime de Colaboração, beneficiando alguns estados brasileiros.
Já há vários anos, o investimento social privado vem se aproximando do campo dos negócios de impacto social e ambiental. Segundo o último Censo GIFE, o volume de recursos repassados aumentou em 2018. Entre os investidores sociais que ainda não se relacionam com essa agenda, apenas 18% não tem intenção de atuar, demonstrando o enorme interesse da filantropia pelos negócios de impacto social.
Esse acercamento entre os dois campos fez-se em paralelo à própria evolução do ecossistema de investimento e negócios de impacto social no Brasil. Esse ecossistema evoluiu enormemente ao longo da última década e em especial nos últimos anos. Esse desenvolvimento tem influenciado o modo de fazer filantropia, somando novas camadas e debates.
As reflexões sobre a atuação das empresas na sociedade e sua corresponsabilidade pelos desafios coletivos, por um lado, e a busca da ação filantrópica por novas estratégias que enderecem os desafios acumulados, por outro, aumentaram o interesse da filantropia por estratégias que dialogam com o apoio a investimentos e negócios de impacto.
Em outubro de 2015, a Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto, na época chamada Força Tarefa de Finanças Sociais, lançou uma publicação com 15 recomendações prioritárias, com vistas a dar continuidade à consolidação do mercado de Investimento de Impacto. No ano seguinte, criou-se no GIFE a Rede Temática de Investimento e Negócios de Impacto. Em 2018 o GIFE lançou uma publicação que aprofunda o olhar sobre a relação da filantropia e os negócios de impacto.
5 anos depois, em 2020, a Aliança fez uma balanço dos avanços e, com base em estudos, escutas e colaborações, 9 novas recomendações foram estruturadas para avançar a agenda dos investimentos e negócios de impacto no Brasil até 2025.
Como a filantropia e o investimento social podem contribuir para aumentar o número e a qualidade dos modelos de negócio comprometidos em resolver problemas socioambientais? Como o setor pode potencializar as organizações intermediárias que qualificam as conexões desse campo e apoiar a estruturação de um macroambiente favorável? Quais são as prioridades do investimento social privado para somar avanços na agenda dos investimentos e negócios de impacto no Brasil?
Feira Preta
CEO Instituto Feira Preta, formada em gestão de eventos com especialização em gestão cultural pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (CELACC) da ECA – USP. Em 2017 foi homenageada junto ao Lázaro Ramos e de Taís Araújo como os 51 negros com menos de 40 anos mais influentes do mundo segundo o Mipad, premiação mundial, reconhecida pela ONU. O ano de 2019 foi bastante especial, pois Adriana Barbosa venceu a categoria Troféu Grão do Prêmio Empreendedor Social promovido pela Folha de São Paulo, com a aceleradora Pretahub e também vencedora da categoria Empreendedorismo e Negócios do Prêmio CLAUDIA 2019, recebendo o troféu de Luiza Trajano do Magazine Luiza.
ICE
Economista por formação, articuladora e captadora por vocação e otimista por escolha. Diretora executiva do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) desde 2012, antes teve várias posições na Ashoka: Diretora da Ashoka Canada (2009/11), Managing Director da Ashoka Global Fellowship (2007/09) e Diretora da Ashoka Brasil e Paraguai (2002/07). Trabalhou no Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), como Coordenadora do Programa Doar de desenvolvimento de fundações comunitárias (2000/02). Criou a empresa de consultoria em captação de recursos, Philantropics em 1994 e trabalhou como Diretora de Desenvolvimento Institucional da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (EAESP/FGV) de 1994 a 2000. Lecionou cursos de captação de recursos e empreendedorismo social (1995 -2007) em diversas escolas como EAESP/FGV, FEA/USP, SENAC, FOS. É graduada em economia pela FEA/USP e tem seu mestrado pela EAESP/FGV com intercâmbios na ESSEC, França e York University, Canadá. É conselheira do Sistema B Internacional, Imaflora, Fundo Elas, Fundo BemTeVi, Rede Latinoamericana de Venture Philanthropy (Latimpacto) e do conselho consultivo dos Fundos de Investimento Responsável do Itaú e do Fundo Patrimonial do Instituto Rodrigo Mendes. Fez o curso Governing for Non-Profit Excellence em Harvard (set 2017). É co-autora do livro Captação de Diferentes Recursos para Organizações Sem Fins Lucrativos, 2000.
