Investimento Social Independente
Os desafios socioambientais brasileiros são cada vez mais complexos e, portanto, além da necessidade de um maior volume de recursos, a diversidade de olhares para estas questões é também mais do que bem vinda.
Para que possamos potencializar a nossa capacidade de mobilizar novos recursos privados para produção de bem público, é preciso ampliar as possibilidades de engajamento por meio de novas arquiteturas em que doadores (pessoas ou organizações) com menos recursos e com graus muito diferentes de engajamento no universo filantrópico se somem a iniciativas novas ou existentes.
O investimento social independente refere-se a um conjunto de organizações de perfis muito variados, – não vinculados a uma única família ou empresa no que diz respeito a sua governança e mobilização de recursos – que tem a importante função de trazer diversidade, em diferentes dimensões, à atuação da filantropia.
Fundos que se constituem como organizações são exemplos desse universo. São um formato eficaz para mobilizar recursos financeiros para uma causa específica, facilitando a colaboração e o cofinanciamento entre as partes interessadas.
As organizações comunitárias são um fenômeno global e também compõem o grupo de investidores sociais independentes.
Por fim, a criação de mecanismos criativos que estimulem a doação em situações pouco prováveis, como arredondamento de centavos no caixa do supermercado, comprando uma revista no momento de pagar os medicamentos na farmácia ou campanhas de doações via financiamento coletivo (crowdfunding), com muita autonomia para seus idealizadores e possibilidade de divulgação descentralizada e participativa vem contribuindo de forma poderosa para essa ampliação.
Como promover o aumento do investimento social independente no Brasil? Que caminhos e formatos devem ser priorizados? Quais são os debates centrais destes investidores? Que desafios e obstáculos precisam ser ultrapassados?