O processo de fortalecimento das organizações da sociedade civil (OSCs) no Brasil passa pelo aprimoramento de sua gestão institucional. Isso inclui, entre outros aspectos, estruturar-se internamente para aumentar as capacidades de acesso a recursos a fim de garantir sua sustentabilidade econômica a longo prazo.
Quais estratégias vêm sendo implementadas pelas organizações para fortalecer sua capacidade institucional? Quais são as possibilidades e os desafios de acesso a recursos identificados no campo? Como investidores sociais e OSCs têm atuado e podem auxiliar nessa frente?
Essas e outras perguntas perpassam e orientam a atividade, que contará com as seguintes intervenções:
Graciela Hopstein – Rede de Filantropia para a Justiça Social
Apresentação dos diversos atores-chave que desenvolvem ações e iniciativas de grantmaking, isto é, que atuam doando recursos a organizações e coletivos de diversas áreas. Neste contexto, o grantmaking deve ser entendido como uma estratégia fundamental para o fortalecimento da sociedade civil e, consequentemente, da democracia brasileira. O objetivo é identificar estratégias diversificadas de atuação, bem como as conquistas e os desafios enfrentados em diversos níveis.
Sara Queiroz – Captamos
Debate sobre a importância do fortalecimento da capacidade das organizações em construírem um plano de captação de recursos, buscando, assim, independência gerencial para que possam ampliar o seu impacto. Entre outros aspectos, será discutido como as organizações, que deveriam ser autossustentáveis a partir das doações da própria comunidade, mantêm-se ativas muito precariamente, o que é observado em várias pesquisas, como a da FASFIL 2012, que mostra que cerca de 70% das OSCs brasileiras não têm sequer um único funcionário. Esse dado é reforçado pela TIS OSFIL 2016, que aponta que somente 28% das organizações têm área de captação de recursos.
Thiago Alvim – Nexo Investimento Social
Apresentação da relevância dos incentivos fiscais federais que movimentam cerca de R$ 2 bilhões por ano, problematizando a concentração do apoio a projetos no Sudeste. A partir de dados públicos compilados pela Nexo, o objetivo é demonstrar o tamanho do problema da concentração e indicar caminhos para solução que passam por ações complementares, envolvendo investidores sociais privados, organizações públicas e a necessidade de fortalecimento das organizações da sociedade civil fora do eixo Rio-São Paulo para que consigam acessar recursos.
Organizações participantes:
- Captamos
- Rede de Filantropia e Justiça Social
- Nexo Investimento Social
Sara Queiroz
Captamos
Graciela Hopstein
Rede de Filantropia para Justiça Social
Thiago Alvim
Nexo Investimento Social
Aline Viotto (mediadora)
GIFE