O Investimento Social Empresarial é parte da origem e da história do GIFE e do próprio conceito de investimento social privado no Brasil. As empresas e seus institutos e fundações são o grupo mais expressivo em termos de volume de investimento e número de organizações no investimento social brasileiro.
No último Censo GIFE, 65% dos respondentes eram de origem empresarial. E dos 3,25 bilhões investidos em 2018, quase 80% vieram da filantropia empresarial. Em 2020, 85% das doações dirigidas para o enfrentamento da emergência foram realizadas pelo setor privado. Esses números contam da importância da atuação das empresas na filantropia.
Por conta disso, no GIFE, temos nos dedicado bastante a estudar esse perfil de investidor social – das tendências e práticas do investimento social empresarial ao tema do alinhamento entre o investimento social privado e o negócio.
Nos últimos anos as reflexões ganharam muitas novas camadas.
No âmbito do Congresso abordamos esse tema na mesa que aconteceu na semana de abertura do evento, em agosto. A mesa Empresas e Sociedade trouxe reflexões sobre a atuação das empresas nos nossos desafios públicos. Voltamos a pautar o tema em fevereiro com a mesa Nova Economia, parte da série Diálogos Contemporâneos.
A demanda por um ambiente empresarial renovado, sintonizado à agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que incorpore indicadores sociais e ambientais de longo prazo e preocupado com a atuação da sua cadeia de fornecedores, ganha amplitude pela demanda da sociedade e dos investidores. Exemplos disso são o aumento de fundos – acelerados durante a pandemia – que seguem o critério ESG (environmental, social and corporate governance) como parâmetro de investimento e a tendência do ‘capitalismo de stakeholders’, no qual o foco da empresa recai na produção de valor positivo para toda a sociedade e não apenas no resultado financeiro voltado a seus acionistas.
Tendo em vista todo esse acúmulo e os novos desafios que o contexto presente aprofunda, em que sentido deve caminhar o investimento social empresarial no Brasil?
Fundação Telefônica Vivo
Americo Mattar é Engenheiro de Produção graduado também em Comércio Exterior e pós-graduado em Gestão de Projetos, é diretor presidente da Fundação Telefônica Vivo desde novembro de 2015. Ingressou na Fundação em 2012, como gerente de Planejamento, Finanças e Jurídico, vindo da Vivo onde passou pelas áreas de Finanças, Engenharia e Operações. Antes, atuou na Whirlpool e Citibank nas áreas de atendimento ao cliente e comercial. À frente da Fundação, seu foco é promover o protagonismo social por meio da inovação educativa aplicada a novas metodologias de ensino-aprendizagem, ao empreendedorismo jovem e ao exercício da cidadania.
Comunitas
É diretora-presidente da Comunitas e eleita Empreendedora Social do ano de 2020 pela Folha de S. Paulo. Trajetória desenvolvida como pró-reitora financeira e comunitária na Universidade São Marcos, Diretora de Projetos Especiais do gabinete do Ministro da Educação (Paulo Renato Souza) e junto ao conselho do Programa Universidade Solidária, na presidência da República, e experiência no The Paul University, Chicago. Participação ativa na construção e desenvolvimento do Programa Alfabetização Solidária bem como da fundação da Associação AlfaSol em 1998. É cofundadora do Programa Juntos, com grandes líderes empresariais.
Regina atua ainda como conselheira junto a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), é articulista fixa da Revista Exame e foi reconhecida como mulher de sucesso, pela Revista Forbes, em 2020.
Os desafios socioambientais brasileiros são cada vez mais complexos e, portanto, além da necessidade de um maior volume de recursos, a diversidade de olhares para estas questões é também mais do que bem vinda.
Para que possamos potencializar a nossa capacidade de mobilizar novos recursos privados para produção de bem público, é preciso ampliar as possibilidades de engajamento por meio de novas arquiteturas em que doadores (pessoas ou organizações) com menos recursos e com graus muito diferentes de engajamento no universo filantrópico se somem a iniciativas novas ou existentes.
