Cultura de Doação
“Sonhamos com uma sociedade onde as pessoas doam generosamente. Onde causas e organizações recebem os recursos necessários para cumprir seu papel e compor uma sociedade civil organizada, vibrante, forte, autônoma, e com isso a democracia fica mais forte. Onde cada cidadão tem consciência do seu papel social e da relevância da sua doação para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, da sua comunidade e do nosso país. Onde doar se tornou cultura.”
Assim enuncia o início do Manifesto do Movimento por um Cultura de Doação.
Traçar o panorama de qualquer coisa em plena pandemia da Covid-19 é um grande desafio. Não é diferente quando falamos de doação. Poucos aspectos da sociedade foram afetados positivamente pela pandemia. Mas se essa lista existir, talvez a cultura de doação seja parte dela. A pandemia iluminou a imensa capacidade da ação cidadã e da sociedade civil e ela foi sustentada pela, talvez, maior mobilização de doações da nossa história, acompanhada em tempo quase real pelo Monitor de Doações. Doação virou manchete na mídia, quadro de destaque nos jornais televisivos.
Em meio a tudo isso, em agosto de 2020 na semana de abertura do Congresso GIFE, o Movimento por um Cultura de Doação lançou o documento de diretrizes que, construído coletivamente, pauta as direções e prioridades que precisamos seguir com pistas sobre estratégias e atores que nelas precisam estar envolvidos.
Agora fica o desafio: como aproveitar essa mobilização sem precedentes para avançar na construção de um Brasil mais doador? Como a atuação do investimento social e filantropia pode participar de forma mais contundente nas bases daquilo que possibilita a sua própria existência – a cultura de doação no Brasil? Como engajar novos atores e articular este ecossistema para um esforço coletivo por esta causa?