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A fim de garantir um futuro para as juventudes, investimento social privado tem que descentralizar recursos e promover diversidades 

Mesa que aconteceu no segundo dia do Congresso abordou desafios para brasileiros de 15 a 29 anos e discutiu perspectivas para fortalecer grupo populacional

Os jovens são a força motriz da mudança. Elas não esperam o futuro,  escrevem o agora. Os desafios para a formação desse grupo populacional, que representa cerca de  um quarto dos brasileiros, foram tema da mesa “Juventudes: protagonistas do presente e do futuro” no segundo dia do 12º Congresso GIFE – Desafiando Estruturas de Desigualdades.

O debate contou com a mediação de Karina Penha,  coordenadora de Mobilização da Campanha Amazônia de Pé, do NOSSAS, e participação de Erica Fortuna,  gerente departamental de Relações Institucionais da Fundação Bradesco; Iago Hairon, oficial de programa sênior em justiça climática na Open Society Foundations; Manuella Donato, consultora de projetos no Fundo Malala; Tatiana de Jesus Pereira Ferreira, secretária de Estado de Juventude do Maranhão; e Wesla Monteiro, coordenadora executiva do Juventudes do Agora.

Confira pontos abordados:

  • Apesar de marcos como o Estatuto da Juventude, o poder público falha em fazer valer na prática os direitos garantidos em papel.
  • O Investimento Social Privado no Brasil destina a maior parte dos recursos aos brasileiros desta faixa etária, mas pode melhorar a distribuição.
  • Posição socioeconômica e  diversidade regional são aspectos que influenciam a formação de jovens, e podem ser melhor abordados pela filantropia. 

 

Durante a mesa, foram discutidos os diversos contextos que afetam de maneiras distintas a população  juvenil no país, e como o Investimento Social Privado pode contribuir para o empoderamento dessa parcela da sociedade. Segundo  a mediadora Karina Penha, este é um dos principais públicos beneficiados com recursos da filantropia no Brasil: “Quando a gente olha os dados do Censo GIFE, 79% de todos os recursos apurados pelo levantamento têm como foco jovens. Com todo esse volume, o que temos que fazer é descentralizar esses recursos para que eles cheguem ao maior número possível de brasileiros de 15 a 29 anos”.

Apesar da grande proporção de recursos destinados a esse grupo populacional, o oficial de programa sênior em Justiça Climática na Open Society Foundations, Iago Hairon, explica que o ISP ainda tem um trabalho para ajudar a combater desigualdades entre as juventudes. “A filantropia nunca vai superar desigualdades, ela não tem esse poder, ela serve para amenizar. Quem tem que solucionar as desigualdades é o Estado”, afirmou, ponderando que “existem ferramentas para se colocar em questão, como colocar outras pessoas com vivência de território nesse processo (de investimento do ISP).”

A fala foi reforçada pela Secretária do Governo do Maranhão, Tatiana Ferreira. Criada na periferia de São Luís e com formação política em movimentos sociais, ela explicou que o protagonismo efetivo de uma sociedade depende da representatividade da população nos seus setores públicos e privados, inclusive entre os mais novos. “A gente precisa trazê-los para a discussão, para esse lugar de decisão, seja na política, seja na filantropia”, complementou Manuella Donato, do Fundo Malala. 

Os jovens brasileiros hoje

Conforme o Atlas das Juventudes, o Brasil tem hoje 47,8 milhões de pessoas com 15 a 29 anos, o maior número  em toda a história do país.  No entanto,  esse grupo está diminuindo. “Em quarenta anos o Brasil não será mais tão jovem e, apesar disso, não temos planos e políticas públicas para esse público, nem para as diversidades transversais que o atravessam”, afirmou Wesla Monteiro. Ela contou que, mesmo as plataformas existentes – como o Estatuto da Juventude, de 2013 –, são negligenciadas.

Segundo  dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  quase 13 milhões de brasileiros desta faixa etária estavam sem trabalho e não estudavam em 2021. O estudo apontou ainda que essa situação se dava de forma diferenciada em cada região do país. Enquanto os estados do Sudeste, do Sul e do Centro Oeste tinham percentuais abaixo da média, os das regiões Norte e Nordeste apresentavam uma porcentagem maior.

Os dados vão ao encontro com o que Érica Fortuna, da Fundação Bradesco,  comentou durante o Congresso GIFE: “A diversidade territorial é um aspecto que atravessa, proporcionando condições diferentes para o processo de formação dessa parcela da população que devem ser considerados pelas organizações”.  Ela pontuou como outro aspecto importante a influência da posição econômica na educação. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) mostrou, em 2018, que a proporção de jovens pobres com nível básico de leitura era cerca de 50% menor do que aquela entre os com renda superior.

Desafiando mais estruturas de desigualdades

Ao final da mesa, os palestrantes abriram o palco para que dois jovens da plateia fizessem uma intervenção. Entre os que se ofereceram estava Lupita Amorim, mulher trans e multiartista, de 24 anos. Ela lembrou que transexuais – com uma expectativa de vida limitada a  apenas 35 anos –  não têm direito de envelhecer. Em um encontro  que propõe desafiar as desigualdades, a fala impôs um outro recorte para a questão da juventude brasileira.

Durante os três dias de Congresso GIFE, o evento promove debates de fronteiras sobre injustiças sociais que ameaçam esses e outros grupos sujeitos a violações de direitos. Para saber mais sobre os temas em pauta, clique aqui e confira a cobertura completa.

Apoiada pela Fundação Bradesco, Vale, Fundação ArcelorMittal, Fundação Ford, Fundação Itaú e Porticus, a 12ª edição do Congresso GIFE – Desafiando Estruturas de Desigualdades – também celebra os 35 anos da Constituição Federal e do seu Artigo 5º, trecho que estabelece direitos fundamentais.

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