O investimento social independente refere-se a um conjunto de organizações de perfis muito variados, – não vinculados a uma única família ou empresa no que diz respeito a sua governança e mobilização de recursos – que tem a importante função de trazer diversidade, em diferentes dimensões, à atuação da filantropia.
Fundos que se constituem como organizações são exemplos desse universo. São um formato eficaz para mobilizar recursos financeiros para uma causa específica, facilitando a colaboração e o cofinanciamento entre as partes interessadas.
As organizações comunitárias são um fenômeno global e também compõem o grupo de investidores sociais independentes.
Por fim, a criação de mecanismos criativos que estimulem a doação em situações pouco prováveis, como arredondamento de centavos no caixa do supermercado, comprando uma revista no momento de pagar os medicamentos na farmácia ou campanhas de doações via financiamento coletivo (crowdfunding), com muita autonomia para seus idealizadores e possibilidade de divulgação descentralizada e participativa vem contribuindo de forma poderosa para essa ampliação.
Como promover o aumento do investimento social independente no Brasil? Que caminhos e formatos devem ser priorizados? Quais são os debates centrais destes investidores? Que desafios e obstáculos precisam ser ultrapassados?
Instituto Clima e Sociedade
É Diretora Executiva do Instituto Clima e Sociedade -iCS. Economista e doutora em Ciência Política, Ana possui longa trajetória no trabalho junto ao terceiro setor e no fomento de projetos voltados à justiça social, à promoção de políticas públicas, à área do meio ambiente e mudanças climáticas e à filantropia. Ana foi Presidente de Conselho do Greenpeace Internacional (2011 a 2017), diretora da Fundação Ford no Brasil (2003-2011) e da ActionAid Brasil (1998-2003). Foi membra do conselho do GIFE, Fundo Baobá para Equidade Racial e Sociedade e Wikimedia Foundation entre outros. Atualmente é integrante dos conselhos da Gold Standard Foundation, Instituto República, Transparência Internacional- Brasil, e do Instituto Pesquisa Ambiental da Amazônia -IPAM.
Rede de Filantropia para a Justiça Social
Mestre em educação e doutora e política social. Consultora, professora e pesquisadora na área social. Foi diretora executiva do Instituto Rio (fundação comunitária) e atualmente é coordenadora executiva da Rede de Filantropia para a Justiça Social. Autora de artigos e livros com temáticas vinculadas a políticas públicas, movimentos sociais e filantropia. Organizadora do livro Filantropia de Justiça Social. Sociedade Civil e Movimentos Sociais no Brasil (2018).
Há alguns anos, o GIFE tem observado um aumento expressivo no número de organizações de origem familiar no campo e na composição da nossa base de associados.
Reconhecemos neste segmento do setor um eixo essencial de atenção, pesquisa e ação. Atualmente quase 25% dos associados do GIFE são institutos e fundações de origem familiar. Em 2008 eram 7%.
Por conta disso, nos últimos anos abraçamos o investimento social familiar entre as frentes contínuas de trabalho no GIFE.
Realizamos encontros exclusivos com este perfil de investidor e desenvolvemos uma das primeiras pesquisas sobre esta temática no Brasil: “Retratos do Investimento Social Familiar”.
Nesse processo, pudemos confirmar o imenso potencial de crescimento e aporte do investimento social familiar para o país. Dialogamos com a vocação deste universo para a independência e inovação na atuação – somando recursos, esforços e competências para a expansão do engajamento do investimento social com causas múltiplas da nossa sociedade, a experimentação de novos modos de abordá-las e a construção de parcerias ampliadas com a sociedade civil e o setor público.
Com a mobilização de resposta desencadeada pela pandemia, muitas novas famílias realizaram doações expressivas de forma pública. Além disso, se posicionaram e se envolveram com as estratégias de enfrentamento à crise.
Como fazer crescer o envolvimento de famílias de alta renda com ações de filantropia e investimento social, tanto somando novos atores/doadores como também ampliando e qualificando o trabalho das famílias que já estão envolvidas?
