Cultura
No Brasil, nas últimas décadas, a cultura recebeu bastante apoio do investimento social privado para fazer as coisas acontecerem e o setor cultural se desenvolveu muito. Isso porque a política cultural do Brasil está muito ancorada nas leis de incentivo, especialmente na conhecida lei Rouanet, que já tem mais de trinta anos e é muito utilizada pelos investidores sociais.
A lei Rouanet aporta mais de um bilhão de reais para o setor da cultura no Brasil, um volume de recursos maior do que o total de investimento da própria Secretaria Especial de Cultura. Isso deixa claro o grau de importância da parceria entre a cultura e o setor privado e é por conta dessa relação tão estreita e da importância da cultura em uma sociedade que esta é uma agenda tão importante para o setor .
Cultura e artes são áreas foco de atuação de 54% dos respondentes do Censo GIFE, sendo a terceira temática mais importante para o investimento social privado brasileiro.
No GIFE temos nos dedicado à valorização da cultura, especialmente por meio das trocas e debates promovidos no âmbito da Rede Temática de Cultura.
2020 foi um ano muito difícil para a cultura brasileira. Com a chegada da pandemia, o setor cultural foi o primeiro a parar e possivelmente será o último a retomar as suas atividades de maneira completa. Ao mesmo tempo, há um consenso amplo sobre a importância de todas as formas de manifestações artístico-culturais para que, como indivíduos e sociedade, pudéssemos lidar com o contexto pandêmico e o confinamento. A cultura teve que se reinventar neste último ano para sobreviver e para cumprir seu fundamental papel social.
Como seguir aprimorando essa parceria entre setor cultural e investimento social privado? Quais as prioridades para ação da filantropia em cultura considerando o cenário crítico da área agravado pelo contexto de pandemia?