Investimento Social para a Equidade Racial
Mural Interativo – Quais as maiores contribuições que a filantropia e o investimento social podem dar a agenda de equidade racial?
Não há como falar na qualificação da agenda pública brasileira sem trazer no primeiro plano os desafios da justiça social. Somos um país que nasceu sob a égide da desigualdade e da escravidão. Nossa história de desenvolvimento é assim primariamente uma história de superação dessas origens.
Entre os legados potenciais desse ano desafiador em múltiplas dimensões está a afirmação de uma nova camada de consciência coletiva sobre o lugar central dessa tarefa para nossa destino comum. A pandemia da Covid-19 desnudou de forma ainda mais nítida que habitual a extensão das nossas desigualdades, enquanto a afirmação de novos movimentos por equidade na sociedade reforçou o imperativo da produção de novas respostas nos vários planos da vida pública – no convívio cotidiano e na ação cidadã, no setor privado e nas políticas governamentais.
Mais que o chamado essencial para a multiplicação de esforços em face desses desafios, 2020 nos lega também o sentido reforçado da centralidade na mesma medida do racismo e das fronteiras raciais na construção e reprodução dessas desigualdades. Nutrindo-se da inspiração e do senso de responsabilidade trazidos por esse processo e partindo das iniciativas da Rede Temática de Equidade Racial do GIFE e do guia ISP por Equidade Racial, o painel fechou assim o ciclo do Congresso GIFE no ano reunindo vozes e olhares para apontar caminhos para o aprofundamento do compromisso e da dedicação da filantropia e do investimento social brasileiros na superação da tarefa e na sua consolidação no cerne da ação cidadã no país.