Instituto Beatriz e Lauro Fiuza
É uma empreendedora apaixonada por educação e por negócios de impacto social. Foi co-fundadora do Instituto Beatriz e Lauro Fiuza, que dirigiu por sete anos, promovendo melhorias na qualidade de vida de milhares de famílias em zonas de risco de Fortaleza, por meio da arte e do esporte. Antes disto, trabalhou como fotógrafa e produtora cultural por dez anos, no Brasil e no exterior. É formada em Comunicação Social pela Unifor, em Fotografia pela Université Paris 8, mestre em Antropologia Visual e da Mídia pela Freie Universität (Berlim), e está concluindo uma especialização em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica pela Uni7. Tem dois filhos com outro empreendedor desarrazoado e muita fome de mundo. E acredita que somos todos seres coletivos, conectados uns aos outros e co-responsáveis pelo mundo onde vivemos.
IDIS
É diretora-presidente do IDIS. Tendo passado pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Instituto Akatu, Grupo Votorantim, BankBoston e no Lloyds Bank em Trade Finance. É economista formada pela FEA-USP, com MBA pela Stern School of Business – New York University, especialização em Endowment Asset Management na London Business School, Yale e Cambridge, e Gestão de Organizações do Terceiro Setor na FGV. Atualmente cursa o Doutorado na FGV. Certificada na ferramenta de avaliação SROI (Social Return on Investment), faz parte dos Empreendedores Cívicos da RAPS(Rede de Apoio Político pela Sustentabilidade), é membro do Conselho do Instituto Vladimir Herzog e do Conselho Administrativo da WINGS – Worldwide Initiatives for Grantmaking Support.
“Sonhamos com uma sociedade onde as pessoas doam generosamente. Onde causas e organizações recebem os recursos necessários para cumprir seu papel e compor uma sociedade civil organizada, vibrante, forte, autônoma, e com isso a democracia fica mais forte. Onde cada cidadão tem consciência do seu papel social e da relevância da sua doação para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, da sua comunidade e do nosso país. Onde doar se tornou cultura.”
Assim enuncia o início do Manifesto do Movimento por um Cultura de Doação.
Traçar o panorama de qualquer coisa em plena pandemia da Covid-19 é um grande desafio. Não é diferente quando falamos de doação. Poucos aspectos da sociedade foram afetados positivamente pela pandemia. Mas se essa lista existir, talvez a cultura de doação seja parte dela. A pandemia iluminou a imensa capacidade da ação cidadã e da sociedade civil e ela foi sustentada pela, talvez, maior mobilização de doações da nossa história, acompanhada em tempo quase real pelo Monitor de Doações. Doação virou manchete na mídia, quadro de destaque nos jornais televisivos.
Em meio a tudo isso, em agosto de 2020 na semana de abertura do Congresso GIFE, o Movimento por um Cultura de Doação lançou o documento de diretrizes que, construído coletivamente, pauta as direções e prioridades que precisamos seguir com pistas sobre estratégias e atores que nelas precisam estar envolvidos.
Agora fica o desafio: como aproveitar essa mobilização sem precedentes para avançar na construção de um Brasil mais doador? Como a atuação do investimento social e filantropia pode participar de forma mais contundente nas bases daquilo que possibilita a sua própria existência – a cultura de doação no Brasil? Como engajar novos atores e articular este ecossistema para um esforço coletivo por esta causa?
Movimento por uma cultura de doação
Advogada formada pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie e com LLM pela Faculdade de Direito da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos e Pós Graduação em Prática Social Reflexiva pela Proteus Initiative, na África do Sul. Atualmente é Diretora da Associação Acorde, organização social que trabalha pelo desenvolvimento humano de crianças e jovens em Embu das Artes e Cotia. Co-Criadora e membro do Comitê Coordenador do Movimento por uma Cultura de Doação no Brasil, uma rede colaborativa de pessoas e organizações dedicada à promoção da cultura de doar no Brasil. Membro do Conselho do Dia de Doar e do Conselho de Avaliação do Fundo Bis.
