A filantropia no combate ao racismo

Da criminalização do racismo à política de cotas, os governos vêm criando, a passos lentos, políticas públicas que buscam reparação das desigualdades sociais para a população negra no Brasil. No entanto, os indicadores de escolaridade, condições de habitação, participação política, emprego e renda mostram que os esforços não foram suficientes. Por exemplo, a disputa pelos cargos políticos mais relevantes – presidente, vice-presidente, governador, senador e deputado federal – continua se dando majoritariamente entre candidatos brancos.

Diante deste desafio, como o Investimento Social Privado (ISP) vem se engajando de forma efetiva no antirracismo? O setor está preparado para promover mudanças estruturais? Estas perguntas estão no centro da plenária “O Investimento Social está pronto para promover equidade racial?”, que abre o segundo dia de debates do 12º Congresso GIFE – Desafiando Estruturas de Desigualdades. A mesa vai reunir nomes como Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial; Paula Miraglia, jornalista do Nexo; Giovanni Harvey, do Fundo Baobá; e Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco.

Segundo dados do Censo GIFE 2020, apenas 5% das iniciativas dos investimentos sociais tem a pauta racial como foco principal. Juntamente ao poder público, à sociedade civil e à academia, o investimento social privado pode ter um papel estratégico para mudar este cenário. Por exemplo, a criação de uma linha de investimento focada em equidade racial pode se tornar estratégia para alcançar resultados efetivos nesse sentido.

A boa notícia é que já existem iniciativas que buscam desenvolver e qualificar esses espaços de atuação. É o caso da Rede Temática (RT) de Equidade Racial, liderada pelo GIFE  (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas) e coordenada pela Fundação Ford, Fundação Roberto Marinho, Fundação Tide Setubal, Instituto Ibirapitanga, Instituto Unibanco, Itaú Social e Open Society Foundations.

O projeto busca dar centralidade ao racismo no campo das doações privadas, com a criação de estratégias para produção e disseminação de conhecimento e de incidência na agenda pública.

Filantropia e desigualdades

Equidade racial é um dos temas do  O 12º Congresso GIFE – Desafiando Estruturas de Desigualdades que acontece entre os dias 12 e 14 de abril no Memorial da América Latina, em São Paulo. 

Apoiada pela, Fundação Bradesco, Vale,  Fundação ArcelorMittal, Fundação Ford, Fundação Itaú e Porticus, a edição de 2023 também celebra os 35 anos da Constituição Federal e do seu Artigo 5º, trecho que estabelece direitos fundamentais. 

Leia mais sobre a plenária “O Investimento Social está pronto para promover equidade racial?”.

Se este tema te interessou, você também deve dar uma olhada na mesa “Democracia e Interseccionalidades de gênero, raça e clima”.

Ou clique aqui e confira a programação completa do evento.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email