O papel do jornalismo em sociedades democráticas
A forma de nos comunicarmos tem mudado radicalmente. As tecnologias são outras, os modelos de negócio já não funcionam como antes e, mais do que isso, valores e cultura mudaram. A chegada da internet tornou qualquer indivíduo potencial produtor de conteúdo, difundido por meio das redes sociais. Manter-se a par do que acontece é tarefa fácil, as notícias são criadas a todo momento, por toda parte, mas a confiabilidade é um desafio. Nesse contexto, o jornalismo chamado “tradicional” tem se visto ameaçado. O papel da mídia numa sociedade livre e democrática é, no entanto, fundamental. Mas como podemos medir o impacto do jornalismo na promoção de uma sociedade mais livre? Como podemos mostrar na prática que a democracia se fortalece com um jornalismo de qualidade? Ou que uma sociedade mais bem informada é mais forte e estável? E nesse contexto, qual o papel do investidor social no fortalecimento de um jornalismo compatível com valores democráticos?
Local: sala rosa – 1º andar
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Bruno Torturra
Fluxo
Começou sua carreira na revista Trip, onde exerceu as funções de editor de música, repórter especial, correspondente internacional e diretor de redação. Como freelancer, colaborou com textos e fotos para inúmeras publicações no país.
Desde 2011 se dedica à explorar novas possibilidades para o jornalismo a partir da hiperconectividade. Foi o responsável pela primeira transmissão ao vivo por streaming de uma manifestação de rua do Brasil. Criou a PósTV, rede nacional, descentralizada e experimental de programas ao vivo pela internet. Em 2012 coordenou uma cobertura independente das eleições municipais por streaming em mais de 50 cidades do país. Em 2013 fundou a Mídia NINJA (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) uma rede descentralizada de jornalismo focada nos movimentos ativistas emergentes. A Mídia Ninja ganhou grande expressão nacional e internacional a partir de sua cobertura das manifestações a partir de junho de 2013. E provocou um forte debate sobre o ambiente da mídia no país.
No final de 2013, afastou-se da Mídia NINJA para estabelecer um novo projeto. O Estúdio Fluxo.
Desde 2014 coordena essa redação independente em São Paulo onde experimenta tanto na forma quanto no modelo de negócio para o jornalismo. Hoje o Estúdio Fluxo é canal de jornalismo com o maior engajamento da audiência no Youtube o Brasil.
Desde meados de 2015, com o apoio do Instituto Arapyaú, da Open Society Foundations e da Fundação Ford, Bruno se dedica ao estudo “Jornalismo em Fluxo”. Um raio-X do atual estado da imprensa nacional e diretrizes para que recursos filantrópicos possam ajudar na renovação do ecossistema de imprensa no Brasil.
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Leandro Beguoci
Fundação Lemann
Leandro Beguoci é diretor editorial e de produtos da Associação Nova Escola, colaborador da BBC Brasil e da revista VIP, professor do Istituto Europeu di Design e membro da OrbitaLAB, laboratório de inovação em mídia. Mestre pela London School of Economics e fellow na Tow-Knight Center for Entrepreneurial Journalism, na City University of New York, é palestrante em eventos sobre inovação em jornalismo e comunicação. Ao longo da carreira, entrevistou tanto o papa Bento 16 quanto o ex-espião Edward Snowden. Seu texto sobre os rolezinhos na revista digital Oene foi citado pelo New York Times. Trabalhou na Folha de S.Paulo, Editora Abril, iG e News Corp, onde criou o departamento online do grupo FOX no Brasil. No iG, foi um dos criadores do primeiro debate online entre políticos na história da internet brasileira.
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Natalia Viana
Agência Pública
Depois de se formar pela PUC-SP, começou a carreira em 2002 na revista Caros Amigos, de São Paulo, e realizou diversos trabalhos independentes. Foi correspondente da Bandnews em Londres, onde atuou no Centro de Jornalismo Investigativo e colaborou para veículos como The Guardian, BBC e Independent. Natalia foi produtora-assistente dos documentários Black Money, do Frontline World, exibido pela PBS americana, e Anthrax War, da CBC canadense. Em 2010, de volta ao Brasil depois de um mestrado em Londres, foi contatada para coordenar, no Brasil, a sistematização e divulgação dos documentos vazados pela organização Wikileaks que expuseram, no caso brasileiro, as relações do governo norte-americano com a ditadura militar e as perseguições de governos a movimentos sociais, entre outros temas que sacudiram a arena política e sinalizaram o começo de uma revolução no jornalismo. Em 2011, Natalia Viana participou da fundação da Agência Pública. Em 2005 recebeu Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, venceu o Troféu Mulher Imprensa em 2011 e 2013 e o prêmio Alliaz Seguros de Jornalismo Ambiental. Sua investigação sobre a deposição de Fernando Lugo no Paraguai foi finalista do Primeiro Prêmio Gabriel Garcia Marques de Jornalismo. É autora do livros Plantados no Chão, sobre assassinatos de lideranças sociais, e do E-book O Bispo e seus Tubarões, sobre a derrubada de Fernando Ludo no Paraguai. Foi co-autora do livro sobre a história do jornal Movimento e do livro Habeas Corpus – Apresente-se o Corpo, sobre desaparecidos da ditadura, para a Secretaria Especial de Direitos Humanos.
Foi eleita uma das 25 personalidades mais influentes da internet pela revista Galileu em 2013.
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Pedro Abramovay
Open Society Foundations
Pedro Vieira Abramovay é advogado, formado em direito pela Universidade de São Paulo e mestre em direito pela Universidade de Brasília. Foi Assessor Jurídico da Liderança do governo no Senado Federal (2003-2004), Assessor Especial do Ministro da Justiça (2004-2006), Secretário de Assuntos Legislativos (2007-2010) e Secretário Nacional de Justiça (2010), Professor da FGV Direito Rio (2011-2013) e Diretor de Campanhas da Avaaz (2012-2013). Atualmente é Diretor para a América Latina & Caribe da Open Society Foundations.
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Ricardo Gandour
Grupo Estado
Ricardo Gandour é membro da diretoria do Grupo Estado e está até junho como Visiting Scholar na Escola de Jornalismo da Columbia University, em Nova York (EUA). É professor da pós-graduação em Jornalismo da ESPM, diretor do comitê editorial da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e membro dos conselhos do Instituto Palavra e do site de checagem “Lupa”. Jornalista e engenheiro, com especializações em publishing e administração, trabalhou na Folha de S. Paulo e nas Organizações Globo. Está no Grupo Estado desde 2006, quando iniciou como diretor de conteúdo.