Editora MOL
Formado em Administração de Empresas pela FGV-SP, com especialização em Empreendedorismo Social pela Universidade de Stanford (EUA), é fundador ao lado da jornalista Roberta Faria da Editora MOL, editora de impacto social que em parceria com redes varejistas já doou mais de R$ 36 milhões a dezenas de organizações sociais. Além de exercer há mais de uma década a direção executiva da MOL, é conselheiro do Instituto ACP e investidor em startups do ecossistema de negócios de impacto. Vencedor em 2009, com o trabalho da MOL, dos prêmios Aberje, Anatec e Fecomercio de Sustentabilidade. Eleito em 2018 Empreendedor Social do ano pela Folha de São Paulo. Eleito em 2019 Empreendedor Social pela Schwab Foundation, organização ligada ao Fórum Econômico Mundial.
O convite é para que os participantes sigam as conversas temáticas das oficinas colaborativas da manhã e da tarde do segundo dia de congresso. Teremos duas 2 salas por tema.
Temas: Conhecimento, Leitura e Escrita, Direito das Mulheres, Desenvolvimento Territorial, Ambiente Legal, Cultura de Doação, Investimento Social Familiar, Investimento Social Independente, Investimento Social Empresarial, Investimentos e Negócios de Impacto.
Salas de networking
Convide alguém ou um grupo de pessoas para um café e utilize uma das salas de networking que estão disponíveis na plataforma do Congresso.
A Live que encerra o Congresso será uma plenária de microfone aberto para respondermos juntas e juntos:
Quais são as nossas diretrizes e prioridades – como filantropia, investimento social privado e sociedade civil organizada – para avançar com a velocidade necessária e em sintonia com a urgência do contexto e com os desafios do século XXI?
Puxam a conversa: Luis Fernando Guggenberger (Instituto Vedacit), Andre Ferreti ou Omar Rodrigues (Fundação Grupo Boticário), Virgilio Viana (FAS – Fundação Amazônia Sustentável)
E na sequência deles, todos/as os/as participantes presentes estão convidados a compartilhar suas visões.
E para celebrarmos esses 3 dias de encontro, a importância fundamental da arte e da cultura, e recarregar energias para seguir, finalizamos com um show ao vivo da Mônica Salmaso e Teco Cardoso.
Fundação Amazonas Sustentável
PhD por Harvard e pós-doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade da Flórida, Virgilio Viana é o atual superintendente-geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS). Foi o primeiro secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, entre 2003 e 2008, onde reduziu o desmatamento em 70%, e atualmente é membro do grupo de trabalho sobre Ética da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano. Graduou-se em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), foi professor do Departamento de Ciências Florestais na ESALQ/USP (1989-2009), com dezenas de livros e centenas de artigos publicados no Brasil e no exterior. Coordenou o processo de consultas nacionais que deu origem ao Forest Stewardship Council (FSC) em 1993. Foi fundador e presidente do Imaflora (1993-2000). Participou da estruturação do Center for International Research (CIFOR), do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e do Fundo Brasileiro de Biodiversidade (Funbio). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE), da Associação Paulista dos Engenheiros Florestais (APAEF), e vice-presidente da Associação Brasileira dos Secretários de Estado do Meio Ambiente (ABEMA).
Instituto Vedacit
Head de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit. Coordena as iniciativas de Inovação Aberta e Sustentabilidade da empresa e o Instituto Vedacit. Formado em Publicidade e Pós-Graduado em Relações Públicas. Vem atuando nos últimos anos nos campos da Inovação e Empreendedorismo Social, de Tendências e dos Negócios de Impacto Social. Atuou em organizações como Fundação Telefônica Vivo, Projeto Arrastão, Projeto Casulo e Fundação Gol de Letra.
Fundação Grupo Boticário
Formada em Administração, especialista em Marketing e Branding, com mais de 15 anos de experiência, gerencia a área de Educação e Engajamento da Fundação Grupo Boticário e é responsável por estratégias e campanhas de engajamento e sensibilização da sociedade para a causa ambiental.
Musico
É um saxofonista e flautista brasileiro, que tem se dedicado ao desenvolvimento de uma linguagem própria e brasileira para seus instrumentos (toda a família dos saxofones, flautas transversais e mais uma bela coleção de flautas indígenas brasileiras, pifes e flautas de bambu).
Cantora
Mônica Salmaso começou sua carreira na peça “O Concílio do Amor” dirigida pelo premiado diretor Gabriel Villela em 1989. Em 1995, gravou o CD Afro-sambas, um duo de voz e violão arranjado e produzido pelo violonista Paulo Bellinati, contendo os afro-sambas compostos por Baden Powell e Vinicius de Moraes.
Amalia Fischer é coordenadora geral do Fundo Elas. É uma ativista mexicana-nicaraguense e feminista desde 1975 que fundou o Fundo em 2001 com outras nove mulheres o fundo para aumentar a conscientização sobre as contribuições femininas e as questões femininas, enquanto mudava os padrões das doações filantrópicas tradicionais. É PhD em comunicação e cultura e foi professor de ciência política na Universidad Nacional Autónoma de Mexico por 20 anos. Amália também é Ashoka Fellow e Senior Fellow do Synergos, atua no conselho do Fundo de Ação Urgente pelos Direitos Humanos da Mulher.
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» Direitos das Mulheres » Financiamento baseado em Relações de Confiança : Análise sobre a Importância do Financiamento Operacional Geral e do Desenvolvimento de CompetênciasÉ Diretor-presidente do Instituto Ibirapitanga, organização criada em 2017 pelo cineasta Walter Salles. Foi Secretário-Geral do GIFE entre 2013 e 2017. É mestre em relações internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi professor de relações internacionais na Faculdade Santa Marcelina entre 2007 e 2011. Foi fundador e atualmente integra o Conselho Diretor da Conectas Direitos Humanos e também da Oxfam Brasil.
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» Grantmaking e Fortalecimento da Sociedade Civil » Filantropia e Movimentos Sociais » GrantmakingÉ Diretora de Comunicação do IDIS. Jornalista, com formação também na área de Análise de Sistemas e especialização em Economia, teve experiência de redação em veículos tais como O Estado de S.Paulo, SBT e CBS News (EUA). Gerenciou o Centro de Informações e Pesquisas da Gazeta Mercantil. Editou a revista Desafios do Desenvolvimento, uma publicação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Coordenou a comunicação e o relacionamento com a imprensa da Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo, incluindo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a gestora do sistema de transporte público, SPTrans. No terceiro setor, foi gerente de Comunicação e Conteúdo do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e, mais recentemente, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal.
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» Dados do Investimento Social PrivadoÉ uma empreendedora apaixonada por educação e por negócios de impacto social. Foi co-fundadora do Instituto Beatriz e Lauro Fiuza, que dirigiu por sete anos, promovendo melhorias na qualidade de vida de milhares de famílias em zonas de risco de Fortaleza, por meio da arte e do esporte. Antes disto, trabalhou como fotógrafa e produtora cultural por dez anos, no Brasil e no exterior. É formada em Comunicação Social pela Unifor, em Fotografia pela Université Paris 8, mestre em Antropologia Visual e da Mídia pela Freie Universität (Berlim), e está concluindo uma especialização em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica pela Uni7. Tem dois filhos com outro empreendedor desarrazoado e muita fome de mundo. E acredita que somos todos seres coletivos, conectados uns aos outros e co-responsáveis pelo mundo onde vivemos.
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» Investimento Social Familiar » Filantropia pelo Brasil: Panorama e PerspectivasGerente de Fomento da Fundação Itaú Social. É Graduada em
Ciências Contábeis pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especializada em Sociopsicologia da Juventude e Políticas Públicas pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP. Autuou com projetos sociais na Fundação BankBoston e atua no Itaú Social 2008. Gerencia a área de Fomento, que trabalha pelo fortalecimento da sociedade civil.
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» Financiamento baseado em Relações de Confiança : Análise sobre a Importância do Financiamento Operacional Geral e do Desenvolvimento de CompetênciasDiretor-executivo da ponteAponte e sócio da startup Que Mais Tem Lá?.
É mestre em Ciência e graduado em Administração (FEA-USP), com especialização em Educação em Turismo (UnB), e professor de Empreendedorismo e Inovação Social da FIA (Fundação Instituto de Administração).
Foi jornalista da Folha de S.Paulo por 11 anos, onde foi coidealizador do Prêmio Empreendedor Social de Futuro (2009), do Fórum de Empreendedorismo Social (2009 e 2010) e da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.
É editor de publicações pela Publifolha, membro do grupo de Empreendedores Cívicos da RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), fellow da 92 Y/Ford Fellowship e do Gaimusho (Ministério de Relações Exteriores do Japão) e da Agência de Cooperação Internacional do Japão, além de ex-bolsista da Capes/CNPq e membro da ISTR (International Society for Third Sector Research).
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» Filantropia e pandemia : a produção de conhecimento 6 meses depoisÉ mestre em Administração, com foco em Cidades Criativas, e pós-graduado pela USP, em Turismo Cultural. Atua no Instituto Itaú Cultural (IC) há 13 anos, e atualmente é Diretor Superintendente no Instituto responsável pelos Projetos Culturais. Além do IC, também é Secretário Geral da Associação Nacional de Entidades Culturais não Lucrativas (ANEC), Conselheiro da Fundação Bienal, Conselheiro do MASP, Membro do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), Membro do Conselho da Escola de Artes Visuais Parque Lage e ex-Membro da Comissão Nacional de Incentivo a Cultura (CNIC).
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» Cooperação e Investimento Social por Cidades Justas e SustentáveisQuer apoiar o 11º Congresso GIFE? Saiba mais aqui.
Tempos de desafios são tempos de superação. A eclosão da pandemia do novo coronavírus nos convoca ao aprofundamento das nossas capacidades de ação pública e à reflexão sobre as transformações devidas para a reconstrução do futuro. Encontra também um país e mundo sob o impacto da persistência de desigualdades históricas, dos efeitos disruptivos das novas tecnologias, das pressões crescentes sobre o equilíbrio ambiental e da emergência de novos conflitos a ameaçar os fundamentos da coexistência cidadã e da vida democrática.
Em contextos assim, vale mais que nunca afirmar os sentidos da inovação e da produção compartilhada de respostas. Somar esforços e perspectivas para a abertura de novos caminhos para o exercício da solidariedade, da tolerância e da construção plural, diversa e enriquecedora em sociedade. Novos modos de mobilização e destinação efetiva de recursos para fazer frente às dimensões múltiplas da crise. Novos instrumentos e práticas de ação para superar barreiras na realização da nação e planeta genuinamente mais justos, livres, íntegros, dinâmicos e sustentáveis a que aspiramos. Novas agendas e repertórios para corresponder aos chamados da contemporaneidade.
O 11º Congresso GIFE quer ser um espaço para caminhar em conjunto na geração e partilha dessas respostas. Iluminar e renovar as contribuições possíveis da filantropia, do investimento social privado e da sociedade civil brasileiras para elas. Apontar e impulsionar a vitalidade de um espaço de cidadania em expansão e diversificação contínuas no país e seu valor para a renovação dos horizontes comuns. Como sempre no percurso da nossa rede, combinar visões e experiências para atualizar as pautas que nos desafiam e somar aprendizados para ir além delas.
Para isso, e em sintonia com o momento, mais do que os três dias de encontro o Congresso buscará dessa vez ser um trilho para a promoção desses objetivos, no curso da travessia que vivenciamos agora. Iniciando-se com a Semana do Investimento Social, em 3 a 7 de agosto, as atividades desdobrarão-se nos meses seguintes em uma programação intensa de diálogos e trocas online, mobilizando os atores diversos do setor no país e oferecendo a seus participantes uma jornada vibrante de colaboração e intercâmbio no rumo da superação dos desafios do momento. Por fim, a realização do encontro de encerramento do Congresso, em 24 a 26 de março de 2021, proporcionará a síntese e panorama dos acúmulos dessa jornada, ao lado da celebração da oportunidade de voltar a estar juntos e voltados para o futuro, extraindo da adversidade a força e inspiração para seguir adiante.
Nesse ano que marca também os 25 anos do GIFE, é o que mais naturalmente podemos propor-nos, na homenagem a todos que vitimados pela pandemia e no compromisso renovado pelo momento de fazermos sempre mais e melhor na realização do nosso destino coletivo. Esperamos que o Congresso possa ser uma contribuição e experiência enriquecedoras nesse sentido, com a alegria desde já do caminhar nelas com todos que somando-se para vivenciá-las em conjunto.
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